quarta-feira, 26 de junho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
PARA PENSAR:
"É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”
Gilberto Gil, em Divino Maravilhoso
PARA REFLETIR:
"A única coisa que mete medo em política é o povo nas ruas”
Ulysses Guimarães, na época da ditadura
Nota do Blog: Será que se toda classe rural unida, organizada, fosse as ruas protestar pelo descaso dos governos com relação a seca no semiárido:
Teríamos mais atenção dos governos;
A CONAB facilitaria mais a venda dos seus produtos, abrindo a venda de soja e pasta gorda;
O preço do leite seria mais justo;
Teríamos máquinas para construir açudes ou pelo menos amplia-los;
Perfuração de poços tubulares profundos;
Melhores estradas vicinais;
Acesso facilitado nos bancos oficiais;
Políticas públicas voltadas para o pequeno produtor;
Mais consideração e respeito com quem produz na zona rural.
Será. Enqunto isso, O Sertão continua a Deus dará. Pedindo a Deus que chova mais um pouco este ano. É quando temos a certeza que a coisa vai melhorar.
Saudades do Deputado Nélio Dias.
Alta do dólar eleva rentabilidade de agricultores no Brasil
Visitas: 217
SÃO PAULO - A recente desvalorização do real será positiva para os
produtores de commodities agrícolas do Brasil, apesar do aumento dos
custos decorrentes de insumos atrelados ao dólar e do ambiente de preços
internacionais em curva descendente.
Especialistas no setor, que é líder de exportações do país, são unânimes em apontar que a cotação do dólar, que acumula alta de quase 5 por cento em junho, vai se converter em negócios um pouco mais lucrativos, no momento em que os valores dos produtos cotados na moeda dos EUA forem convertidos em real.
"Em termos líquidos, é favorável essa desvalorização cambial", disse o analista Fábio Silveira, da GO Associados.
A mudança cambial tem origem, em boa parte, nas perspectivas sinalizadas pelo banco central dos EUA, o Federal Reserve, de reduzir os estímulos monetários, lembrou o coordenador do Cepea e professor da Esalq/USP, Geraldo Barros, apontando que isso também acaba pressionando os preços das commodities.
"O aumento dos juros tende, como regra, a agir no sentido da queda dos preços em dólares das commodities. Portanto, nem todo ganho com a desvalorização vai se transformar em ganhos para o agronegócio brasileiro", acrescentou Barros.
De qualquer forma, continuou o professor da Esalq/USP, entre efeitos negativos e positivos, o produtor brasileiro deve ser beneficiado.
"A experiência passada sugere que o saldo para o agronegócio deve ser positivo, com aumento na renda", disse ele.
As commodities em geral sofreram na quinta-feira, no mercado internacional, sua maior liquidação em um ano e meio, por conta das sinalizações do Fed. Alguns mercados, como o do petróleo, mantiveram a tendência de queda nesta sexta-feira.
Outro fator que pressiona os preços das commodities agrícolas é a perspectiva de um mercado mais bem abastecido. Para o açúcar e o café, safras abundantes no Brasil --maior exportador de ambos os produtos-- têm derrubado as cotações.
Já a soja, principal produto da pauta de exportações agrícolas do Brasil, está sendo impactada pela perspectiva de uma grande safra norte-americana em 2013. As cotações dos contratos mais distantes na bolsa de Chicago, os da safra nova dos EUA, têm valores 15 por cento mais baixos que os da safra velha.
EFEITO DO DÓLAR
o cruzamento das cotações futuras da soja em Chicago com a taxa de câmbio mostra que as perspectivas para o produtor rural melhoraram ao longo de junho, segundo estimativa feita pelo SimConsult, da corretora Centrogrãos, de Mato Grosso.
Levando-se em conta a cotação em Chicago e o câmbio no fechamento do dia 3 de junho, um agricultor de Sorriso (MT) receberia um valor líquido de 43,57 reais por saca de soja de 60 kg em março de 2014.
O mesmo produtor receberia 44,47 reais por saca com base no mesmo cálculo feito com o preço na CBOT e o câmbio atualizados desta sexta-feira.
Em outras palavras, mesmo com uma desvalorização da soja este mês, a alta do dólar já teria rendido um ganho de 2 por cento ao agricultor.
Como os custos de produção variam de propriedade para propriedade, e dependendo da boa gestão realizada em cada fazenda, os insumos têm um peso maior ou menor na conta final de rentabilidade.
Em todos os casos, no entanto, a atual conjuntura ainda é favorável para quem planta.
"Naturalmente isso ajuda o setor, porque a receita bruta e líquida, em reais, vai ser um pouco maior", avaliou o secretário-geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fábio Trigueirinho.
O economista José Roberto Mendonça de Barros, da consultoria MB Agro, acredita que após uma comercialização muito favorável para os produtores de grãos em 2012, há caixa para apostar em ganhos ainda maiores ao longo do ano.
"A estratégia é clara, usar o capital de giro para antecipar os insumos e dá para correr do risco do câmbio, porque ele não vai voltar... Não vejo a menor condição de ele voltar a 1,80; 1,90 ou 2 (reais). Para a agricultura, câmbio desvalorizado é bom. Ponto", disse ele, em uma entrevista recente.
O movimento de maior rentabilidade da soja deve ser acompanhado também por outras commodities exportadas pelo país, na avaliação da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
"É bem-vindo (a alta do dólar), algumas commodities como café, minério, açúcar, que estão com preços mais baixos... essa elevação do câmbio recupera a redução da rentabilidade (em reais)", disse José Augusto de Castro, presidente da entidade.
CUSTOS
Por outro lado, os principais insumos da agricultura, como fertilizantes e defensivos, são precificados em dólar, o que corrói boa parte dos ganhos. Mas não ao ponto de eliminar a vantagem oferecida pelo câmbio.
"Alguns desses itens (de custos) não são dolarizados, como salário, por exemplo. O saldo é positivo", disse o diretor da consultoria AgroConsult, André Pessôa.
Os custos dolarizados podem chegar a até cerca de 50 por cento do total das despesas dos produtores, mas isso em áreas como Sorriso (MT), maior produtor de soja do país, onde as despesas estão mais atreladas ao dólar do que em outras áreas agrícolas do Brasil, segundo o Cepea.
Especialistas no setor, que é líder de exportações do país, são unânimes em apontar que a cotação do dólar, que acumula alta de quase 5 por cento em junho, vai se converter em negócios um pouco mais lucrativos, no momento em que os valores dos produtos cotados na moeda dos EUA forem convertidos em real.
"Em termos líquidos, é favorável essa desvalorização cambial", disse o analista Fábio Silveira, da GO Associados.
