Fazenda em regime de cooperativa valoriza a criação de caprino e ovinos |
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Produzir
animais com 25 quilos aos oito meses de idade faz grande diferença na
caprino- ovinocultura do Semiárido brasileiro. Nessa região, nos
sistemas pecuários tradicionais os animais demoram mais de dois anos
para alcançarem aquele peso, principalmente porque o ganho que conseguem
no período de chuva é perdido em parte na época de seca.
As
ações do projeto coordenado pela Embrapa Semiárido em parceria com o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-BA), a Federação da
Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), a Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e dezenas de associações de agricultores
têm resultado numa experiência bem-sucedida de criar esses animais nas
áreas dependentes de chuva do sertão nordestino.
Os
recursos técnicos, o modo de gestão da atividade, a experiência
associativa dos agricultores que aumentaram a produtividade dos rebanhos
caprinos e ovinos são favorecidos com um resultado bem superior ao
registrado nos sistemas tradicionais de criação. Em uma microrregião
como a de Juazeiro (BA), na Fazenda Icó, esse desempenho, junto com a
melhoria na qualidade da carne, está servindo para dinamizar a cadeia
produtiva da pecuária desses pequenos ruminantes.
Apesar
do nome, a Fazenda Icó não é uma propriedade rural como tantas outras.
Na verdade, sua área de 400 hectares foi adquirida por dezenas de
associações de agricultores e transformada em um instituto para fomento
da atividade caprina e ovina. Assim, para a população que mora em seu
entorno, a fazenda se constitui como um espaço para treinamentos,
capacitações, experimentações científicas e a realização de pesquisas
participativas que envolvem agricultores e profissionais das várias
instituições envolvidas com essa experiência.
Segundo
Tadeu Voltolini, a microrregião onde está instalada a Fazenda Icó
mantém muitas semelhanças com a realidade da caprino-ovinocultura no
semiárido e “os problemas enfrentados no entorno desta fazenda são
semelhantes aos de outras áreas, e as soluções encontradas pelos
pesquisadores e agricultores poderão ser transferidas para incrementar a
atividade em vários locais da região Nordeste”.
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da redação do Nordeste Rural |
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