Na Bolívia, Fávaro firma atos para aumentar a oferta de fertilizante na agropecuária brasileira
Nesta terça-feira (9), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinou dois atos com a Bolívia com foco em aumentar a oferta de fertilizantes no Brasil, visando ampliar produtividade do agro brasileiro e aumentar a competitividade do setor. As assinaturas ocorreram durante o encontro bilateral entre o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Bolívia, Luis Arce, em Santa Cruz de la Sierra.
O primeiro documento é um acordo de cooperação de comercialização de fertilizantes e cloreto de sódio, assinado com o ministro dos Hidrocarbonetos e da Energia da Bolívia, Franklin Molina Ortiz. Já o segundo é um memorando de entendimento de exportação de fertilizantes ao Brasil, assinado com o ministro do Desenvolvimento Rural e Terras, Santos Condori.
O objetivo é estabelecer os termos e as condições para a exportação de fertilizantes e suas matérias-primas para o Brasil, com foco no fortalecimento do agro local. Os atos também buscam promover e implementar a cooperação técnica e científica por meio de intercâmbio tecnológico, pesquisa, desenvolvimento e inovação entre as partes.
“O aumento da oferta de fertilizantes no país é fundamental para o desenvolvimento da agropecuária brasileira. É trazer mais competitividade para o setor e, ainda, como consequência, fortalecer a segurança alimentar. O aumento da produção de fertilizantes será fundamental para aumentar a produtividade de alimentos no país”, destacou o ministro Fávaro.
Também foi reforçado pelo ministro do Mapa que é determinação do presidente Lula buscar oportunidades para os empresários e para a população brasileira. “Encontramos um ambiente muito propício graças a boa relação internacional do presidente. Já abrimos 155 novos mercados para comercializar os produtos nacionais”, explicou.
MISSÃO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Bolívia, Luis Arce, tiveram nesta terça-feira (9), em Santa Cruz de la Sierra, uma reunião bilateral seguida de encontro ampliado com autoridades dos dois países. Na ocasião, foram tratados avanços em temas estratégicos para as duas nações, como agricultura, energia e infraestrutura, além de ações conjuntas voltadas para proteção do meio ambiente e transição energética.
Lula destacou a cooperação entre Brasil e Bolívia na política industrial para exploração e manufatura do lítio e ressaltou a importância do desenvolvimento conjunto dos dois países, com fortalecimento da cooperação comercial, em especial na produção de fertilizantes.
“O que fizemos aqui tem como perspectiva melhorar a qualidade de vida do povo da Bolívia e melhorar a qualidade de vida do povo do Brasil. É por isso que nós estamos assinando esses documentos. É porque é preciso dar uma chance, no século XXI, para que Brasil, Bolívia e outros países da América do Sul, deixem de ser tratados como países em vias de desenvolvimento, ou país de terceiro mundo”, destacou o presidente da República.
RELAÇÕES COMERCIAIS
Em 2023, o Brasil exportou aproximadamente US$ 1,84 bilhões para a Bolívia. Os principais produtos exportados foram barras de ferro bruto, preparações alimentícias diversas, e automóveis. No agronegócio, foram de cerca de US$ 350 milhões, em média, nos últimos cinco anos, principalmente bebidas, produtos florestais e rações para animais.
Na relação de importações, os brasileiros importaram aproximadamente US$1,61 bilhões dos bolivianos. Entre os destaques está gás natural, fertilizantes nitrogenados e bórax.
Em termos de fertilizantes, o Brasil importa da Bolívia principalmente Ureia e Cloreto de Potássio. Uma média, dos últimos três anos, de US$ 59 milhões e US$ 9,5 milhões, respectivamente.
AGENDA
O ministro Carlos Fávaro também participou, nesta terça-feira, de reunião com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e com o ministro de Obras Públicas, Serviços e Moradia do estado Plurinacional da Bolívia, Edgar Montano Rojas, para dialogar sobre as obras do Brasil e da Bolívia para facilitar a integração logística da América do Sul. O foco foi na rota Quadrante Rondon, que tem o objetivo de incentivar e reforçar o comércio, além de reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias.
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