A mudança cambial tem origem, em boa parte, nas perspectivas sinalizadas pelo banco central dos EUA, o Federal Reserve, de reduzir os estímulos monetários, lembrou o coordenador do Cepea e professor da Esalq/USP, Geraldo Barros, apontando que isso também acaba pressionando os preços das commodities.
"O aumento dos juros tende, como regra, a agir no sentido da queda dos preços em dólares das commodities. Portanto, nem todo ganho com a desvalorização vai se transformar em ganhos para o agronegócio brasileiro", acrescentou Barros.
De qualquer forma, continuou o professor da Esalq/USP, entre efeitos negativos e positivos, o produtor brasileiro deve ser beneficiado.
"A experiência passada sugere que o saldo para o agronegócio deve ser positivo, com aumento na renda", disse ele.
As commodities em geral sofreram na quinta-feira, no mercado internacional, sua maior liquidação em um ano e meio, por conta das sinalizações do Fed. Alguns mercados, como o do petróleo, mantiveram a tendência de queda nesta sexta-feira.
Outro fator que pressiona os preços das commodities agrícolas é a perspectiva de um mercado mais bem abastecido. Para o açúcar e o café, safras abundantes no Brasil --maior exportador de ambos os produtos-- têm derrubado as cotações.
Já a soja, principal produto da pauta de exportações agrícolas do Brasil, está sendo impactada pela perspectiva de uma grande safra norte-americana em 2013. As cotações dos contratos mais distantes na bolsa de Chicago, os da safra nova dos EUA, têm valores 15 por cento mais baixos que os da safra velha.
EFEITO DO DÓLAR
o cruzamento das cotações futuras da soja em Chicago com a taxa de câmbio mostra que as perspectivas para o produtor rural melhoraram ao longo de junho, segundo estimativa feita pelo SimConsult, da corretora Centrogrãos, de Mato Grosso.
Levando-se em conta a cotação em Chicago e o câmbio no fechamento do dia 3 de junho, um agricultor de Sorriso (MT) receberia um valor líquido de 43,57 reais por saca de soja de 60 kg em março de 2014.
O mesmo produtor receberia 44,47 reais por saca com base no mesmo cálculo feito com o preço na CBOT e o câmbio atualizados desta sexta-feira.
Em outras palavras, mesmo com uma desvalorização da soja este mês, a alta do dólar já teria rendido um ganho de 2 por cento ao agricultor.
Como os custos de produção variam de propriedade para propriedade, e dependendo da boa gestão realizada em cada fazenda, os insumos têm um peso maior ou menor na conta final de rentabilidade.
Em todos os casos, no entanto, a atual conjuntura ainda é favorável para quem planta.
"Naturalmente isso ajuda o setor, porque a receita bruta e líquida, em reais, vai ser um pouco maior", avaliou o secretário-geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fábio Trigueirinho.
O economista José Roberto Mendonça de Barros, da consultoria MB Agro, acredita que após uma comercialização muito favorável para os produtores de grãos em 2012, há caixa para apostar em ganhos ainda maiores ao longo do ano.
"A estratégia é clara, usar o capital de giro para antecipar os insumos e dá para correr do risco do câmbio, porque ele não vai voltar... Não vejo a menor condição de ele voltar a 1,80; 1,90 ou 2 (reais). Para a agricultura, câmbio desvalorizado é bom. Ponto", disse ele, em uma entrevista recente.
O movimento de maior rentabilidade da soja deve ser acompanhado também por outras commodities exportadas pelo país, na avaliação da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
"É bem-vindo (a alta do dólar), algumas commodities como café, minério, açúcar, que estão com preços mais baixos... essa elevação do câmbio recupera a redução da rentabilidade (em reais)", disse José Augusto de Castro, presidente da entidade.
CUSTOS
Por outro lado, os principais insumos da agricultura, como fertilizantes e defensivos, são precificados em dólar, o que corrói boa parte dos ganhos. Mas não ao ponto de eliminar a vantagem oferecida pelo câmbio.
"Alguns desses itens (de custos) não são dolarizados, como salário, por exemplo. O saldo é positivo", disse o diretor da consultoria AgroConsult, André Pessôa.
Os custos dolarizados podem chegar a até cerca de 50 por cento do total das despesas dos produtores, mas isso em áreas como Sorriso (MT), maior produtor de soja do país, onde as despesas estão mais atreladas ao dólar do que em outras áreas agrícolas do Brasil, segundo o Cepea.
Conab monitora estoques de alimentos do país para checar números e qualidade
Visitas: 171
Brasília – O governo federal está monitorando os estoques de
alimentos públicos do país a fim de garantir a qualidade e a quantidade
dos grãos armazenados. Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) inspecionam armazéns de 13 estados brasileiros.
A vistoria é a quarta ocorrida em 2013. Ao todo, 409 mil toneladas de grãos serão inspecionados em 143 locais que fazem estoques públicos de alimentos. Destes, 89 armazéns são próprios da Conab e 54 são unidades privadas que adquiriram produtos pela Conab por meio de mecanismos de financiamentos de preços mínimos ou de contratos de opção, entre outras modalidades de empréstimos.
Foram inspecionadas, durante as três primeiras etapas de fiscalização, cerca de 3,7 milhões de toneladas de alimentos em todos os estados brasileiros. Ao todo, 867 armazéns tiveram os produtos armazenados averiguados.
Segundo o superintendente de fiscalização dos estoques da Conab, Francisco Farage, a averiguação dos produtos ocorre para verificar se a armazenagem obedece aos critérios estabelecidos pela Conab e também se a quantidade está correta.
“Checamos a quantidade do produto por imagem geométrica e chegamos ao quantitativo para ver se os estoques estão compatíveis com os [números] contábeis. Essa fiscalização rotineira dá garantia e qualidade dos estoques depositados.”, explicou.
Farage destacou ainda que, caso ocorra alguma inconformidade, os estabelecimentos serão notificados e devem fazer a correção em até 60 dias, quando ocorrer outra visita dos técnicos. “(A fiscalização) tem caráter muito mais preventivo e educativo que punitivo”, disse. Até o final do ano, estão programadas outras cinco rodadas de fiscalizações.
A vistoria é a quarta ocorrida em 2013. Ao todo, 409 mil toneladas de grãos serão inspecionados em 143 locais que fazem estoques públicos de alimentos. Destes, 89 armazéns são próprios da Conab e 54 são unidades privadas que adquiriram produtos pela Conab por meio de mecanismos de financiamentos de preços mínimos ou de contratos de opção, entre outras modalidades de empréstimos.
Foram inspecionadas, durante as três primeiras etapas de fiscalização, cerca de 3,7 milhões de toneladas de alimentos em todos os estados brasileiros. Ao todo, 867 armazéns tiveram os produtos armazenados averiguados.
