segunda-feira, 29 de julho de 2013

PARA PENSAR E REFLETIR:

"Bote fé e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção. Bote esperança, e todos os seus dias serão iluminados”
 
 
PARA PENSAR:

"O perfeito aproveitamento do dia de hoje é a melhor preparação para o dia de amanhã”

Carl E. Holmes


PARA REFLETIR:

"Há apenas uma coisa no mundo pior do que falarem mal de você: não falarem sobre você”

Oscar Wilde
Projeto apoiará produção de alimentos com água de chuva 


A cisterna já é tecnologia bem consolidada em programas do Governo Federal e da sociedade civil, que buscam dotar os domicílios nas áreas rurais do Semiárido com uma infraestrutura básica de armazenamento de água de chuva para garantir o consumo das famílias agricultoras nos períodos de seca.

O desafio, agora, é incorporar, aos sistemas de produção de agricultores familiares atendidos pelo Plano Brasil Sem Miséria (BSM), tecnologias que captam essas mesmas águas, só que para produção de alimentos e plantas forrageiras.

Projeto com esse objetivo acaba de ser elaborado em uma oficina que reuniu na sede da Embrapa Semiárido, em Petrolina – PE, pesquisadores de 12 Unidades da empresa de pesquisa, gestores do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e profissionais de empresas contratadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para prestar assistência técnica a agricultores atendidos por esse Plano em 14 Territórios da Cidadania localizados nas áreas secas do Nordeste. Também participaram técnicos de prefeituras do Estado do Maranhão e representantes de organizações não-governamentais, como a D. Helder Câmara, no Ceará.

Estruturantes
O coordenador de Acesso à Água do MDS, Igor Arsky, explica que se pretende levar ao campo tecnologias sociais de baixo custo e de “comprovada eficiência” nos resultados agrícolas. Atualmente, com base em pesquisas realizadas na Embrapa e experiências promovidas por organizações da sociedade civil, o MDS apoia a implantação de nove delas: cisterna de placas de 52 mil litros (calçadão e de enxurrada), barragem subterrânea, barreiro-trincheira, sistema de barraginhas, tanque de pedra, bomba d’água popular, barreiro lonado, pequenas barragens/microaçudes e limpeza de aguadas.

Se ampliarmos o acesso à água, favoreceremos o fomento e a estruturação produtiva da propriedade. Se aliarmos isso a capacitações para a gestão da água, daremos um passo importante para melhorar a produção de alimentos e a renda de famílias que hoje ainda se encontram muito vulneráveis socialmente, afirma Igor.

O projeto elaborado no treinamento realizado na Embrapa Semiárido busca integrar esses vários aspectos. Segundo Suênia Cibeli Ramos de Almeida, supervisora de Articulação para Sistemas de Produção Familiar do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, a empresa de pesquisa precisou incorporar novos conceitos para atuar junto ao público atendido pelo BSM.

As equipes da Embrapa necessitavam incorporar nos projetos as vivências desses agricultores familiares que, apesar de viverem em condições fragilizadas, possuem um acervo de saberes que permitem sua sobrevivência nesses espaços por diversas gerações, explica.

Assim, ao invés de agir com base na “oferta de tecnologias”, os pesquisadores e representantes das empresas contratadas para prestar assistência técnica estabeleceram, em conjunto com os agricultores, as demandas do território. Dessa forma que, algumas delas – criação de galinha caipira, produção de manivas de mandioca e armazenamento de água de chuva para produção de alimentos –, foram reivindicadas em todos os territórios e serão tratadas em projetos com essa abrangência.

Diálogo
Além disso, aos mecanismos tradicionais de transferência de tecnologia, os projetos terão suas principais atividades desenvolvidas em torno das chamadas “Unidades de Aprendizagens” que Suênia define como um “espaço de apropriação, compartilhamento e irradiação de saberes”. Para ela, essa dinâmica envolve as comunidades e suas famílias na experimentação, adaptação e apropriação de conhecimentos e de tecnologias em processos de qualificação e formação de rede de agricultores, técnicos e pesquisadores na construção de conhecimentos. Desta forma, mobilizam-se e criam processos locais de desenvolvimento, afirma.

Essa articulação em rede, tanto para fazer a inclusão tecnológica quando para a troca de experiências e conhecimentos, “aumenta a capacidade e a oportunidade de as famílias em situação de extrema pobreza plantarem e colherem mais e melhor. Esse é o nosso maior desafio e o nosso compromisso primeiro, garante Suênia.

Igor considera “chave” a participação da Embrapa no Brasil Sem Miséria. A empresa de pesquisa é “fundamental” na multiplicação e irradiação de conhecimentos, e ainda na qualificação de uma assistência técnica e extensão rural (Ater) apropriada para o plano do Governo Federal. Isto dará um grande impulso para que outros dois programas do MDS – Inclusão Produtiva Rural e Superação da Extrema Pobreza e Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais – alcancem maior efetividade.

Do universo de 253 mil famílias a serem atendidas até 2014 pelo Plano Brasil Sem Miséria, a pretensão é fazer o programa de fomento alcançar cerca de 30 mil famílias que já possuem uma tecnologia social de acesso à água para produção. E essas 30 mil famílias, atendidas pela Ater, receberão ainda R$ 3 mil em recursos não reembolsáveis em parcelas e prazos a serem definidas pelo Grupo Gestor do Programa.

As doze Unidades da Embrapa que enviaram pesquisadores e técnicos para participares da Oficina foram: Semiárido, Agroindústria Tropical, Algodão, Caprinos e Ovinos, Cocais, Mandioca e Fruticultura, Meio Ambiente, Meio Norte, Milho e Sorgo, Solos-UEP/Recife, Tabuleiros Costeiros e Informação Tecnológica. Das empresas e ONGs contratadas pelo MDA estiveram presentes: Consulplan/PB, IPA/PE, Chapada/PE, Caatinga/PE, EBDA/BA, EMDAGRO/SE, MMT/AL, Ematerce/CE, CODESAOP/RN, dentre outras.

