A produção de leite de búfalas tem preços que chegam a ser o dobro do de vaca
A média anual obtida por cada búfala gira em torno de cinco litros por dia, para uma ordenha diária, e em oito litros diários para duas ordenhas. Apesar de inferior à produção bovina, de 15 litros por dia em média, o leite de búfala é mais bem remunerado – o preço pago pela indústria pode chegar ao dobro do preço do leite de vaca – e seus derivados têm maior valor agregado.
Além disso, o leite de búfala também rende mais no processamento. “Em comparação ao leite bovino, apresenta um rendimento superior que pode chegar a 50%, principalmente na elaboração de queijos, como o muçarela”, explica a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Maria Cecilia Damé, responsável pelo trabalho.
Os resultados também vêm mostrando uma melhora na qualidade do leite, à medida que problemas são identificados e sanados. É o caso da instabilidade ao teste do álcool, que ocorre por problemas nutricionais e mastite, geralmente em função de ordenhadeira mal regulada.
Em termos de composição, os níveis de proteína do leite de búfala vão de 4% a 4,4%; de lactose, de 4% a 5%; e de sólidos totais, de 16% a 17%. Essas informações, tanto da produção e qualidade do leite quanto da carne, estão abastecendo um banco de dados que, após avaliação, permitirá identificar os animais de linhagens mais produtivas para corte e para leite.
O principal problema identificado em relação à sanidade do rebanho é a alta mortalidade dos terneiros, que chega a 20% devido a parasitas gastrointestinais. O controle, segundo a pesquisadora Maria Cecilia, deve ser feito com aplicação de antiparasitários, baseado em exames mensais de fezes.
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