Segundo o superintendente de fiscalização dos estoques da Conab, Francisco Farage, a averiguação dos produtos ocorre para verificar se a armazenagem obedece aos critérios estabelecidos pela Conab e também se a quantidade está correta.
“Checamos a quantidade do produto por imagem geométrica e chegamos ao quantitativo para ver se os estoques estão compatíveis com os [números] contábeis. Essa fiscalização rotineira dá garantia e qualidade dos estoques depositados.”, explicou.
Farage destacou ainda que, caso ocorra alguma inconformidade, os estabelecimentos serão notificados e devem fazer a correção em até 60 dias, quando ocorrer outra visita dos técnicos. “(A fiscalização) tem caráter muito mais preventivo e educativo que punitivo”, disse. Até o final do ano, estão programadas outras cinco rodadas de fiscalizações.
Exportações de farelo de soja em junho devem superar o resultado de maio
O volume médio diário foi de 70,2 mil toneladas, alta de 6,7% frente as 65,8 mil toneladas de maio e de 13,7% frente a junho de 2012.
Com a demanda aquecida pela baixa oferta norte-americana, o país deverá ultrapassar o total embarcado no último mês, que foi de 1,38 milhão de toneladas.
O preço pago pela tonelada do farelo foi de US$496,30 nos primeiros dez dias úteis de junho, alta de 5,4% em um mês.
Na comparação com junho do ano passado, quando a tonelada custava US$433,20, o preço está 14,6% maior.
Governo federal faz doação de milho para o Ceará
São 30 mil toneladas do grão em favor das Centrais de Abastecimento do Ceará
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Andrade,
assinou nesta sexta-feira, 21 de junho, Extrato de Compromisso no
Diário Oficial da União em que oficializa a doação de 30 mil toneladas
de milho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ao estado do
Ceará.A doação será efetivada com a emissão de Nota Fiscal em favor das Centrais de Abastecimento do Ceará S/A (Ceasa). A normativa vigora até 30 dias após a aprovação do Relatório de Prestação de Contas pelo Ministério da Agricultura.
A ação faz parte das medidas de apoio do Governo Federal para auxiliar aos municípios amparados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela estiagem. O produto vem sendo adquirido para formação de estoque nos estados na região Nordeste, além de parte dos municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo.
“Esses arremates serão importantes para auxiliar aos pequenos produtores nordestinos que sofrem com a falta de chuvas na região”, afirmou o ministro Antônio Andrade.
Em 2012, ações interministeriais de apoio auxiliaram centenas de municípios afetados pela seca. Entre as medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura, os leilões de milho pela Conab foram as principais. Mais de 148 mil operações resultaram na compra de 602 mil toneladas do cereal pela modalidade de venda de milho em Balcão.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Oferta de água é preocupação da pesquisa agropecuária
Ações do documento
A seca é o fator que mais provoca perdas
na agricultura. Com a expectativa de elevação das temperaturas e
agravamento dos períodos de estiagem, pesquisadores estão empenhados em
antever cenários futuros e encontrar formas de aumentar a eficiência do
uso da água na produção rural. O tema está em discussão no workshop que
começou ontem (19) e segue até amanhã (21), em Brasília/DF, reunindo
cientistas da Embrapa e do The Commonwealth Scientific and Industrial
Research Organisation – CSIRO, principal instituição de pesquisa da
Austrália. O evento é promovido pela Embrapa Agroenergia e a Secretaria
de Relações Internacionais da Empresa.
O chefe de pesquisa e desenvolvimento da
Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, conta que a Embrapa já investe
no uso eficiente da água há vários anos, com diversas culturas. No
workshop, cientistas brasileiros e australianos estão apresentando as
estratégias adotadas para melhorar essas caraterísticas em culturas como
cana, café, soja, arroz e trigo. Ao final do evento, “vamos discutir
quais grupos podem trabalhar melhor em colaboração”, diz Capdeville.
No território australiano, as plantações
estão em pequenas faixas ao Sul, Nordeste, Leste e Oeste, onde se
produz, principalmente, trigo, algodão, cana-de-açúcar e uva para
produção de vinho. Na imensa área central composta por desertos e
parques nacionais, é praticada a pecuária extensiva, com ainda menos
cabeças de gado por hectare do que no Brasil. A maior parte da produção
agrícola é exportada, sendo a Austrália o principal fornecedor de açúcar
do leste asiático.
O pesquisador Mark Peoples, do CSIRO,
conta que, tal como a brasileira, a agricultura australiana tem
enfrentado alta dos custos agrícolas e instabilidade do mercado. Mas o
maior desafio para o setor, ressalta, é o gerenciamento da água
utilizada na produção. A Austrália passa por períodos de redução do
volume de chuvas que pode durar alguns anos.
Rede de pesquisa
No Brasil, uma das iniciativas que buscam
caminhos para a agricultura em cenários de redução de disponibilidade de
água é a rede de pesquisa AgroHidro. Liderada pela Embrapa, ela reúne
mais de 40 instituições e 80 cientistas. Coordenador dos trabalhos, o
pesquisador da Embrapa Cerrados Lineu Neiva Rodrigues explica que o
objetivo dos projetos da rede é avaliar os impactos das mudanças
climáticas e do uso do solo na disponibilidade de água para a
agricultura e em que medida eles podem afetar as comunidades rurais.
No âmbito da rede, os cientistas estudaram
como a produção de buriti é alterada em situações de escassez hídrica.
Com 20% a 30% menos água, a queda na renda dos produtores rurais pode
chegar a 70%. “A água é o recurso mais básico para a agricultura”,
lembra Rodrigues. Daí a importância dos investimentos para maximizar o
aproveitamento dos volumes disponíveis para as atividades rurais. A rede
AgroHidro já busca critérios para estabelecer uma certificação de uso
eficiente de água e energia na agricultura irrigada, atendendo ao que
prevê a Política Nacional de Irrigação, estabelecida em janeiro deste
ano.
Mudanças climáticas
A rede AgroHidro integra o Portfolio de
Pesquisa em Mudanças Climáticas da Embrapa, que busca entender o
comportamento das culturas agrícolas em situações em que a oferta de luz
e água, bem como as características dos solos e as temperaturas sejam
alteradas. Tomando como base as estimativas do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC), os pesquisadores utilizam sistemas de
modelagem matemática para antever as condições de solo, temperatura e
disponibilidade de água nas áreas de cultivo de diferentes produtos
agrícolas.
Em uma das frentes de pesquisa, o objeto
de estudo é o comportamento das plantas nesses cenários e as alterações
de produtividade. Outro grupo dedica-se a analisar o impacto para as
pragas e doenças. “Nós buscamos entender o quão vulnerável as culturas
são às mudanças climáticas e a capacidade que elas têm de voltar ao
estado de equilíbrio”, resume o presidente do comitê gestor do
portfolio, Giampaolo Pellegrino, pesquisador da Embrapa Informática
Agropecuária.