Contratos realizados pelo Pronaf 2012/2013 superaram os R$ 18 bilhões

Contratos realizados pelo Pronaf 2012/2013 superaram os R$ 18 bilhões

Foto: Eduardo Aigner/MDA

O montante de crédito rural contratado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), na última safra, superou a marca dos R$ 19,2 bilhões, com mais de 2,2 milhões de contratos efetivados. O valor informado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) é superior aos R$ 18 bilhões disponibilizados inicialmente pelo governo federal para financiar as operações de custeio e investimento da agricultura familiar no âmbito Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013. Essa é a primeira vez que os valores contratados superam as estimativas feitas pelo governo federal.
"Quando nós lançamos o Plano Safra 2012/2013, a presidenta Dilma disse 'se contratarem os R$ 18 bilhões, eu libero mais', e chegamos a R$ 19,2 bilhões. É a primeira vez na história que se ultrapassa o volume de crédito anunciado”, observa o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas ao assegurar que espera, que nos próximos anos, que o agricultor tenha mais acesso ao crédito.
Quando comparado ao crédito oferecido para a safra 2011/2012, que obteve R$ 14,2 milhões contratados, o aumento real dos recursos foi de 35% e dos contratos, de 44%.
A maior parte do valor usado na safra 2012/2013, cerca de R$ 11 bilhões, foi destinada ao Pronaf Investimento. Conhecida entre os agricultores familiares por financiar a implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, a linha de crédito registrou mais de 1,5 milhão de contratos.
Pepe Vargas atenta que quando o agricultor tem acesso ao crédito, faz investimento, mecaniza sua produção, aumenta sua produtividade e diminui a dificuldade do trabalho. “Isso estimula os jovens também a permanecer no campo, favorecendo a sucessão rural e a agricultura familiar", destaca.
Os outros R$ 8,1 bilhões foram empregados no Pronaf Custeio, que oferece condições especiais para os produtores interessados em financiar atividades de beneficiamento, industrialização ou comercialização da produção própria e/ou de terceiros. Mais de 688 mil contratos foram assinados nessa modalidade.
Desde sua criação, no fim dos anos 90, o Pronaf se destaca no meio rural por custear projetos individuais ou coletivos com as mais baixas taxas de juros do setor. Os financiamentos contemplados pela iniciativa impulsionam a geração de renda dos agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
Pronaf mudando a realidade

O produtor Eduardo Ângelo Borges, de 59 anos, por exemplo, recorreu ao Pronaf Investimento há sete anos. Os R$ 18,5 mil financiados foram usados para estruturar sua produção autônoma de hortaliças. O cultivo das folhas e raízes é feito em sua propriedade de cinco hectares no município de Aloândia (GO), a 150 quilômetros da capital Goiânia.
Até então arrendatário, seu Eduardo conseguiu adquirir sua própria terra por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), também do MDA. Com a aquisição, ele apostou no Pronaf para mecanizar o cultivo da terra. O recurso do programa foi empregado na compra de quatro equipamentos que auxiliam o preparo e o cultivo das hortaliças. “Minhas mãos não pegam mais no serviço pesado, só as máquinas. As mãos calejadas já estão lisinhas”, diverte-se o agricultor.
"Estava desgostoso da vida em ter que trabalhar no chão dos outros. Agora, já levanto é sabendo o que vou fazer, tenho programação para a semana inteira", complementa. Com o fruto da comercialização das hortaliças, seu Eduardo já comprou mais dez hectares de terra, onde pretende se dedicar à plantação de guariroba – ou gueroba, como é conhecida na região.

RN, o Governo e a seca

 

Pelo que se viu, um dos estados do Nordeste mais atingidos pela seca foi o Rio Grande do Norte. Mesmo com o trabalho, em outras épocas, pelo DNOCS, com a construção de açudes e barragens de grande porte, o Rio Grande do Norte nunca escapou desse desastroso mal. Há quase um século com a atuação do IFOCS, órgão federal no trabalho contra a estiagem, o combate era mais difícil. As áreas atingidas pela falta d’água eram atendidas pelo trabalho de moto-bombas, carros-pipas e, ainda cata-ventos, meios capazes de recuperar o plantio atingido pela falta de chuvas. O agricultor, ao que parece, não recebia tanto apoio do Governo Federal e a agricultura plantada morria, deixando o agricultor e a sua família sem comida e sem água para as suas obrigações diárias.

A “Transposição do Rio São Francisco” para atender às necessidades do abastecimento d’água em todo o Nordeste, é uma meta que vem desde o governo do presidente Itamar Franco, estimulada pelo ex-ministro de Integração Aluízio Alves. Arrastando-se pelo tempo, durante os altos e baixos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem, agora, recebendo uma enorme força da presidente Dilma. O semiárido do Rio Grande do Norte é uma área agrícola constantemente vítima da estiagem e pronta para receber as águas do São Francisco, para dinamizar a sua agricultura. Disso é o que a agricultura mais precisa.


Para Refletir




Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia

Pato Fú

quinta-feira, 25 de julho de 2013

PARA PENSAR:

"As melhores mentiras são cobertas com meias-verdades”

Lie to me


PARA REFLETIR:

"Dai-me, Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço”

Cecília Meireles

DIRETORIA DO STTR DE ANGICOS PARABENIZA

Hoje, dia 25 de julho, os diretores do STTR DE ANGICOS: IVANALDO ROGÉRIO- PRESIDENTE; ALMIR MEDEIROS- SECRETARIO E VIDAL JANUÁRIO- TESOUREIRO, parabeniza os agricultores e agricultoras familiares pelo seu dia. Esta data deve ser bastante comemorada por conta da visibilidade e do reconhecimento que esses trabalhadores e trabalhadoras rurais conseguiram ao longo dos anos.
A agricultura familiar é um setor de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável e solidário do campo. Produz 70% de todo o alimento que a população brasileira consome, sempre com o olhar para a preservação e para o respeito ao meio ambiente.
Este também é um momento em que todos os agricultores e agricultoras familiares devem reafirmar a sua posição política. Para isso, têm de continuar as reivindicações para que seja realizada a reforma agrária, para que a saúde pública seja universal e de qualidade, para que haja um projeto de educação específica para as populações do meio rural, e para que a violência no campo seja erradicada.
Reforçar esse posicionamento político fará com que a agricultura familiar seja, cada vez mais, valorizada e fortalecida.
Parabéns por este dia!
Hoje, dia 25 de julho, a CONTAG parabeniza os mais de 17 milhões de agricultores e agricultoras familiares e colonos espalhados pelo Brasil pelo seu dia. Esta data deve ser bastante comemorada por conta da visibilidade e do reconhecimento que esses trabalhadores e trabalhadoras rurais conseguiram ao longo dos anos.

A agricultura familiar é um setor de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável e solidário do campo. Produz 70% de todo o alimento que a população brasileira consome, sempre com o olhar para a preservação e para o respeito ao meio ambiente.

Este também é um momento em que todos os agricultores e agricultoras familiares devem reafirmar a sua posição política. Para isso, têm de continuar as reivindicações para que seja realizada a reforma agrária, para que a saúde pública seja universal e de qualidade, para que haja um projeto de educação específica para as populações do meio rural, e para que a violência no campo seja erradicada.

Reforçar esse posicionamento político fará com que a agricultura familiar seja, cada vez mais, valorizada e fortalecida.

Parabéns pelo seu dia!

