terça-feira, 21 de maio de 2013

Convivência com semiárido melhora com crédito emergencial e assistência técnica, no CE



Convivência com semiárido melhora com crédito emergencial e assistência técnica, no CE

Foto: Ascom/MDA

Para superar problemas gerados pela seca, ações governamentais federais e estaduais têm sido realizadas a fim de recuperar a capacidade produtiva das famílias e permitir que estas paguem seus financiamentos. Iniciativas que têm surtido efeito em municípios como o de Quixeramobim, a 206 km de Fortaleza (CE), afetado pela estiagem da região.
A família Lima está no rol dos que tiveram que vender suas cabeças de gado de leite para não perder os animais no período de seca que, nas contas de Samuel Lima Pinheiro, foi intenso durante 14 meses.
O reforço veio com o acesso à linha emergencial para os atingidos pela seca na região, enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O contrato de R$ 12 mil, feito pelo irmão, João Lima, com juro de um porcento ao ano, dez anos para pagamento e 40% de bônus em pagamentos feitos em dia, assegurou tranquilidade à família.
“Com o dinheiro da linha emergencial, pagamos o custeio pecuário que vencia este ano (2013)”, conta Samuel.  “Estamos pensando em acessar o Pronaf Semiárido”, diz o agricultor, que acredita que a família tem boas perspectivas.  O irmão João tem ainda financiamento pelo Pronaf Mais Alimentos e acessa a linha de custeio pecuário do Pronaf.
Samuel e o irmão, juntos, criam 40 cabeças de gado. Vendem seu produto para empresa de laticínio da região, que produz doce e queijo com o leite comprado da produção familiar. Eles vivem e trabalham na fazenda Santa Izabel, de 78 hectares. Também plantam feijão para consumo próprio e milho para alimentação dos animais.
Samuel descreve que, devido ao longo período de estiagem e ao vazamento constante, o açude usado pela família havia secado. ”Agora, sem o vazamento e com a ampliação, a água deve durar o ano todo para as famílias”. Ele conta que 15 famílias se beneficiam do açude localizado próximo à fazenda dele e do irmão.  “Com o açude, a gente tem condição de fazer irrigação e não vai precisar vender mais nenhum animal”, observa o agricultor.
“O açude é uma obra de infraestrutura do poder público, demonstrando que os agricultores produzem desde que tenham acesso ao crédito, assistência técnica (Ater) e tecnologia de convivência com o semiárido”, aponta Argileu Martins, diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA).

Açudes asseguram água ao Semiárido
Além de Quixeramobim, os municípios de Madalena e Piquet Carneiro foram beneficiados pela construção de 25 açudes, que serão usados por 500 famílias.
“A Emater do Ceará, com recursos do tesouro do estado, investiu R$ 600 mil na construção de açudes; depois da construção, choveu 125 milímetros na segunda semana de maio, isso encheu os reservatórios e resolveu, pelo menos neste ano, o problema angustiante da seca nessas localidades”, relata o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Emater/CE), José Maria Pimenta.
NOTA DO BLOG: E no RN? Nadica de nada. Parece que não estamos em emergência. Alô Alô políticos do meu estado, vamos bocar a boca no trobone...

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