Mark Peoples, do CSIRO, ressalta que o
gerenciamento da água é uma preocupação comum de Brasil e Austrália e
que as estratégias apresentadas durante o evento devem dar origem a
trabalhos conjuntos entre as duas instituições. Resultados de pesquisas
realizadas pelos dois centros podem ser compartilhados, a fim de que se
possa compreender melhor o comportamento das culturas e dos biomas com
as mudanças climáticas e a restrição da oferta de água. Espera-se que
com o avanço na parceria, pesquisadores do CSIRO poderão passar períodos
nos laboratórios da Embrapa ou como pesquisadores visitantes e
vice-versa, em programas de pós-doutorado.
Antônio Andrade afirma que novo marco regulatório dará segurança jurídica para empresas
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, afirmou nesta terça-feira, dia 18 de junho, que o novo marco regulatório para mineração dará maior estabilidade e segurança jurídica para as empresas interessadas em investir no setor.“O marco regulatório vai dar oportunidade para nós discutirmos, principalmente, as questões que envolvem o alvará de pesquisa mineral. Eu acredito que dará maior estabilidade e segurança às empresas”, disse o ministro a jornalistas após o lançamento da proposta pela presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
Andrade afirmou que acompanhará de perto, no Congresso Nacional, a tramitação do Projeto de Lei que vai regulamentar o tema. “É de interesse do Congresso ver o marco de mineração ser aprovado o mais rápido possível. Acredito que todos os esforços serão feitos nesse sentido tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal”, reforçou.
O novo marco regulatório é um conjunto de regras e medidas que visa facilitar os investimentos voltados à exploração de recursos minerais no País. Tem como objetivo a reformulação da Legislação a fim de criar um ambiente favorável à competitividade, com regras claras para as concessões, respeito aos contratos, aprimoramento da arrecadação e simplificação da base de cálculo.
O Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional cria o Conselho Nacional de Política Mineral e a Agência Nacional de Mineração.
O Conselho Nacional de Política Mineral funcionará como um órgão de assessoramento da Presidência na formulação de políticas para o setor e terá a missão de fortalecer a participação da mineração na economia, hoje responsável por 4% do PIB e 23,5% das exportações.
A Agência Nacional de Mineração será responsável pela regulação, gestão das informações e fiscalização, funcionando com autonomia administrativa e financeira e processo decisório colegiado.
Protestos
O ministro Antônio Andrade comentou os recentes movimentos que estão acontecendo em vários estados cuja pauta ainda está difusa. Segundo ele, a postura da presidenta Dilma Roussefff, que apoia as manifestações, é de uma democrata.
“Ela apoia. O movimento não tem nenhuma ação governamental no sentido de coibir as manifestações, que entendemos serem legítimas”.
InflaçãoQuestionado sobre a recente alta nos preços de alguns produtos agrícolas, o ministro disse estar atento às oscilações de preços do feijão e reforçou que, se necessário e caso haja disponibilidade no mercado externo, o Brasil poderá importar o produto.
“É um item da cesta básica. Se necessário, vamos procurar importar para atender o mercado nacional. Estamos atentos no sentido de fazermos o melhor para o abastecimento interno".
Conforme o IBGE, a inflação dos alimentos começa a arrefecer. O item alimentos foi o principal responsável pela desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,55% em abril para 0,37% em maio, o menor desde março de 2012.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Uma Matéria Realista
O sertanejo e a seca
O Governo Federal
pratica discriminação contra os nordestinos, mas isso fica acobertado
pela visão tétrica dos flagelados das secas, crise após crise,
alimentando aqueles que vivem desses miseráveis episódios humanos que
teimam em não sair do dia-a-dia do grande país.
O escritor Woden Madruga me pede para escrever sobre a Seca, um assunto que ninguém gosta de falar. Fico acuado
pensando como esse assunto ficou pequeno diante das Agendas do
Congresso Nacional, das Assembleias dos Estados nordestinos e do
discurso dos candidatos a prefeito na última e recente eleição. Nenhum
falou sobre a Seca que castigava e castiga ainda seus eleitores.
O Semiárido e seus bichos, suas plantas e sua
gente amargam o esquecimento institucional e ficaram pequenos a partir
da extinção do Conselho Deliberativo da Sudene, onde governadores como
Aluízio Alves, Miguel Arrais, ACM e tantos outros gritavam para o país
inteiro ouvir as dores dos seus povos bem governados. Acabou, esse tempo
se foi. O Nordeste seco perdeu a voz, creio, para sempre.
Se quiser, pensando nos rebanhos de vacas magras e
prenhes que após o parto o bezerro cai e fica no chão, só e abandonado,
deixo algumas lágrimas caírem na solidariedade muda aos sertanejos que
vivem da criação desses lendários animais. Pois é, cabe perguntar, quem
cuida de nós, produtores rurais do Semiárido?
- O Governo Federal criou o Programa da
Agricultura Familiar e nele botou miniprodutores, apoiando-os com Bolsa
Família, Bolsa Estiagem, Seguro Safra e crédito rural bom e barato. E
foi por essa via que os ex-futuros flagelados foram absolvidos e
resguardados. São agricultores de lavoura de subsistência – milho,
feijão, mandioca e jerimum. Dependem da chuva anual. Quando a Seca traz
pra eles o roçado vazio são as Bolsas que os protegem.
- E, agora, eu pergunto qual o nome que deve ser
dado aos outros, milhares de produtores rurais e suas famílias, que
vivem nas mesmas terras secas desses sertões do Nordeste?
O Semiárido pode ser muito rico, como em outros países.
Era preciso que uma verdade milenar fosse
estabelecida: todos os produtores rurais, mini, pequenos, médios e
grandes são iguais perante a Seca. Quando ela se instala, sob a luz do
sol abrasador,
todas as fronteiras desaparecem entre Estados, municípios e fazendas
cobrindo regiões imensas e suas populações. A Seca não tem endereço,
está no sertão de todos nós.
As políticas públicas para o Semiárido podem
diferenciar os seus beneficiários, mas não podem excluir usuários do
mesmo chão. Excluir é discriminar. Esta distorção conceitual deve ser
removida dos Planos de Safra pelos formuladores da política agrícola do
país.
Fico imaginando um palco enorme, do tamanho do
Sertão, onde entrariam em cena Dona Seca e o Doutor Governo Federal. No
meio do palco, onde ocorrerá a batalha, estariam nós, os produtores e
seus rebanhos. Pois bem, abre-se a cortina e começa a luta dessas duas
grandes forças. Passado o primeiro ano quem ganhou e quem perdeu
patrimônios do seu modo de produzir e viver? Dona Seca ganhou,
encurralando o pobre e amofinado Governo Federal.