Governo do Estado entrega mil títulos de terra em Santana do Matos

- Publicado por Robson Pires, na categoria Estado às 05:02 rosalba terra
Mil trabalhadores da agricultura familiar, da cidade de Santana do Matos, agora possuem a segurança jurídica garantida pelos títulos de propriedade doados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara). O documento, entregue pela governadora Rosalba Ciarlini, nesta tarde (24), garante também aos agricultores a possibilidade de adquirir créditos junto aos programas dos Governos Federal e Estadual. A solenidade de entrega dos títulos aconteceu na Câmara dos Vereadores do município e é parte das ações previstas no convênio com o Programa de Cadastro de Terras e Regularização Fundiária da Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SRA/MDA).
A solenidade contou com a presença de dezenas de agricultores, 27 deles receberam diretamente da governadora Rosalba Ciarlini o título de posse de terra. Um deles, seu Júlio José de Carvalho, de 72 anos, agradeceu por ter recebido o documento e “posso dizer agora que esse pequeno pedaço de terra que eu vivo, é meu”. O Governo do Estado entregou ao todo 216 títulos de reconhecimento de domínio e 784 títulos de posse. Uma ação inédita no estado do Rio Grande do Norte. Segundo o secretário da Seara, Rodrigo Fernandes, “os títulos são gratuitos, doados e registrados em cartório”.
Rosalba Ciarlini parabenizou o trabalho das equipes técnicas da Seara e do MDA, e relembrou que as dificuldades existem para serem superadas. “É preciso acreditar, persistir, e foi isso que fizemos aqui: persistimos. E vamos continuar realizando ações e, principalmente, estruturando essas terras, dando suporte ao pequeno produtor rural”.
A governadora disse que está confirmada a construção e estruturação de poços na cidade de Santana do Matos: “Meu sonho é ver essa cidade e todo o Rio Grande do Norte com água suficiente para que o agricultor rural possa desenvolver sua produção”.

Frio chega ao Nordeste e além das temperaturas baixas a previsão é de muita chuva na Região

Meteorologia alerta para o risco de transtornos na Região Metropolitana de Salvador nos próximos dias


Por: Deliane Assis
A intensa massa de ar polar que atinge o Sul do Brasil desde o fim de semana avançou pelo país nos últimos dias e chegou ao Nordeste nesta quinta-feira, com recorde de frio em cerca de 10 cidades da Bahia. Entre elas Macajuba com mínima de 13,3°C, Brumado com 14,2°C, Itiruçu com 14,4°C, Ipiaú com 15°C, Itaberaba com 16°C e Ilhéus com 16,4°C. Em Vitória da Conquista os termômetros ficaram ainda mais baixos e chegaram aos 10°C, mas não foi recorde do ano por 0,2°C.

Durante a tarde, a temperatura máxima permanece mais baixa no sul da Bahia, oscilando em torno dos 25°C. “Apesar desses valores não serem tão baixos quanto no Sul, são suficientes para gerar uma sensação desagradável para os moradores do Nordeste, que não estão acostumados com frio”, comenta o meteorologista Celso Oliveira, da Somar.

Amanhã o frio da madrugada perde força na Bahia, porém a temperatura máxima fica mais baixa desde o sul da Bahia até o leste de Pernambuco, com termômetros abaixo dos 25°C, indicando avanço de uma frente fria e de uma massa de ar polar pelo oceano. E a previsão é de que o centro e o leste do Nordeste viverão tardes mais frias até pelo menos 5 de agosto, com máximas entre 23°C e 27°C. Além do frio, a previsão é de um período com muita chuva na Região.

Nesta quinta-feira já chove forte na costa do Nordeste, desde a Região Metropolitana de Salvador até o Litoral de Sergipe. Amanhã, as chuvas ficam ainda mais intensas e há risco de temporais em Salvador desde as primeiras horas do dia. “O elevado acumulado e a persistência da chuva aumentam o potencial para transtornos como alagamentos e deslizamentos em toda a Região Metropolitana”, alerta Celso Oliveira. De modo geral, chove desde o litoral sul da Bahia até o Rio Grande do Norte, além de boa parte do Maranhão e na faixa oeste do Piauí.

No sábado não chove de forma tão intensa quanto na sexta-feira, mas a precipitação ainda terá força suficiente para gerar alagamentos na Região Metropolitana de Salvador. No domingo a intensidade da chuva diminui, mas não para, o que mantém o risco de transtornos. De acordo com a previsão da Somar, no início da próxima semana a chuva volta a ganhar força.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Conferência aborda estratégias para convivência com o Semiárido



Conferência aborda estratégias para convivência com o Semiárido

Foto: Romulo Serpa/MDA

Agricultores familiares dos nove estados brasileiros que fazem parte do Semiárido serão representados nos dias 25 e 26 de julho, em Fortaleza (CE), durante Conferência Temática para a elaboração de um Plano Nacional de Convivência com o Semiárido Brasileiro. A intenção é definir eixos estratégicos e, em outubro, contribuir com a construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Condraf/ MDA), está promovendo, desde maio, conferências municipais, territoriais, setoriais e temáticas, que ajudarão na construção do Plano Nacional, objetivo da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário.
O assessor especial para assuntos do Semiárido do MDA, Jerônimo Souza, afirma que os dois dias de conferência abordarão os temas relativos ao evento nacional, em outubro, abordando temas específicos da região semiárida. “Essa conferência temática é muito importante, porque vai fortalecer a política nacional de desenvolvimento trazendo as características e as especificidades do Semiárido”, diz.
Dentre os temas que serão discutidos na conferência, estão: reforma agrária e democratização do acesso à terra no Semiárido; acesso à água para segurança alimentar e nutricional e geração de renda, e desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Semiárido. “Dessa conferência vamos tirar dez propostas que vão para a Conferência Nacional, em outubro. O objetivo central é fazer o debate, mas tirando essas proposições. Faremos com que as demais propostas circulem nas conferências territoriais, intermunicipais e estaduais”, explica Jerônimo.
A expectativa é receber 100 pessoas, sendo 30% do público composto pelo poder público e 70% pela sociedade civil. O delegado federal do MDA no Ceará, Francisco Sombra, acredita que a conferência trará benefícios para todos os segmentos da agricultura familiar do Semiárido. “Acima de tudo, precisamos ter um Semiárido onde o homem tenha uma convivência com qualidade de vida, emprego, produção e comercialização”, comenta.
Conferência Nacional
Em outubro, 1,5 mil pessoas participarão da 2ª edição da Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. O encontro tem como objetivo debater o desenvolvimento rural sustentável e solidário no Brasil, para a construção de um Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. A perspectiva do evento é de trabalhar as próximas duas décadas.
“Uma questão essencial dessa Conferência é reafirmar que o público da agricultura familiar e da reforma agrária é capaz de pensar o futuro e de incluir, dentro do projeto de desenvolvimento nacional, o desenvolvimento rural”, enfatiza o secretário-executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável (Condraf), Roberto Nascimento.
A partir do dia 29 de julho, serão iniciadas as conferências estaduais, última etapa antes do evento nacional.

