sábado, 23 de março de 2024

 

A produção de alimento através dos sisteminhas da Embrapa vão beneficiar comunidades do nordeste

   

O lançamento do projeto “Sisteminhas Comunidades: Povos e Comunidades Tradicionais”, ocorreu esta semana, em Brasília. A iniciativa representa um marco para o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar de comunidades tradicionais no Brasil. A meta é implantar 1.000 (mil) unidades do Sisteminha Comunidades em um processo participativo nas diversas regiões do Brasil, baseadas em tecnologias inovadoras e sustentáveis, combinando o uso de insumos, como sementes, linhagens adequadas (industriais, rústicas ou tradicionais) de aves de postura e corte, alevinos e ração de qualidade, com princípios ecossistêmicos (ecológico).

Será dada ênfase na produção de peixes, ovos e vegetais como macaxeira, milho, abóbora, batata doce, inhame, feijão, melancia e olerícolas, entre outros, visando promover a segurança alimentar e nutricional das famílias beneficiadas. Essa abordagem visa promover a estabilidade e a sustentabilidade da atividade produtiva, garantindo resultados duradouros. Para o chefe-geral da Embrapa Cocais, Marco Bomfim, a inclusão socioprodutiva é uma prioridade da Embrapa para reduzir a pobreza e garantir a segurança e a soberania alimentar. “O Sisteminha Comunidades produz alimentos de forma muito rápida e ainda oferece autonomia às pessoas, sedo uma fonte de aprendizado e conexão comunitária, o que mostra o papel da tecnologia na inovação tecnológica e social para o desenvolvimento local. Esse processo somente ocorre com a participação ativa da comunidade e da rede de parceiros e apoio das políticas públicas, compondo todas as hélices da inovação, uma aliança entre a sociedade organizada, instituições de ciência de tecnologia e o setor público”, afirmou.

O pesquisador da Embrapa Cocais, Luiz Carlos Guilherme, criador da tecnologia social, diz que o Sisteminha evoluiu, pois saiu do foco do tratamento individual em cada família para o tratamento coletivo, com visão mais holística em relação à comunidade. Faz parte do trabalho de execução da tecnologia, orientações sobre oportunidades de negócios e formas de lidar com a aquisição de insumos, técnicas, formação de novas lideranças, o que vem permitindo mais oportunidades de acesso ao conhecimento e o fortalecimento da relação entre as comunidades vizinhas com mais agregação de valor e interação com o mercado.

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