Dona Seca quando chega demora-se a ir embora, dura
um ano, dois e, às vezes, três anos. Não se assemelha às enchentes, aos
furacões destruidores e passageiros. Pois bem, nesse 2012 e começo de
2013, Dona Seca já ganhou do Governo Federal.
A bem da verdade é uma derrota que se repete ao
longo da nossa história. Cabe perguntar: será que o Nordeste brasileiro é
a única região Semiárida do planeta? Claro que não. Existem regiões
produtivas nas terras secas dos EEUU, Argentina, Austrália, Espanha,
partes da Ásia e África. O México tem na sua bandeira um pé de palma,
símbolo da fertilidade do seu Semiárido.
Há, portanto, um conhecimento disponível, uma
“fonte de saber”, construída ao longo de séculos de convivência com as
suas secas. Aqui no Rio Grande do Norte criamos uma ação inovadora – o
Programa do Leite. Deixado à míngua, foi salvo, na última hora, pelas
mãos do atual Governo do Estado.
Termino esta carta com a cara pra cima, procurando
chuva no céu, sem nuvens, sem luz para clarear a inteligência das
instituições que cuidam do nosso Sertão.
Só pra ilustrar: a Barragem de Poço Branco está
com uma comporta quebrada, esvaindo a sua água para o mar! Faz é tempo,
viu DNOCS?
Roosevelt Garcia - é pecuarista,
ex-Secretário de Estado, escritor.
ex-Secretário de Estado, escritor.
Madame Kirchner acordou em Pernambuco
Enfrentar
o clima rude, o solo áspero, a morte em cada crise, a decadência rural,
as vantagens urbanas - tudo isso é fácil, mas difícil é lutar contra o
próprio governo quando insiste em ser pior do que o clima e o solo,
tirando do sertanejo o pouco que lhe subsiste.
Madame Kirchner -
Sempre houve pecuária na Argentina. Em 1866 nascia a Sociedade Rural
Argentina (SRA), com o lema: “cultivar o solo é servir à Pátria” -
refrão de gente séria. Em 1875 já acontecia a primeira Exposição
organizada pela Sociedade Rural Argentina, enchendo os cidadãos de
orgulho. Em 1880 foi introduzido o gado Holstein, o melhor do planeta.
Em 1920 entraram as raças Friburgo, Flamenco, etc. Em 1924, a Sociedade
Rural Argentina adotou o nome “Holando-Argentino” para as misturas de
várias origens, tentando acertar o rumo. Eram iniciativas erradas, pois
contrariavam o solo e o clima. Então, surgiram os carrapatos. Depois de
algumas epidemias que arrasaram a pecuária, a Argentina descobriu o
Brasil, ou melhor, descobriu o Zebu Brasileiro. Fez algumas importações e
acabou salvando parte do gado. Descobriu, assim, que cada solo tem o
gado que merece.
A
seguir, tendo assumido o solo (coisa que os governos nordestinos ainda
não fizeram, mas os sertanejos já - e sofrem por isso), a Argentina deu
um salto, passando a ser considerada a “Europa latina”. Viveu muito bem
por um período. Ultimamente, porém, sucumbiu diante de governos
melífluos e populistas, que persistem no cargo até hoje, promovendo uma
derrocada no setor rural. O “modelo ruralista” da América do Sul está em
frangalhos por conta de maus governantes que distribuem esmolas às
pessoas, comprando seus votos, ao invés de estimular o trabalho e a
produção.
É
o “adeus à produção e viva a inércia do cidadão” - exatamente como
acontece no Brasil moderno. Quando políticos resolvem ser ditadores,
usando a democracia para destruí-la, os desastres vão se acumulando e o
prato do povo vai se esvaziando - é sempre assim. O rebanho argentino já
foi de 61,0 milhões de cabeças. Caiu para 57,6 milhões (2008), chegando
a 48,95 milhões (2012), por erro governamental, por ter desprezado os
pecuaristas e o próprio solo. Agora, a Madame Kirchner vai gastar pelo
menos 12 anos para a recuperação do campo. Azar do povo, claro! Enquanto
isso, a Madame trata de botar a culpa nos pecuaristas, claro!
A
Sociedade Rural berrou, berrou (e continua berrando) e a Madame não
gostou. Resolveu mostrar que é durona, a dona do cangaço de lá. Em 2012,
determinou a expropriação do prédio onde está a Sociedade Rural
Argentina, dentro do Parque de Exposições de Palermo. Ora, o Parque está
lá há mais de 100 anos! Trata-se, então, de um gesto claramente
ditatorial e de escárnio, deixando claro que “quem manda na casa é ela”.
Ora, Palermo é uma das exposições mais conhecidas do planeta por conta
do esforço permanente da Sociedade Rural.
O
governo da Madame nunca prestara, mas entrou em queda livre desde 2006,
quando disse que iria proteger a mesa do cidadão. Pretendia trocar a
imagem do bife no prato por votos eleitoreiros. Politizava assim o preço
da carne. Depois, aumentou os impostos para 27,5%, um absurdo a mais na
direção do desastre! Os pecuaristas, que nunca conseguiram assinar um
acordo com São Pedro, também perderam a briga com a Madame e a imprensa
comprada. Agora sobra Seca e a Ditadura no costado do fazendeiro
argentino que já foi um dos mais eficientes do planeta.
A
Argentina despencou de terceiro maior exportador (2005) para um modesto
undécimo lugar (2012). O quilo subiu 44% para o cidadão e, em 2012,
chegou a 167% - enquanto o gado era dizimado. Muitos pecuaristas
migraram para a agricultura da soja, mais sólida e sem tanta pressão
governamental. Quase igual ao que acontece no Brasil.
Foram
perdidos 7.000 empregos na pecuária e mais 7.000 serão perdidos em
2013. Foram fechadas 120 fábricas, perdendo-se mais 13.200 empregos.
Fecharam 20 frigoríficos e outros 12 estão fechando. No geral, a
capacidade ociosa é de 40%. Belo desastre argentino!
Governos
populistas sempre terminam assim: praticam gestos de “lesa-pátria” e
não são punidos, inventam desculpas na imprensa aliciada; colocam a
culpa naqueles que trabalham duramente para continuarem apenas vivos no
negócio.
A
Argentina é o melhor exemplo da vez. Se tivessem escutado a voz da
Sociedade Rural, os argentinos teriam bife na mesa e cordeiros no campo.