Mil títulos de terra são entregues a agricultores familiares do RN



Mil títulos de terra são entregues a agricultores familiares do RN

Foto: Eduardo Aigner/MDA

Nesta quarta–feira (24), mil famílias de trabalhadores rurais do município potiguar de Santana do Matos vão receber títulos de propriedade de seus imóveis rurais. Destes, 216 são regularizações de posse, enquanto 784 são reconhecimentos de domínio de propriedades rurais.
A titulação é parte das ações previstas no convênio firmado entre o Governo Federal, por meio do Programa de Cadastro de Terras e Regularização Fundiária do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e a Secretaria de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara), do governo do estado do Rio Grande do Norte (RN).
Para o delegado do MDA no estado, Raimundo Costa Sobrinho, o Programa de Cadastro e Regularização Fundiária é um importante instrumento para promover o desenvolvimento rural brasileiro. “As ações de regularização fundiária proporcionam aos gestores públicos conhecimento mais amplo da estrutura fundiária de um município. Essas informações permitem que os programas e políticas do MDA – voltadas para o combate a pobreza, a sucessão e a consolidação da agricultura familiar – cheguem, efetivamente, para os nossos agricultores em todo o País”, avalia Sobrinho.
“Com a regularização, o agricultor terá direito a diversos benefícios como segurança jurídica da posse do imóvel, garantia de transmissão do bem em caso de sucessão, acesso às políticas públicas, em especial o crédito e a assistência técnica, e valorização do seu imóvel”, destaca Rodrigo Fernandes, secretário da Seara.
O evento ocorrerá às 16h, na Câmara de Vereadores de Santana do Matos, e contará a presença da governadora do RN, Rosalba Ciarlini; do delegado do MDA/RN, Raimundo Costa Sobrinho; do secretário da Seara, Rodrigo Fernandes; da prefeita do município, Lardjane Macedo; de lideranças sindicais e demais convidados.
Um pouco mais sobre o Programa
O Programa de Cadastro de Terras e Regularização é uma política pública do Governo Federal, coordenada no Rio Grande do Norte pelo Governo do Estado. Criado em 2003 pelo MDA/SRA, o programa visa a integração de esforços dos governos federal, estadual e municipal na constituição de um cadastro de imóveis rurais georreferenciados. Dessa forma, o Cadastro de Terras proporciona a execução de uma ampla ação de regularização fundiária, dirigida prioritariamente às áreas de posses e aos agricultores familiares.

domingo, 21 de julho de 2013

Agradecimentos

Agradeço a todos os nossos internautas que nos enviaram votos de parabéns pelo nosso aniversário natalício. Deus na sua suprema bondade, é quem me concede até a presente data o dom da vida. Afinal de contas, chegar a 6.5 com saúde, é realmente uma dádiva divina. Obrigado a todos.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Embrapa e Banco do Nordeste lançam Portfólio de Tecnologias Agropecuárias (17/07/2013)


Cláudio Norões
Embrapa e Banco do Nordeste lançam Portfólio de Tecnologias Agropecuárias
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Banco do Nordeste lançam, amanhã, 18 de julho, às 11h, o Portfólio de Tecnologias Agropecuárias – coletânea com 223 tecnologias para o homem do campo, retratadas nos programas Dia de Campo na TV e Prosa Rural. A coletânea é destinada aos agentes de desenvolvimento, assessores do Agroamigo (Programa de Microcrédito Rural do Banco do Nordeste), extensionistas rurais e usuários de tecnologia agropecuária. O lançamento ocorrerá durante o XIX Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento.

O objetivo da edição é apoiar o processo de transferência de tecnologia para as atividades produtivas da região Nordeste. São 16 CDs, metade deles com 143 edições do programas de rádio Prosa Rural e outra metade com 80 vídeos do Dia de Campo na TV. Os programas estão divididos em oito grandes temas: leite, arroz e feijão, outros grãos, frutas, olerícolas, gado de corte, pequenos animais e temas diversos. Tanto o Prosa Rural quanto o Dia de Campo na TV são produzidos pela Embrapa, que tem sido uma das instituições a receber apoio do Banco do Nordeste, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene).

O programa Dia de Campo na TV estreou em 1998 e, desde então, apresenta, a cada semana, os resultados da pesquisa agropecuária gerados pela Embrapa para diversos segmentos da sociedade.  Conta hoje com mais de 400 programas editados.  Já o Prosa Rural foi criado em 2003, como uma das ações do programa Fome Zero, do Governo Federal. Com o objetivo de divulgar informações úteis para o dia a dia das famílias rurais do semiárido nordestino, ele foi ao ar, inicialmente, para o Nordeste, mas hoje é veiculado em emissoras de todo o País. As ações contam com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento terá como tema “Semiárido Brasileiro e o Desenvolvimento Regional”. O evento será realizado nos dias 18 e 19 de julho, simultaneamente ao XVIII Encontro Regional de Economia, promovido pela Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC), na sede do banco, em Fortaleza.

Mapa firma convênio para conservação de material genético de caprinos e ovinos

Medida também visa melhoramento de espécies com risco de extinção
Foi assinado nessa segunda-feira, 15 de julho, um termo de cooperação entre representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA-UFAL) com o objetivo de conservação e melhoramento de espécies com risco de extinção.
Os caprinos e ovinos tiveram origem no Nordeste, região do semiárido brasileiro, onde muitas raças estão ameaçadas de extinção devido à seca. Serão conservados os materiais genéticos de caprinos das raças Marota e Moxotó e da espécie ovina das raças Rabo Largo e Cara Curta.
“Há vários motivos que justificam a defesa irrestrita das iniciativas de conservação dos recursos genéticos. É nosso dever dedicar esforços para que as raças originadas na região mantenham-se conservadas, não apenas para um possível uso futuro, mas principalmente, para uma utilização associada à sustentabilidade. As raças nativas são instrumentos com os quais precisamos contar no presente e no futuro”, disse o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha.
De acordo com Rocha, a substituição das raças nativas vem crescendo em razão da falta de medidas especiais para seu uso sustentável e conservação, proporcionando aos criadores o apoio adequado. “Para o bem das futuras gerações, os recursos genéticos vegetais e animais devem ser considerados como um dos maiores patrimônios históricos, culturais e ambientais da região Nordeste”, salientou.

Chamada Pública de Assistência Técnica vai atender beneficiários do crédito fundiário


O Governo Federal vai destinar R$ 31,2 milhões para seleção de entidades prestadoras de serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). A Chamada Pública recém aberta visa atender agricultores e agricultoras familiares beneficiários dos Programas de Crédito Fundiário, Banco da Terra e Cédula da Terra.
A expectativa é que a iniciativa beneficie 8,5 mil famílias de agricultores dos estados do Espirito Santo, Goiás, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Podem participar desta chamada pública instituições públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. As propostas deverão ser enviadas no prazo de até 30 dias a contar da publicação no Diário Oficial da União na última sexta-feira (12). Os interessados devem mandar as propostas via Sedex ou entregar diretamente no protocolo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
As atividades contratadas serão realizadas no período de três anos, incluindo planejamento, execução e avaliação de atividades individuais e coletivas, para promover o desenvolvimento sustentável das Unidades Produtivas.

