Reforma tributária é a aposta do Executivo e do Legislativo em 2023
A reforma tributária é a grande prioridade do governo no Congresso este ano. Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), é possível aprovar um texto de reforma até o final deste ano. A negociação está sob comando do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os vice-líderes que dominam a área vão ajudar. “Vamos começar a dialogar a partir de segunda-feira [6] sobre o conteúdo dela e o que podemos fazer antecipadamente para termos uma reforma tributária robusta que dê conta dos problemas”, disse.
Haddad
- que já declarou que o governo pretende votar a reforma tributária
sobre o consumo no primeiro semestre deste ano e a reforma sobre a renda
no segundo semestre - também deve participar de reuniões sobre o
assunto na semana que vem. “Já vamos ter as primeiras conversas no
início da semana com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a
gente buscar a curto prazo, no máximo até abril, como o ministro quer,
nós apresentarmos, o governo apresentar uma boa e consistente proposta
de reforma tributária a partir das duas PECs que estão tramitando”,
disse Guimarães .
Em
mais um esforço no sentido de consolidar a base de apoio no parlamento,
na quarta-feira (8) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá
lideranças e presidentes de partidos que apoiam o governo, desta vez,
para um café da manhã. Para dar mais agilidade à discussão, de acordo
com Guimarães, a ideia é que a sugestão a ser apresentada pelo governo
tome como base as duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) sobre o
tema que já tramitam no Congresso.
Congresso
A
importância da aprovação de uma reforma tributária e de um novo
paradigma fiscal também foi destacada pelo presidente da Câmara Arthur
Lira (PP-AL). “Não tenho dúvidas de que a simplificação do nosso sistema
tributário terá efeitos positivos na arrecadação e na justiça social. O
Brasil há muito clama por uma solução definitiva para esse desafio”,
destacou. Além da reforma tributária, o presidente do Congresso e do
Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acrescentou que a saúde
pública, o crescimento econômico e o desenvolvimento social deverão ser
prioridade do Parlamento em 2023.
Outro
ponto destacado por Pacheco foi a necessidade de pacificação da
sociedade a partir da atuação harmônica das instituições. Ele lembrou os
ataques golpistas de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes e afirmou
que as autoridades devem dirigir a sociedade para o caminho do respeito
às divergências. “Neste momento, assumo meu comprometimento com o pacto
democrático com as instituições, com o diálogo, com a cooperação. O
Senado Federal e a Câmara dos Deputados não se omitirão em nenhum
momento perante as ameaças ao processo democrático, às eleições livres e
diretas e à integridade e à confiabilidade das urnas eletrônicas”,
disse.
O
presidente do Senado falou ainda da necessidade de investimentos em
educação como arma contra a polarização política. “A educação é fator
essencial para a propagação do respeito e da tolerância, para o
desenvolvimento do espírito de cidadania, solidariedade e união”,
defendeu. Na avaliação de Rodrigo Pacheco um “país dividido não cresce”.
Nesse sentido ele defendeu o aprimoramento de ferramentas de
transparência e combate às notícias falsas. “A tranquilidade política, a
segurança jurídica e a estabilidade institucional são elementos
indispensáveis à confiança externa no país e ao desenvolvimento
nacional”, ressaltou.
Com informações da Agência Brasil.
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