O povo é levado a esquecer que uma grande nação é alicerçada no setor
rural, como os Estados Unidos e todo país sério. Quando um governo tenta
derrubar o setor rural (Cuba, Venezuela, Argentina, etc.) dá com os
burros n´água e quem paga a conta é o cidadão simplório.
O caso pernambucano -
Não satisfeita com o desastre argentino, a Madame Kirchner resolveu,
agora, acordar em Pernambuco. O governador está querendo tirar proveito
político da área onde está o famoso Parque de Exposições do Cordeiro,
onde acontece a famosa Exposição Nordestina há muitas décadas. Outros
Governos já tentaram derrubar a Sociedade Rural Nordestina. Um deles
loteou o recinto com favelados e sem-tetos, durante uma Exposição
Nacional. A revista “Agropecuária Tropical” publicou uma reportagem que
ficou famosa, mostrando a “A Feira dos Mangaios”, uma doidice
governamental. Ditadura dá nisso!
Agora,
sem consultar qualquer pecuarista, ou economista rural, o governador
resolve rebentar uma tradição secular de Pernambuco, na calada da noite.
“Nada foi comunicado à Sociedade Rural, nada foi solicitado e, para
piorar, o Estado está mergulhado numa pavorosa seca. Só mesmo a Madame
Kirchner poderia querer uma medida tão drástica, sem motivo e sem nexo.
Esta é a pior seca dos últimos 40 anos. A produção de leite caiu de 2,2
milhões litros/dia para 800 mil. O setor rural combalido precisa de toda
a ajuda possível, para manter a criação e aplacar os prejuízos e eis
que o governo resolve gastar uma montanha de dinheiro para ajudar os que
vivem da cidade, ou seja, para agradar os eleitores de uma única
cidade. Tenta destruir uma atividade econômica para lucrar alguns votos
em Recife, maior celeiro eleitoral de Pernambuco. É um crime de
lesa-pátria.
Madame
Kirchner inspirou o governador pernambucano, assim como Cuba inspirou
Bolívia, Venezuela e outras republiquetas que navegam de mal a pior.
Em
Goiânia - Também em Goiânia, capital de Goiás, o Governo quis (e
continua querendo) assumir a área onde está o famoso Parque da SGPA. O
Governo está certo, e os agropecuaristas concordam, mas ainda não
chegaram a um acordo. Democracia é isso: diálogo; nada de usar a força!
O Governo de Goiás ofereceu tudo: fez maquete e projetos com o seguinte:
a) uma área maior que a atual, mas fora da cidade;
b) um metrô especialmente construído para levar o povo até o novo Parque;
c) infraestrutura muito mais moderna, em comum acordo com a SGPA;
d) aeroporto e heliporto à disposição dos agropecuaristas;
e) centro de convenções no recinto;
e) garantia de que seria o melhor parque do Brasil; etc.
f) participação maciça do governo para viabilizar a primeira exposição no novo recinto.
Mesmo
oferecendo tantas compensações, os pecuaristas de Goiânia ainda não
aceitaram e continuam com o famoso Parque, no centro da capital de
Goiás, atravancando o trânsito nos dias de festa.
A
tradição tem peso, não pode ser vencida com gestos de ditadores. Se os
goianos não aceitaram tudo que foi oferecido, por que os pernambucanos
estão sendo massacrados a troco de nada? O povo goiano sabe o valor de
seu setor rural, da produção rural. Um dia, o parque de Goiânia irá sair
da cidade, claro! - mas com apoio total da classe rural. Parabéns à
democracia em Goiás.
Voltando a Pernambuco - Várias
tentativas de diálogo foram tentadas junto do governo, mas nada foi
adiante. Em dezembro de 2011, a Sociedade apresentou uma carta relatando
as carências mais urgentes do Parque, em busca de soluções que pudessem
trazer melhores condições de trabalho aos criadores e ao público
visitante.
“Há
dois anos estamos aguardando uma resposta que nunca veio. Este local
tem sido modelo para o país, onde os criadores encontram apoio e têm a
possibilidade de discutir avanços no setor agropecuário, além de também
encontrar espaço para expor e vender seus animais” - comenta o
presidente da ACP, Manassés de Melo Rodrigues. Warner Silva, diretor da
ACP, acusa: “Não entendemos porque, justo num momento tão difícil,
quando todo apoio é mais do que necessário, estão pensando em fechar
portas da atividade”.
Construir
uma praça de lazer para os recifenses? Ora, o Parque do Cordeiro pode
propiciar esse lazer, pode compartilhar com o povo, com parceria do
Estado, sem desmantelar a estrutura que é o ponto de convergência de uma
importante atividade econômica do Estado. Ao invés de destruir o
Parque, bastaria somar uma área de lazer compatível.
Golpe no escuro -
“A necessidade mais urgente é o apoio aos criadores. Queremos e devemos
ser ouvidos. Ficamos surpresos e estamos sem entender porque não fomos
consultados a respeito. Então, vão mesmo tirar o nosso maior apoio no
pior momento que a agropecuária está vivendo? Toda a classe agropecuária
pernambucana está surpresa” - finaliza o presidente da ACP.
Gidalte
Magalhães, presidente da APECCO-Associação Pernambucana de Criadores de
Caprinos e Ovinos, realça: “solicitamos que o Governo do Estado
construísse um novo parque em São Lourenço da Mata, ao lado da cidade da
copa (o governo tem área para isto), mas não tivemos sucesso em nosso
pleito”.
Emanuel
Rocha, vice-presidente da ACP lembra: “São R$ 26 milhões que poderiam
ser empregados para a ajuda que o setor tanto precisa, com extrema
urgência e de fundamental importância para Pernambuco”.
Argentina
x Pernambuco - A peça burlesca está mais parecida com Kirchner do que
com Goiânia: mais um gesto de ditadura num Brasil que está acumulando
gestos e gestos similares sem as devidas punições. Cabe a última
reflexão: “nas repúblicas das bananas e na terra de Pindorama nada é
feito de graça. Se esta mudança nefasta está sendo feita no escuro é
porque alguém está auferindo bons lucros. Quem será”?
Kirchner
fechou jornais e televisões para somente levar ao público o que ela bem
quiser, como acontece no início de qualquer ditadura. Será que
Pernambuco já começa a trilhar o mesmo caminho? Afinal, o Nordeste está
amargando a Transposição, já chegando aos R$ 8,0 bilhões, dinheiro
suficiente que poderia quase solucionar, de vez, os problemas dos
sertanejos, sem explodir uma única dinamite nas caatingas. A
Transposição tinha dois objetivos: eleger o sucessor de Lula e
prestigiar cartéis de agroindústria. Água para o povo? Ora, o povo!