Confira aqui a chamada completa.
Objetivo
Esta Chamada Pública de Ater destina-se a atender demandas específicas dos beneficiários do Programa Nacional de Credito Fundiário (PNCF), que reúne as ações e programas de reordenação fundiária. O PNCF viabiliza o acesso à terra aos trabalhadores rurais e agricultores familiares para contribuir com a erradicação da pobreza rural e melhoria da qualidade de vida. O programa também prevê capacitação dos beneficiários na elaboração da proposta de financiamento e implementação dos projetos de infraestrutura, assessoramento técnico, gerencial e organizacional, apoio a inovação tecnológica e acesso aos mercados para estruturação das unidades produtivas.
A chamada é fruto de uma parceria entre o Departamento de Crédito Fundiário da Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA/MDA) e do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA).

terça-feira, 16 de julho de 2013

Caprifeira de Afonso Bezerra-Imperdível

Vem aí a Caprifeira mais charmosa do RN. O amigo Francinaldo Paulino, um dos organizadores do evento, garante que será uma das melhores já acontecidas no estado. Fernando Pedroza vai prestigiar com uma delegação de produtores rurais, sob o comando do tuxá Miranda, que vai comprar bode e tomar todas.
Na foto, da direta para a esquerda. Marcone Angicano, o Tuxá Miranda e o blogueiro Anilton Souza. Todos eles já confirmaram presença na Flor do Sertão.

Cadastro Ambiental Rural ainda depende de decreto do governo para entrar em vigor

No Brasil, mais de 5,2 milhões de imóveis rurais terão que ser registrados no CAR

Divulgação/INPE
Foto: Divulgação/INPE
Mais de 5,2 milhões de imóveis rurais do país terão que ser registrados no Cadastro Ambiental Rural
Mais de 5,2 milhões de imóveis rurais do país terão que ser registrados no Cadastro Ambienta Rural. Mas para que esse cadastro entre em vigor ainda é preciso que o governo publique um decreto regulamentando essa exigência prevista no novo Código Florestal.
O novo Código já completou um ano de existência, mas na prática nada mudou, já que essa regulamentação está parada em análise na Casa Civil. Isso porque o Ministério do Meio Ambiente acrescentou ao texto dois novos quesitos que desagradam os produtores rurais, o Comprovante de Regularidade Ambiental (CRAm) e o Plano de Recuperação de Área Alterada e Degradada (Prada).
>>Ricardo Alfonsin responde dúvidas sobre Cadastro Ambiental Rural e Programa de Regularização Ambiental
Os produtores estão à espera da regulamentação de importantes pontos previstos no Código Florestal.
 – Nós estamos aguardando a publicação do decreto. Virá um decreto regulamentando o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e uma instrução normativa, que vai indicar como será operado o Cadastro Ambiental Rural, que é feito previamente à regularização da propriedade – diz Rodrigo Justus, coordenador de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Caberá aos Estados e municípios abastecerem o Cadastro Nacional, que vai conter as informações de todos os mais de cinco milhões de imóveis rurais no país. Os agricultores familiares temem que a pouca estrutura comprometa o que está previsto em lei.   
– Nós sabemos que tanto os Estados quanto os municípios não têm equipes preparadas, não têm equipes contratadas suficientemente para dar conta de fazermos em dois anos, pelo menos, os 4,3 milhões de propriedades dos nossos agricultores familiares – relata Antoninho Rovaris, secretário Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
A regulamentação ainda não saiu porque o texto elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente acrescentou o CRAm e o Prada.
– Vamos colocar uma hipótese, o produtor quer recuperar com 10 espécies. O órgão ambiental, então, quer saber quais são essas espécies que ele vai utilizar. Isso é o que eles chamam de Prada, que é um dispositivo eletrônico, é uma página no sistema que o produtor preenche. O órgão ambiental, depois, conferindo essas informações, emite um certificado, nada mais do que isso, algo feito pele internet, que não exige tempo de análise, não exige esforço de deslocamento, é uma simplificação para que o produtor possa dormir tranquilo – explica Paulo Guilherme Cabral, secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente.
Produtores rurais e parlamentares são contra o acréscimo desses pontos. O descontentamento já foi levado à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a decisão final caberá à Casa Civil.
– Contestamos dois pontos que eles haviam colocado e nós manifestamos a ela que isso aí não seria interessante estar na lei, que é o certificado de Regularidade Ambiental, o CRAM, e também um outro item chamado Prada. Está fora daquilo que a lei 12.651, que foi votada na Câmara e no Senado e sancionada pela presidente, preconiza. Portanto, nós queremos o decreto sim, mas sem esses dois artigos – diz o deputado federal Luis Carlos Heinze.

– Todas as chamadas burocracias que forem colocadas a mais aos nossos agricultores efetivamente pode emperrar esse processo, consequentemente, eu não entendo qual é a necessidade de esses outros dois instrumentos, sabendo que um agricultor ao se cadastrar no CAR e fazendo, se necessária, sua regularização ambiental, ele estaria, digamos, regular perante o Código Florestal, perante o Estado brasileiro – fala Antoninho Rovarsi.
– Tem toda uma dúvida em relação ao Certificado de Regularização Ambiental, há um boato de que o governo não teria condição de expedir esse certificado de regularidade a todos esses imóveis. Então existe uma certa apreensão por parte dos produtores, de que forma isso vai ser operado pelo governo, órgão federal e estaduais – relata Rodrigo Justus.

 

 

CONAB revisou para cima a produção brasileira de milho de segunda safra

No relatório de julho, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) revisou para cima a produção de milho de segunda safra 2012/2013.
A CONAB estima que serão colhidas 44,24 milhões de toneladas de milho na segunda safra. Este volume é 1,4% maior, em relação à estimativa de junho.
Na comparação com a “safrinha” passada (2011/2012), a produção este ano deverá ser 13,1% maior. São esperadas 5,13 milhões de toneladas de milho a mais.
No total, somando a primeira e segunda safras, a produção brasileira está estimada em 79,07 milhões de toneladas em 2012/2013, 8,4%, ou 6,09 milhões de toneladas, a mais na comparação com 2011/2012.
A maior disponibilidade de milho nesta temporada é o principal fator de baixa do mercado.
Os estoques finais em 2012/2013 estão estimados em 18,19 milhões de toneladas de milho, segundo a CONAB. Este volume é três vezes maior que os estoques finais em 2011/2012.
Produção de trigo deverá ter crescimento 
 
Paulo Kurtz
Produção de trigo deverá ter crescimento
A área de trigo no Brasil deverá crescer 5,9% em relação ao ano passado, mas o incremento na produção deverá chegar a 19,6% (CONAB, maio 2013). A estimativa considera um possível aumento no rendimento médio das lavouras depois da quebra de 30% na última safra. Clima e preço favoráveis constroem o cenário positivo da triticultura em 2013.

