Semiárido Brasileiro
O semiárido brasileiro, também
conhecido como sertão, é a região semiárida mais populosa do mundo. É
uma região de elevadas temperaturas onde o regime pluvial é bastante
irregular e, algumas vezes, há longos períodos secos e chuvas ocasionais
concentradas em poucos meses do ano. Em tal região observa-se um grande
déficit hídrico, uma vez que a quantidade de chuva é menor do que a
água que evapora da superfície. Ou seja, a quantidade de água que
evapora é três vezes maior do que a de chuva que cai. A estiagem faz
parte da história da região, e há registros de secas desde a época do
Império. Daí a importância de guardar a água da chuva adequadamente.
O solo do semiárido não consegue armazenar essa água por ser muito raso. Se cavarmos um poço, vamos encontrar rocha a poucos metros. Esse espessamento rochoso é o cristalino. A água da chuva se infiltra no solo, encontra o cristalino, escoa e é drenada rapidamente para os córregos e rios que se enchem e secam em pouco tempo.
O semiárido brasileiro abrange uma área de cerca de 980 mil km2, cobrindo 9 estados das regiões Nordeste e Sudeste, com 1.134 municípios e uma população de 22 milhões de pessoas, sendo que algo em torno de 8 milhões estão localizadas na zona rural (Censo Demográfico 2010, IBGE). Esse cenário representa um enorme desafio para a atuação do Poder Público, principalmente no que diz respeito à articulação de ações e a implementação de soluções capazes de ampliar o acesso à água e contribuir com a promoção do desenvolvimento socioeconômico da região.
A economia do semiárido é basicamente de pecuária extensiva e agricultura familiar de baixo rendimento que entra em acentuado declive em períodos de seca, causando até mesmo falência de lavouras e animais. A falta de água de qualidade traz sede e fome para a vida do sertanejo, além de problemas de saúde.
Contudo, a vida no semiárido é possível, e, para isso, as famílias devem adaptar-se ao ambiente respeitando a natureza e associando-se a ela, e não combatendo-a. Existem diversas experiências que demonstram a viabilidade dessa convivência por meio da produção pelos agricultores em padrões agroecológicos, com autonomia econômica e harmonia com o meio ambiente.
A multiplicação dessas experiências é perfeitamente possível. É necessário que seja desconstruído o conceito negativo do semiárido e construído um conceito adequado que favoreça a convivência da população com a região.
Para conviver com longos períodos secos e chuvas ocasionais, uma das técnicas mais utilizadas no semiárido brasileiro tem sido o armazenamento da água em cisternas, além de outras técnicas. Com o Programa Cisternas o MDS desenvolve ações de acesso à água, que garante a água para o consumo (Primeira Água) e também a água para produção (Segunda Água) em residências rurais e também em escolas públicas da zona rural.
O acesso à água na região gera transformações profundas na vida das famílias, diminuindo a incidência de doenças e reorganizando as relações familiares, liberando mulheres e crianças para outras atividades. Além disso, permite a diversificação da produção, garantindo a segurança alimentar, e liberta a família da dependência política dos carros-pipa, despertando-a para cidadania e para a organização comunitária.
A persistência do problema da vulnerabilidade hídrica das famílias rurais do semiárido motivou a mobilização de diversos atores da sociedade civil organizada do nordeste brasileiro, articulados em torno da defesa dos direitos desta população, entre eles o direito à água, como elemento vital à vida e à segurança hídrica e nutricional.
Com as ações de acesso à água, o MDS cumpre o seu papel em apoiar projetos que promovam o desenvolvimento social de famílias que sofrem com as secas prolongadas do semiárido.
O solo do semiárido não consegue armazenar essa água por ser muito raso. Se cavarmos um poço, vamos encontrar rocha a poucos metros. Esse espessamento rochoso é o cristalino. A água da chuva se infiltra no solo, encontra o cristalino, escoa e é drenada rapidamente para os córregos e rios que se enchem e secam em pouco tempo.
O semiárido brasileiro abrange uma área de cerca de 980 mil km2, cobrindo 9 estados das regiões Nordeste e Sudeste, com 1.134 municípios e uma população de 22 milhões de pessoas, sendo que algo em torno de 8 milhões estão localizadas na zona rural (Censo Demográfico 2010, IBGE). Esse cenário representa um enorme desafio para a atuação do Poder Público, principalmente no que diz respeito à articulação de ações e a implementação de soluções capazes de ampliar o acesso à água e contribuir com a promoção do desenvolvimento socioeconômico da região.
A economia do semiárido é basicamente de pecuária extensiva e agricultura familiar de baixo rendimento que entra em acentuado declive em períodos de seca, causando até mesmo falência de lavouras e animais. A falta de água de qualidade traz sede e fome para a vida do sertanejo, além de problemas de saúde.
Contudo, a vida no semiárido é possível, e, para isso, as famílias devem adaptar-se ao ambiente respeitando a natureza e associando-se a ela, e não combatendo-a. Existem diversas experiências que demonstram a viabilidade dessa convivência por meio da produção pelos agricultores em padrões agroecológicos, com autonomia econômica e harmonia com o meio ambiente.
A multiplicação dessas experiências é perfeitamente possível. É necessário que seja desconstruído o conceito negativo do semiárido e construído um conceito adequado que favoreça a convivência da população com a região.
Para conviver com longos períodos secos e chuvas ocasionais, uma das técnicas mais utilizadas no semiárido brasileiro tem sido o armazenamento da água em cisternas, além de outras técnicas. Com o Programa Cisternas o MDS desenvolve ações de acesso à água, que garante a água para o consumo (Primeira Água) e também a água para produção (Segunda Água) em residências rurais e também em escolas públicas da zona rural.
O acesso à água na região gera transformações profundas na vida das famílias, diminuindo a incidência de doenças e reorganizando as relações familiares, liberando mulheres e crianças para outras atividades. Além disso, permite a diversificação da produção, garantindo a segurança alimentar, e liberta a família da dependência política dos carros-pipa, despertando-a para cidadania e para a organização comunitária.
A persistência do problema da vulnerabilidade hídrica das famílias rurais do semiárido motivou a mobilização de diversos atores da sociedade civil organizada do nordeste brasileiro, articulados em torno da defesa dos direitos desta população, entre eles o direito à água, como elemento vital à vida e à segurança hídrica e nutricional.
Com as ações de acesso à água, o MDS cumpre o seu papel em apoiar projetos que promovam o desenvolvimento social de famílias que sofrem com as secas prolongadas do semiárido.
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