O
povo nordestino precisa de governos fortes, que façam coisas fortes,
para fortalecer a produção, pois atrás dela estão os empregos e o
bem-estar das pessoas. Trocar obras por votos, ou apenas para aliciar a
opinião pública, é um crime de nações pequenas comandadas por gente
miúda. O Brasil precisa de grandeza; o Nordeste, muito mais, segundo
inspirava Celso Furtado e tantos pensadores.
A ovelha do segredo
O
novo professor, Leôncio, era moderno, musculoso, bem feito, bigode
sempre nos trinques, roupa engomada, sapato brilhando, fala mansa,
gentil, religioso, moralista. Era o homem que toda mulher queria ter.
Por onde passava, suspiros voavam. Não negava conversa com nenhuma
mulher, sendo elogiado pela maneira delicada com que atendia a todas,
com um sorriso enorme.
Quincas,
dono da bodega, era o felizardo do povoado, com a mulher mais vistosa.
Todos perguntavam: “Como é que um homem feio e desajeitado desses
consegue manter uma mulherzona daquelas?
A resposta era sempre a mesma, com um sorriso:
- Cabresto curto. Muito curto.
Numa segunda feira, Leôncio chegou à bodega, levando uma ovelha, deixando todo mundo admirado. Foi logo pedindo:
- Seu Quincas, daria para o amigo guardar essa carneirinha por meia hora? Já está com cabresto.
- Claro! A meia hora vai virar uma hora, ou não?
- Meia hora é meia hora, seu Quincas, sem atraso.
O
bodegueiro amarrou a carneirinha no quintal, enquanto o homem ia embora
assobiando. Fez o que tinha que fazer, voltou, pegou o animal e foi-se
embora.
Na semana seguinte, segunda-feira, voltou Leôncio, com outra ovelha:
- Seu Quincas, por gentileza, poderia guardar essa marrãzinha por duas horas?
- Claro! Duas horas que viram três, ou não?
- Não, seu Quincas, duas horas são duas horas, na certeza.
O bodegueiro amarrou a marrãzinha no quintal, enquanto Leôncio saiu assobiando para fazer o seu negócio na praça..
Na outra semana, segunda-feira, Leôncio aparece de novo:
- Seu Quincas, por acaso o nobre amigo ainda tem paciência e poderia guardar essa ovelhinha por duas horas e meia?
- Mas, claro que sim! Duas e meia que vão virar três?
- Não, seu Quincas, vão ser duas e meia, no duro.
O bodegueiro amarrou a ovelhinha no quintal enquanto Leôncio saía assobiando em direção à Igreja central.
Na próxima semana, segunda-feira, Leôncio reapareceu:
- Seu Quincas, se bem lhe conviesse, o amigo não ficaria preocupado em guardar a marrãzinha por um tempinho, três horas?
- Claro! Três horas que vão virar quatro?
- Não, seu Quincas, fique tranquilo que serão três, mesmo.
Dessa
vez, Quincas ficou curioso. Onde será que o homem ia? Pagar contas?
Rezar na igreja? Visitar algum doente? Visitar algum preso? Dar aula
para algum aluno atrasado? Não bebia, não fumava, era educado e gentil,
gente fina. Mas tinha, com certeza, um segredo em toda segunda-feira. E
por que essa ovelha, toda segunda-feira?
Matutou, matutou, não entendeu, mas resolveu passar a limpo, no próximo encontro.
Não demorou, pois na segunda-feira, eis o Leôncio surgindo, com uma bela marrã na corda:
- Seu Quincas, com as bênçãos de Deus, o amigo poderia guardar essa ovelha, por três horas?
- Claro, professor, pode deixar e já sei que o amigo é pontual, mesmo.
Amarrou
a ovelha no fundo do quintal, enquanto o professor ia caminhando em
direção à praça. Quincas chamou, depressa, o ajudante:
-
Pegue esse pacote de linguiças que é para a Da. Lurdinha. Mas antes de
entregar, você vai seguir o professor Leôncio. Quero saber onde ele vai.
Assim foi feito; o ajudante voltou e ficou amuado, trabalhando, meio se escondendo.
À tarde, Quincas lembrou-se do caso e perguntou ao ajudante:
- E então, você seguiu o professor?
- Sim.
- Viu em qual lugar foi?
- Sim.
- Era a Igreja, Fórum, Cadeia, Sindicato, Escola, onde foi?
O ajudante não quis responder, olhava para os cantos, engolia em seco, sem jeito.
- Pois diga, homem, aonde foi o professor?
- Xii - balbuciou bem baixinho - ele entrou na sua casa, patrão!
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Reunião do PRODECENTRO em Guamaré
Aconteceu ontem dia 03 do corrente a 4ª reunião ordinária do colegiado PRODECENTRO. O evento foi marcado pela presença da grande maioria dos municípios que integram o território central cabugi e litoral norte. Contou ainda com a presença do prefeito anfritião Hélio Miranda, Júnior Batista de Angicos, Jackson Bezerra de Afonso Bezerra e vários vereadores, secretários, presidentes de Sindicatos dos demais municípios. O ponto alto da reunião foi a presença do Delegado do MDA Raimundo Costa, que fez palestra sobre as Conferências Territoriais, que acontecerão nos próximos meses.. A do PRODECENTRO, será em Angicos no Campus da UFERSA, dia três de julho.
REPRESENTANTES DE FERNANDO PEDROZA -
COBRAM CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM SÃO VICENTE
Da esquerda para a direita, o vice articulador e blogueiro, Anilton Souza, o ex secretário de agricultura Miranda, o vereador Edison Faustino e o presidente do sindicato dos trabalhadores, Kleverlam Felix.
PUBLICO PRESENTE NO EVENTO
domingo, 9 de junho de 2013
Reunião do PRODECENTRO-GUAMARÉ
Alô, Alô, querida cidade de Guamaré. O colegiado PRODECENTRO estará se reunindo nesta linda cidade litorânea, terça feira próxima, dia 11, para realizarmos mais uma importante reunião, com uma pauta recheada de assuntos importantes para todas as cidades do sertão central e litoral norte. Pauta:
- 9.00 Hs: Parte Cultural. Apresentação da Banda de Música da PETROBRAS;
- 10.00 Hs: Palestra com o Delegado do MDA, Raimundo Costa;
TEMA: Organização das Conferências Territoriais;
- 11.00 Hs: Palestra com o Prefeito de Lajes, Benis Leocádio;
TEMA: Enfrentamento da Seca e a Situação dos Municípios-RN;
- 12.00 Hs: Palestra com o Diretor da PETROBRAS Polo de Guamaré, Ivonildo Botelho;
TEMA: Programas oferecidos pela Estatal.
- 12.00 às 13.00 Tema livre com os participantes;
- 13.00 Hs: Almoço.
