Em Lajes, RN, apelidos das ruas contam histórias da cidade

 

Em Lajes, RN, apelidos das ruas contam histórias da cidade

Na cidade de Lajes, os apelidos das vias urbanas são amplamente utilizados, provenientes de tradições transmitidas oralmente ao longo das gerações. Os títulos formais das ruas são selecionados pela Câmara Municipal e pelas autoridades municipais.

Mesmo quando os indivíduos homenageados possuem relevância na história local, a tradição oral se mantém mais influente. Portanto, a identificação das ruas da cidade é mais facilmente alcançada por meio dos apelidos.

Por exemplo, a Avenida Ulisses Vale é popularmente reconhecida como a “Rua da Rodagem”, devido ao seu papel como via de acesso à cidade. No Bairro Antônio de Melo, a rua tem o apelido de “Rua da Palha”, remetendo a uma época em que as casas eram feitas de barro e taipas, até os anos 80.

O Beco Estreito ganhou fama como o caminho que conduz ao mercado público. Embora tenha sido posteriormente renomeada para Rua Aristóteles Lima, a rua que antes era conhecida como “Rua do Cabaré” agora é a “Rua Dr. Querobino Pereira”. No mesmo setor, a “Rua do Gato em Pé” é também identificada como “Rua Antônio Telmo”.

A Praça Cel. Miguel Teixeira, conhecida também como “Rua do Quadro”, se destaca. Enquanto nos dirigimos ao Alto da Beleza, encontramos a “Rua do Chapéu Cagado”, a “Rua da Garapa” (ou Rua Cel. Manoel Câmara, referindo-se a Monsenhor João da Mata Paiva).

Próximo ao cemitério público, a “Rua de Alcino” (ou “Rua do Passa Deitado”, oficialmente denominada “Rua Tabelião José Procópio de Moura”) intersecta-se com a “Rua do Gavião” (ou “Rua Tabelião João Moreira Gomes”).

Adicionalmente, há ainda a “Beco da Vaca” (ou “Segundo Venâncio”), a “Rua do Arame” (ou “Cel. Juviano Mendes”), a “Rua da Tração” (também chamada de “Praça Aluízio Alves”), a “Rua do Motor” (ou “Serra do Feiticeiro”) e a via conhecida como “Beira”.

Foi inclusive sugerida à Secretaria Municipal de Turismo do município, que a identificação das ruas com base nos apelidos fosse adotada, como forma de preservar a rica história da cidade.



Reportagem do RNDIÁRIO