Nesta safra, o Brasil deverá retomar a média histórica de produção de trigo, entre 5 e 6 milhões de toneladas. Segundo levantamentos de intenção de plantio, a área que começou a ser semeada em abril e se estende até julho deverá contar com pouco mais de 2 milhões de hectares (ha), apontando crescimento da área semeada nos estados do Paraná (+10,5% com 897 mil ha), Minas Gerais (+10,2% com 23,7 mil ha), Santa Catarina (+5% com 66,6 mil ha), Goiás (+4,5% com 9,4 mil ha) e Rio Grande do Sul (+3,8% com 1.027 mil ha). O rendimento médio esperado sobe de 2.260 kg/ha em 2012 para 2.700 kg/ha em 2013.

Em SC, o crescimento deverá ser acompanhado de maior investimento pelo produtor. A razão apontada pela economista da Epagri, Márcia Cunha, é o bom preço do cereal no início dos plantios de inverno. “Em algumas regiões encontramos novos silos em construção destinados ao armazenamento do trigo. Mas ainda é cedo para projeções, pois tudo pode mudar em função dos preços dos insumos e da cotação do cereal”, avalia Márcia Cunha.
De acordo com a Embrapa Trigo, o ganho genético nas lavouras de trigo tem sido de 50 kg/ha ao ano, refletindo nas lavouras que passaram de 2.000 para 2.500 kg/ha na última década, exceto em anos de frustrações climáticas como 2003, 2006 e 2012. Hoje, o produtor dispõe de mais de 106 cultivares de trigo (com sementes disponíveis no mercado e registradas no MAPA) para cultivo nas em três regiões tritícolas e adaptadas às mais diversas realidades e padrões tecnológicos. Conforme o pesquisador Pedro Luiz Scheeren, “a pesquisa está oferecendo o que existe de melhor em termos de genética. O produtor está cada vez mais profissional na condução da lavoura. Neste cenário, eu acredito que, nos próximos dez anos, o Brasil será competitivo no mercado internacional de trigo. O mundo olha para nós com especial atenção, pois sabe do nosso potencial de crescimento e inovação”. 
   
Clima
O clima que prejudicou o trigo na última safra não deverá se repetir neste ano. Segundo o agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, a tendência, em função dos grandes indicadores globais, é de uma condição climática normal em 2013. As chances de El Niño, trazendo excesso de chuva na primavera, são baixas. Este cenário  indica menor incidência de doenças e melhor qualidade do produto colhido. Contudo, o pesquisador ressalta que, mesmo não sendo possível prever como será o tempo na época de colheita e quando exatamente ocorrerão as geadas, principais intempéries que representam riscos à cultura, “a antecipação de que não deveremos ter El Niño nessa safra é uma boa notícia para os triticultores do sul do Brasil”, e recomenda: “o produtor deve seguir o zoneamento agrícola, fazer escalonamento de semeadura com diferentes cultivares, investir em adubação e tratamento fúngicos conforme necessidade, enfim, zelar pelo manejo da lavoura do começo ao fim da safra”, orienta Cunha.

Outra recomendação da pesquisa ao produtor é semear apenas o que terá capacidade de colher: “se eu posso plantar 50 hectares por dia, é porque minha capacidade é para colher 50 hectares num único dia. O que acontece, muitas vezes, é que o trigo é plantado todo num dia, mas a colheita pode levar até uma semana. O cereal fica pronto para colher, mas acaba estragando enquanto espera na lavoura”, alerta o pesquisador Pedro Scheeren.

Preços

Em 2012, a redução da produção mundial e a queda de rendimento e de qualidade do trigo no RS resultaram em pressão positiva sobre os preços, ultrapassando R$700,00/t. Fatores como o consumo (681,0 milhões de t) maior que a produção (653,6 milhões de t), resultaram em uma relação estoque/consumo de 26%, a menor observada nos últimos três anos, e, juntamente ao aumento de preços de milho e soja e restrições de exportações em alguns países, impulsionaram os preços no final de 2012. “Os preços internos têm forte influência dos preços do mercado internacional, seguindo um padrão de evolução de comportamento semelhante, com algumas exceções pontuais, principalmente, em decorrência de problemas de frustração de safra”, explica a pesquisadora da Embrapa Trigo, Cláudia De Mori.

No entanto, o cenário mostra-se favorável à recuperação da oferta global, com ampliação da área semeada em países da União Europeia, Rússia, Ucrânia, Cazaquistão e Canadá. Também está previsto o retorno aos rendimentos normais na Rússia e na Ucrânia que sofreram com a seca no ano passado, embora um aumento de consumo dificulte a recomposição dos estoques.
A primeira estimativa da FAO para a produção mundial de trigo em 2013 é de 695 milhões de toneladas, o que representa 35,4 milhões de toneladas acima da safra 2012 e a segunda maior safra no registro. Porém, o consumo mundial tem apresentado crescimento de 2,1% ao ano, enquanto a produção tem crescido 1,54%. Some-se, ainda, a demanda crescente do uso do trigo na alimentação animal (impulsionado pelo balanço de oferta e demanda do milho) e na produção de biocombustível (tendência na Europa pela perda de mercados de exportação de trigo para os países do Mar Negro), além do mercado interno na China que está aquecido, são fatores que poderão influenciar a curva de preços.
A redução de rendimento nas lavouras americanas, pelas adversidades enfrentadas pelos cultivos de inverno e a ocorrência de chuvas e alagamentos em algumas áreas que poderão refletir na qualidade, os possíveis problemas de qualidade na Ucrânia (especula-se que metade possa ter destino forrageiro) e as chuvas excessivas na Europa Ocidental têm mantido as cotações do cereal firmes nos últimos meses.
No mercado interno, a relação estoque/consumo estimada para a safra 2013/2014 é baixa, na ordem 6,3%, o que poderá neutralizar efeitos de queda de preços no mercado internacional em decorrência da maior oferta prevista. Apesar das estimativas de aumento de produção global, da isenção da TEC e importação de trigo americano, e dos leilões da CONAB ocorridos em maio, os preços internos têm se mantido firmes. O preço médio no RS, no mês de maio, de R$30,75/saca 60 kg, é 28,1% superior ao valor médio de maio de 2012 e, no PR, a cotação de R$38,39/saca de 60 kg, é 49,6% superior ao registrado em maio de 2012. No mercado internacional, as cotações observadas na última quinzena de maio, para entrega em dezembro, foram de US$264,80/t FOB em Chicago, US$ 276,66/t FOB em Kansas e US$275,85/t FOB na Argentina.
“É importante lembrar que além dos fatores tradicionais, como produção, consumo, estoques e comércio internacional, que exercem influência na formação de preços, os aspectos relacionados à qualidade tecnológica do cereal também condicionam a definição de preço do produto e devem ser considerados, assim como a implementação de formas de interação comercial com os elos industriais com especificação de produto fim”, conclui De Mori.

