Aproximação da estação de monta no rebanho bovino recomenda melhorar a escolha dos reprodutores
Muitos pecuaristas já estão trabalhando na estratégia que será utilizada este ano. A escolha dos reprodutores que produzirão os bezerros que estarão no mercado em 2025 é um dos temas centrais desse planejamento. Cada vez mais, essa busca é personalizada, levando em consideração as melhores características e os objetivos específicos de cada propriedade. Com base em dados, uma das preocupações é a taxa reprodutiva dos touros, um indicador do potencial desses animais para inseminar as fêmeas, especialmente durante o repasse.
Gustavo Barreto, presidente da Associação Brasileira da Raça Santa Gertrudis, explica que essa é uma questão que não preocupa os usuários dos reprodutores dessa raça, pois eles são capazes de alcançar alta produtividade mesmo na monta natural, independentemente da região em que estejam. “Temos produtores de todos os tamanhos de rebanho que utilizam touros Santa Gertrudis na monta e obtêm resultados impressionantes, com uma média de 40 vacas por touro a partir dos 20 meses de idade, superando a média da taxa de prenhez na pecuária atual”, destaca o presidente.
Além da produtividade, outro aspecto considerado na escolha de um touro ou sêmen é a qualidade da carne, ponto que vem sendo cada vez mais valorizado no mercado brasileiro. Segundo veterinários, a combinação de diferentes raças pode resultar em carne com características sensoriais e marmoreio distintos, altamente valorizados pelos consumidores exigentes. Thiago Amstalden, médico veterinário e criador em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul, ressalta a importância dessas características para o mercado. “É necessário buscar animais altamente funcionais e com alta conversão alimentar, e isso só pode ser alcançado por meio do cruzamento industrial utilizando animais de sangue europeu, como é o caso do Santa Gertrudis, que tem como grande diferencial o uso de touros a campo. Se calculamos o consumo e a produção por hectare, o resultado será muito superior. O futuro está nessa direção e não há como voltar atrás”, destaca Amstalden.
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