segunda-feira, 21 de agosto de 2023

 

Pecuaristas preparam estratégias para enfrentar um novo possível período de seca

   

Com a perspectiva de um novo El niño muitos produtores rurais já se preparam para essa época de seca e planejam algumas estratégias de alimentação para o seu rebanho. Geralmente, os principais recursos utilizados pelos pecuaristas são o de: reserva de pastagem; capineiras, cana-de-açúcar, capiaçu, capim elefante ou palma; feno e silagem de milho, sorgo, capiaçu ou moringa. Porém, além dessas opções, é importante que o produtor também inclua na alimentação do animal algum tipo de suplemento alimentar mineral.

“O principal recurso que o produtor rural terá que passar a utilizar, caso ele ainda não utilize, é o suplemento que tenha um aditivo com melhorador de desempenho e probióticos. Esses dois elementos fazem com que os animais consigam digerir melhor qualquer tipo de alimento que será fornecido durante essa época”, comenta a médica veterinária da Reino Rural Saúde no Campo, Fabiana Sabino.

Um dos métodos mais tradicionais que os produtores rurais utilizam durante a seca é a silagem. Essa estratégia tem como objetivo a conservação dos alimentos, onde o pecuarista irá armazenar um alimento fresco em um ponto adequado, esse produto será guardado sem o oxigênio, em condições anaeróbias, passando por um processo de fermentação.

“Após o processo de fermentação, será gerado um ácido, acidificando o meio e fazendo com que o alimento se conserve por muito tempo. Ou seja, um silo fechado poderá durar décadas. Depois do processo de fermentação, que dura em torno de 60 a 90 dias, quando esse silo for aberto o produtor serve esse material que passou por esse processo aos animais”, explica Sabino.

O silo consegue conservar as propriedades nutricionais daquele material, sendo uma excelente fonte de proteína e energia. Os principais alimentos utilizados para fazer silo no Brasil são o milho e o sorgo.

Outra estratégia comum é a capineira, que se trata de uma área plantada onde os animais não vão pastejar. Nesse local é plantado com forrageiras que possuem um grande volume de matéria verde. Por exemplo, o capim elefante que é muito alto, podendo chegar a 4 metros de altura, a cana-de-açúcar que possui um grande volume e a palma que conta com as mesmas características.

“Essa produção de matéria verde será servida aos animais, mas não na forma de pastejo. Ao chegar na época da seca, o produtor terá que cortar, triturar e servir aos animais. Ou seja, ele será servido fresco, mas não de forma direta e sim de forma indireta, pois precisa passar pelo corte”, detalha Fabiana.

Outra alternativa é a estratégia de vedação de pastagem. O produtor rural terá que separar uma área do pasto onde não haverá pastejamento, ou seja, não será consumido pelos animais. “Ele irá cercar essa área e deixar o capim crescer o máximo possível, esse capim vai ficar seco e não terá uma condição nutricional muito boa, mas terá um bom volume de fibra. Porém com o uso de um suplemento, com melhorador de desempenho, é possível aproveitar muito bem esse capim”, afirma a médica veterinária. A profissional ainda ressalta que os produtos que tenham melhorador de desempenho e probióticos, fazem com que o animal consiga digerir a pastagem mais seca, sendo essa uma das estratégias mais baratas que existem.

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