Joseani M. Antunes (MTb 9693/RS )
Embrapa Trigo

segunda-feira, 15 de julho de 2013

EMBRAPA/ALGODÃO DE LUTO-Falece Napoleão Beltrão

Falece Napoleão Beltrão, chefe-geral da Embrapa Algodão (14/07/2013)
Foto/Embrapa
Falece Napoleão Beltrão, chefe-geral da Embrapa Algodão
A pesquisa brasileira perde um de seus grandes e obstinados colaboradores. Faleceu, hoje (14), o chefe-geral da Embrapa Algodão Napoleão Esberad de Macêdo Beltrão, aos 63 anos, no Hospital da Unimed, em João Pessoa vítima de falência múltipla dos órgãos. Convalescente de um infarto do miocárdio, vinha enfrentando complicações em vários órgãos. Nas últimas semanas seu estado se agravou. O corpo será velado a partir das 13h no Cemitério Parque das Acácias, Rua Luiz de Lima Freire, 200, Jardim Américo, em João Pessoa, e será sepultado no mesmo local, às 16h.

Napoleão Beltrão deixa pelo Brasil afora uma grande legião de amigos, empregados, bolsistas e alunos que com ele conviveram e o admiravam. Deixa também, uma enorme contribuição à pesquisa agropecuária Brasileira, em especial para a cadeia produtiva dos produtos trabalhados pela Unidade: amendoim, gergelim, mamona, sisal e algodão. Abre-se uma grande lacuna na pesquisa brasileira, e na área acadêmica. 

Trajetória profissional

Napoleão Beltrão dedicou 39 anos de sua vida à área de pesquisa e desenvolvimento dos quais 37 à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Um dos fundadores da Embrapa Algodão, em Campina Grande, Paraíba, foi o primeiro pesquisador contratado em 1974, à época de sua criação. Exerceu por diversas vezes, funções de gerenciamento, dentre elas: chefe de P&D  e chefe-geral da Embrapa Algodão por várias gestões, a última, iniciada há cinco anos.

Engenheiro agrônomo, formado pela Universidade Federal de Pernambuco em 1972, possuía Mestrado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará, em 1976, e doutorado em fitotecnia, área de concentração fisiologia da produção pela Universidade Federal de Viçosa, MG, 1982, Pós-Doctor em Engenharia Agrícola na Universidade Federal de Campina Grande, PB e Bolsista do CNPq, Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora além de outros cursos.

Foi professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Campus de Areia, lecionando em cursos de pós-graduação e  orientando dissertações de mestrado e teses de doutorado. Produziu mais de 200 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais e participou do desenvolvimento de tecnologias para as culturas do algodão, mamona, amendoim, gergelim e sisal.

Publicou vários livros em temas agronômicos, com destaque para o “Agronegócio do algodão no Brasil e o Agronegócio do gergelim no Brasil e teve autoria em capítulos de vários outros.

Recebeu diversos prêmios por trabalhos publicados e desempenho acadêmico, destacando-se o Prêmio Banorte e o ANDEF do Manejo Integrado.

Atualmente dedicava-se à cultura da mamona com vinculação energética para a produção de biodiesel, sendo membro fundador da Rede Nordestina de Biodiesel.

O Doutor Napoleão era um exímio professor, palestrante e conferencista, que nas suas apresentações pelo Brasil, deixava a sua marca de grande conhecedor e entusiasta das inovações tecnológicas das pesquisas, como instrumento de transformação da sociedade.
NOTA DO BLOG:
Professor catedrático, uma das maiores autoridades do país sobre pesquisas de algodão no nordeste brasileiro, esteve em Angicos em 2011, trazido pelo Senador Garibaldi Alves. Na oportunidade proferiu uma palestra na Câmara M. de Angicos sobre o revigoramento do algodão no nordeste e a sua experiência sobre o ouro branco. Uma perda irreparável para a EMBRAPA, para o Nordeste e para o Brasil. 

DIVIDAS RURAIS: Renegociações


Renegociação de dívidas de produtores:
Faern participa de momento importante da agropecuária
O Senado federal aprovou na última quinta-feira (11) o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/2013, originário da Medida Provisória (MP) 610, que prevê uma série de medidas para produtores rurais nordestinos atingidos pela seca na região. A matéria permitirá, entre outros pontos, a liquidação ou a renegociação de dívidas de operações de crédito rural, provenientes de várias fontes de recursos, contratadas até 2006 e que estavam em situação de inadimplência até 2011, contemplando mais de 500 mil famílias de produtores rurais. 
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira (que durante a semana passada participou ativamente dos trabalhos que conduziram ao projeto final) destacou que o texto aprovado pelos senadores trouxe “grandes avanços e esperanças”, incluindo não apenas os pequenos produtores, mas também os médios, que encontravam muitas dificuldades para renegociar seus passivos financeiros junto às instituições financeiras. “Com total certeza, é um momento histórico para os produtores rurais e toda a agropecuária nordestina. Uma luta difícil e que foi costurada com muito cuidado, responsabilidade e atenção. A Federação da Agricultura do RN encampou essa batalha, e graças aos esforços de todos os envolvidos, conseguimos vencer esse entrave aos nossos produtores”, ressaltou Vieira.  
Entre os pontos principais do texto aprovado pelo Senado federal, merece atenção o artigo 8º. da MP, que autoriza a liquidação dos dívidas com rebates que variam entre 40 e 85 por cento das operações financiadas até 31 de dezembro de 2006, cujo valor do saldo devedor não ultrapasse o limite de R$ 100 mil. “ Esses descontos também servem para os contratos renegociados no âmbito dos programas de securitização, PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos) e os débitos inscritos na Dívida Ativa da União (DAU), Fundos Constitucionais de Financiamento (FNE) e outros”, informou o presidente da Federação da Agricultura do RN.
Descontos maiores
Pelo texto do Senado, os produtores do semiárido terão descontos maiores em relação ao restante da região. Para os débitos até R$ 15 mil, o rebate concedido será de 85% no semiárido, e de 65% para os produtores que vivem nas áreas de abrangência da Sudene.
 No caso das dívidas entre R$ 15 mil e R$ 35 mil, o desconto sobre o saldo devedor será de 75% para o semiárido, e de 45% no restante das áreas abrangidas pela Sudene. Para os valores acima de R$ 35 mil até R$ 100 mil, os descontos para liquidação serão de 50% (semiárido) e 40% (demais regiões), respectivamente. Quem optar pela amortização parcial do débito, poderá financiar o restante do saldo devedor em até 10 anos, incluídos nesse prazo três anos de carência, com juros de 3,5% ao ano. Este mesmo prazo será concedido para renegociação das dívidas acima de R$ 100 mil e inferiores a R$ 200 mil. Nos casos de liquidação total ou parcial da dívida, assim como de repactuação do passivo, a data final é 31 de dezembro de 2014.
 Outro dispositivo do PLV autoriza a suspensão das cobranças judiciais e a execução de dívidas até 31 de dezembro de 2014. O relatório prevê, ainda, a negociação de operações de crédito rural contratadas depois de 2007 e inadimplentes em dezembro de 2011, em condições que serão definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O relatório ampliou, ainda, os valores pagos pelo Garantia-Safra e Auxílio Financeiro Emergencial, para R$ 560 e R$ 320, respectivamente, para produtores atingidos pela seca na safra passada, e autoriza a distribuição de milho, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para venda do grão a pequenos pecuaristas.
Assessoria de imprensa do Sistema Faern/Senar, com informações da CNA
 
