quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

 

O produtor rural pode ganhar mais usando novas tecnologias no campo

   

Nada de anotações a lápis em cadernos nem de planilhas de computador para controlar propriedades rurais. O estudo “O futuro do agro”, da consultoria Inventta, confirma que digitalização e gestão técnica de fazendas são tendências em consolidação no agronegócio e indica que os dados gerados pelas tecnologias emergentes no campo têm imenso potencial de subsidiar a tomada de decisões estratégicas para o produtor. “A mecanização e automação serão cada vez mais intensas e necessárias para realizar um manejo mais preciso, eficiente e com impactos positivos na receita da fazenda”, sinaliza o estudo.

Com possibilidade de ganhos financeiros até 30% maiores, é crescente o número de produtores agropecuários que investem em soluções tecnológicas integradas para monitorar sua produção em tempo real. Não é à toa que empresas fornecedoras de sistemas de gestão e de ferramentas digitais de precisão para o setor, como sensores e estações meteorológicas, crescem bem acima da média da economia. De acordo com o Radar Agtech Brasil 2023, da Embrapa e das consultorias SP Ventures e Homo Ludens, o número de agtechs (startups do setor agropecuário que trabalham com tecnologia) aumentou 14,7% em relação a 2022, enquanto o PIB brasileiro cresceu 2,9% no último ano.

A tendência desse mercado é expandir ainda mais, impulsionado pelos resultados transformadores de quem já aderiu ao “novo agro”, como otimização de processos, aumento de produtividade e garantia de sustentabilidade. A consultoria 360 Research & Reports estima que o mercado global de agricultura digital crescerá, em média, 15,9% ao ano até 2026, quando atingirá US$ 8,3 bilhões. Até lá, a expansão da conectividade no campo aumentará em R$ 79,6 bilhões o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), aponta estudo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

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