- 9.00 Hs: Parte Cultural. Apresentação da Banda de Música da PETROBRAS;
- 10.00 Hs: Palestra com o Delegado do MDA, Raimundo Costa;
TEMA: Organização das Conferências Territoriais;
- 11.00 Hs: Palestra com o Prefeito de Lajes, Benis Leocádio;
TEMA: Enfrentamento da Seca e a Situação dos Municípios-RN;
- 12.00 Hs: Palestra com o Diretor da PETROBRAS Polo de Guamaré, Ivonildo Botelho;
TEMA: Programas oferecidos pela Estatal.
- 12.00 às 13.00 Tema livre com os participantes;
- 13.00 Hs: Almoço.
Reunião com Secretários-Seca
Secretários buscam ideias para evitar perdas maiores com a seca
Comprar cana de açúcar às usinas e distribuir entre os produtores de leite e derivados. Esta foi apenas uma das alternativas apresentadas para evitar perdas ainda maiores em função da seca, ontem durante o Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados, pelos secretários municipais de Agricultura da região Nordeste. Durante o encontro, que marcou o último dia de evento, secretários e gestores do Nordeste conheceram casos exitosos e discutiram saídas para conviver com a pior seca dos últimos 40 anos.
A iniciativa do governo de Pernambuco, que resolveu atender dois setores de uma única vez: o sucro-alcooleiro e o leiteiro a partir da aquisição e distribuição de cana, ajudou a fazer a diferença na região, segundo Alberto Vaz, secretário de Agricultura do município de Arcoverde (PE). O modelo, afirma João Hélio, diretor do Sebrae – entidade realizadora do evento – poderia ser replicado em estados como o Rio Grande do Norte, onde praticamente todos os municípios decretaram estado de emergência e as perdas de rebanho já beiram os 50%.
“Quando assumimos a secretaria de Arcoverde, encontramos os criadores em condições extremas. Primeiro, levamos água até o município. Depois, cana de açúcar da Zona da Mata, através de um programa do governo do estado. Isso de imediato”, informou Alberto Vaz, secretário de Agricultura de Arcoverde. Segundo ele, os criadores perderam 70% do rebanho. Percentual que poderia ser maior não fosse a distribuição gratuita de cana de açúcar.
De acordo com João Hélio Cavalcanti, diretor técnico do Sebrae, iniciativa semelhante foi realizada no Rio Grande do Norte, mas apenas no município de Ceará Mirim. “O objetivo desse encontro entre os secretários e gestores é permitir a troca de experiências. Iniciativas que deram certo em determinado município podem ser copiadas e realizadas em municípios que enfrentam a mesma situação. Além dos gestores encontrarem solução para os problemas que afetam toda a região, eles também podem se articular para desenvolver projetos”, ressaltou Júnior Teixeira, secretário de Agricultura e Pecuária do RN.
Os secretários, como destacou Acácio Brito, gestor projeto de Leite e Derivados do Sebrae no estado, ainda assistiram palestras sobre vários temas, entre eles, o fortalecimento da agroindústria regional e da pecuária nacional. “É preciso discutir uma legislação que também contemple a agroindústria. A legislação atual só enxerga a indústria urbana”, argumentou Júnior Teixeira.
Da Tribuna do Norte
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Dilma vem a Natal entregar máquinas e anunciar obras
Além da presidenta, estarão presentes na solenidade a governadora Rosalba Ciarlini, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, o presidente do Senado Renan Calheiros, o ministro da Previdência Social Garibaldi Alves Filho e o ministro de Desenvolvimento Agrário (MDA), Gilberto José Spier Vargas. De acordo com a agenda oficial da presidenta, publicada no site do governo federal, as solenidades terão início às 11h30.
Júnior SantosViaduto para acabar com engarrafamentos em Nova Parnamirim é uma das obras reivindicadas
Segundo o delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Estado, Raimundo Costa Sobrinho, a liberação de recursos oriundos do PAC 2 é uma tentativa de melhor convivência do governo federal com o semi-árido nordestino. O investimento total dos equipamentos é de R$ 81, 6 milhões para servir às populações rurais. O Rio Grande do Norte tem uma população rural de 704 mil famílias e algo em torno de 560 mil delas serão beneficiadas, de acordo com levantamento feito pelo MDA.
Recursos hídricos
O uso desses equipamentos está direcionado para a recuperação de estradas vicinais de forma contínua que dê a possibilidade de escoamento de produção e bem como dar reforço a infraestrutura hídrica dos municípios. De acordo com o delegado federal do MDA, a ação do PAC 2 não é apenas o repasse das máquinas, como também um suporte hídrico para o funcionamento de outro programa Federal, desta vez de distribuição de alimentos, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em que a merenda escolar é ofertada e adquirida obrigatoriamente pelas escolas da agricultura familiar. Logo após a entrega dos equipamentos aos prefeitos, haverá início de uma capacitação para os operadores das máquinas retroescavadeiras e outras 40 horas para operadores das máquinas motoniveladoras, com previsão de término no dia 27 de junho, em que são turmas formadas por dois operadores por máquina.
Agenda oficial:
Compromissos da presidenta Dilma em Natal
08h30 - Partida para Natal da Base Aérea de Brasília
10h50 - Chegada na Base Aérea de Natal
11h30 - Cerimônia de assinatura de atos e entrega de 101 máquinas retroescavadeiras e 70 máquinas motoniveladoras a municípios do RN
13h40 - Partida para Brasília
NOTA DO BLOG: Aprefeitura de Fernando Pedroza estará recebendo uma Moto niveladora. A dois meses a edilidade municipal recebeu uma retro escavadeira que já está em uso em todo município. Parabéns ao sr. prefeito José Renato e toda equipe. Nossa cidade estava precisando a bastante tempo desses equipamentos.
domingo, 2 de junho de 2013
A Energia Eólica e as Suas Dúvidas
Tenho visto e escutado muitos pequenos produtores aqui da região central do estado, comentarem e com muta euforia, a construção de torres para geração de energia eólica em suas propriedades. Até porque se comenta que já tem muita gente sendo beneficiada com recursos financeiros por parte destes consórcios. Nunca recebi e nem conversei com nenhum a respeito do assunto em análise. Mas, o contrato deve ser muito bem estudado minuciosamente para não acontecer atropelos no futuro, inclusive por um bom advogado. O Estado do RN deve ter em seus quadros algum instituto que possa orientar aos proprietários de terra a respeito deste duvidoso empreendimento. Em conversa com os mais íntimos, sempre digo: Chá de canela e paciência não faz mal a ninguém. Vamos aguardar mais um pouco para não arriscar no escuro. Posso até está fazendo um comentário precipitado. Não sei. Mas como diz o velho ditado popular. "Deus quando dar a farinha, o diabo vem e rasga o saco" Cuidado com o diabo.