 

domingo, 14 de julho de 2013


ANOMALIA em CHORÓ > Filhote de porco nasce com tromba de elefante

Choró > Os proprietários da Fazenda São Luiz, uma área rural no município de Choró, no Centro do Estado, tomaram um susto quando uma das porcas do rebanho pariu. Um dos filhotes nasceu com uma anomalia, em espécie de tromba, na cabeça. O filho do proprietário da fazenda, Antonio Delmiro, entrou em contato com a reportagem do Diário Sertão Central e enviou o registo do animal logo após o nascimento.
Todavia, Delmiro explicou que o filhote morreu logo em seguida. Resistiu apenas por algumas horas, mas seria colocado em um recipiente com álcool para entrega a alguma equipe de pesquisa veterinária interessada em estudos dessa natureza. Há dois anos outro animal havia nascido com anomalia genética na mesma propriedade, situada a 12Km do Centro de Choró.
Anomalia animal
O Diário Sertão Central é o portal oficial do Diário do Nordeste no Sertão Central do Ceará. Inclua entre os seus links favoritos.

sábado, 13 de julho de 2013

As secas, São José e a omissão dos governos



O que existe é uma empulhação pelos políticos e pela mídia; ambos vivem da permanência ou ocorrência das tragédias; muito longe do bem-estar das pessoas que convivem com estas mesmas tragédias no dia a dia.
A água é questão de vida. Ela possibilita a vida dos seres vivos. Por aqui pelo Semiárido recebemos a água através das chuvas tão esperadas em cada período anual. O problema é que estão cada vez mais escassas.
Dia 19 de março, dia de São José passou e pouca ou nenhuma chuva nos rincões do Semiárido brasileiro! A despeito dessa data festiva as emissoras de TV trataram de levar ao ar reportagens tratando do tema. As reportagens que vi na TV fizeram uma ligação entre o dia de São José e a questão da seca a qual estamos a vivenciar, novamente, nos últimos anos.
Nelas o telespectador pôde assistir referências a esse fenômeno da natureza como causador de desastres, pelo que apresentaram agricultores desolados lamentando o fato de não poderem plantar e criar seus rebanhos. Como esperança de dias melhores, trouxeram às telas fiéis rogando pela interseção de São José para que mande chuva pros nossos campos.
Paradoxalmente, vimos os céus despejarem chuvas torrenciais no Sudeste brasileiro, levando casas e pessoas morros abaixo. Notem que os fenômenos, seca e chuvas em demasia repetem-se sazonalmente causando calamidade pública aqui e lá. Se São José é o santo que manda chuvas, na certa os fiéis do Sudeste estão rezando para não mandar mais. São José enlouquece com tanto barulho, não acham?
 
A seca sempre vem e faz grandes estragos para o sertanejo e traz grandes benefícios para os políticos.
Deus e as televisões
Sou daqueles que entende que não devemos nos desligar do plano espiritual. Se acreditamos é porque temos fé; devemos nos valer desse valioso instrumento que ajuda a atravessar nossos dias aqui na terra, desde que não nos aliene do plano material.
Com certeza, nesse dia 19 de março celebrou-se em diversos municípios do Semiárido brasileiro o dia de São José, eleito padroeiro da comunidade. Acho pouco provável que os fiéis tenham ouvido dos seus líderes espirituais, além do trivial “que é preciso ter fé”, ou ”que é preciso rezar”, algo mais sólido como “é preciso agir com vistas a que estejamos mais tranquilos nos próximos períodos de seca prolongada”.
Eles, padres e pastores, raras exceções e com medo de perder fiéis, não informam a existência de tecnologias simples, mais baratas, democráticas e eficientes que possibilitem a plena convivência do homem nas regiões semiáridas brasileiras. Não informam que tais tecnologias devem ser urgentemente objeto de políticas de Estado. Esqueceram a máxima de que “nem só de reza vive o homem”. Quanto muito, ostentando alienação, lembram apenas a atual transposição do rio São Francisco! Muito estranho...
Igualmente, não ouvimos isso nos noticiários mais assistidos veiculados desde o dia 19, tratando de São José e da seca. Para piorar, prestando um desserviço à humanidade, ouvimos relatos lamúrias, desolação, falta de esperança. Nossa!
Pé na terra
A respeito disso, alguém ouviu pronunciamento de algum governante seja ele das esferas municipal, estadual ou federal, tratando de programas para convivência com as secas, com propostas duradouras e até mesmo permanentes? Qual é o Partido político que tem, em seus programas, posição clara sobre a questão do Semiárido brasileiro e orienta seus agentes para fazer valer o programa junto às instâncias de governo? Nenhum! O Nordeste é apenas um celeiro de votos fáceis a serem semeados em uma tragédia e colhidos na próxima.
Nós, do Semiárido estamos abandonados, sem líderes políticos, sem líderes espirituais, sem autoridades sérias em Brasília, que nos façam sair da alienação a que nos submeteram durante séculos. O que vemos é um magote de fiéis rezando e se lamentando, desesperançados, abandonando seus roçados, suas terras queimadas. E os governos, aproveitam-se desse estado de desolação do povo, acalentada pela fé cega e pela ignorância, fazem vista grossa a um fenômeno que atualmente é objeto de calamidade pública, mas tem tudo para deixar de ser.
Nem tudo está perdido! Vejo que as organizações da sociedade civil como a Articulação do Semiárido, alguns órgãos do governo como a EMBRAPA, INSA etc. e todos aqueles que têm um novo olhar sobre essa região têm o desafio de massificar a divulgação e implantação dessas novas tecnologias. É imperioso fazer com que o homem simples perceba que ele tem outro recurso além da fé para tornar a vida menos desolada: conhecer e implantar as tecnologias atuais para convivência sustentável no Semiárido. É urgente, também, atuar para que sejam efetivadas através de políticas públicas a serem levadas a cabo pelos governos municipais, estaduais e federal.
NOTA DO BLOG: Excelente matéria. A mais pura realidade.
Pedro Reginaldo Gomes - advogado,
ovinocultor em Picuí (PB), 20 de Março de 2013.