Internet de qualidade chega a apenas 16% dos agricultores no país, diz pesquisa.
Maioria dos produtores relatou uso de GPS e aplicativos de gestão, mas ninguém ainda informou usar robôs no campo.
Apenas 16% dos agricultores brasileiros têm acesso à internet de alta qualidade em suas propriedades, segundo pesquisa realizada pela KPMG em parceria com a SAE BRASIL.
Entre os entrevistados, 91% utilizam GPS para otimizar suas operações no campo, seguido por aplicativos de gestão financeira, adotados por 85% dos entrevistados, e imagens de satélite e aplicativos de gestão agronômica (76%).
A agricultura de precisão é adotada por 70% dos participantes, enquanto o uso de drones é relatado por 61%. Entretanto, nenhum dos entrevistados mencionou a utilização de robôs em suas operações.
Segundo a sócia e líder de agronegócio da KPGM, Giovana Araújo, a automação é importante para o crescimento contínuo do setor, especialmente diante da escassez de mão de obra no campo.
Transição energética
Além de avaliar os avanços em automação e tecnologia no campo, o estudo “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio” também buscou detectar as perspectivas para a transição energética no agronegócio.
No que diz respeito às perspectivas dos produtores para o uso de biocombustíveis, cerca de 84% dos entrevistados indicaram que esperam uma expansão moderada a forte do biodiesel, enquanto 79% têm a mesma perspectiva para o diesel verde (HVO).
Já quanto ao biometano, as perspectivas são mistas. Enquanto 56% acreditam em uma expansão significativa, enquanto 44% o veem como um mercado de nicho.
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