terça-feira, 19 de maio de 2015

François Silvestre-Comentários

O fura-barreira acordou

 François Silvestre

Maurício me diz, agora de manhã, que desde ontem o fura-barreira canta. Vem chuva. Não sei muita ou pouca, mas vem. Ele e o sabiá ficaram mudos quase trinta dias. Esse despertar é sinal de chuva. O canto único de futa-barreira e o canto dobrado do sabiá.

Queda, coice e rincho



O Nordeste, vítima de seca e abandono, agora é rota do tráfico pesado que vem das fronteiras dos Andes, sobrevoa a Amazônia e baixa por aqui. Como entreposto de fornecimento à Europa. Enquanto isso, cá no Rio Grande do Norte, traficantes são soltos por descuido processual. E políticos profissionais, parasitas da seiva do povo, pedem a demissão de servidores públicos do Executivo.


Solução emergencial



Sem chuva, açudes secos, lagoas na lama seca, o Governo do Estado tem uma alternativa mais eficiente e barata do que carros-pipas. É um programa de perfuração de poços tubulares, que o governo Rosalba prometeu e não cumpriu, mentirosamente. E aí os proprietários rurais ficaram à mercê de “furadores picaretas”, que saíram furando a terra sem qualquer critério. E roubando dinheiro dos ingênuos. Robinson Faria pode fazer diferente. Mandar, urgentemente, que o órgão público, com esse preparo, comece a mapear os locais que sejam compatíveis com a vazão que justifique a perfuração. Oferecendo mão de obra competente, e fornecimento do material de instalação. Cobrando de quem pode pagar e oferecendo material gratuito a quem não pode, com obrigação de fornecer água ao consumo público. Só há, emergencialmente, essa solução. O resto é papo furado e atropelo à vista. O que vem por aí é mais grave do que a antiga musa canta!

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