Brasil assegura o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frango
O Brasil está colocando no mercado cerca de 14,5 milhões de toneladas de carne de frangos em 2022, mantendo excelente posição no ranking global de produção (3º do mundo) e de exportações (1º no mundo). “A avicultura brasileira é uma atividade fantástica, que apresenta desempenho excelente e alimenta milhões de pessoas em mais de 150 países. Os números são excelentes, porém podem ser ainda melhores”, assinala Alessandro Lima, gerente regional de negócios da Novus do Brasil.
Com o objetivo de contribuir para a indústria avícola ter resultados produtivos ainda mais expressivos, a empresa realiza o projeto Conexão Novus, que apresenta formas de melhorar a eficiência, levando informação e conhecimento técnico para empresas de processamento de frangos.
“A proposta é compartilhar informações que ajudam a avicultura a ser mais eficiente e para reduzir as ineficiências dos processos”, ressalta a dra. Liris Kindlein, profa. e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, convidada pela Novus a falar sobre um tema que desafia a atividade: a influência do manejo (no campo e no pré-abate) nas condenações e na qualidade de carcaças de frangos de corte.
“É preciso atenção às ineficiências e perdas nos diferentes elos da cadeia produtiva – a partir dos pintinhos na granja, passando por medidas preventivas e até o ritmo de abate na indústria –, com especial cuidado às condenações parciais e totais de carcaças realizadas pelos programas de controle de alimentos de origem animal”, detalha a especialista.
“Seja 0,01% de perda ou de ganho, é um percentual significativo. Com a necessária atenção, é possível agregar valor e ter melhor remuneração para os mesmos cortes dos frangos”, informa a dra. Kindlein, lembrando que esse “algo a mais” pode estar em qualquer etapa da cadeia produtiva. “Fica aqui uma recomendação importante: granja e abatedouro precisam se conversar. Afinal, as perdas em um setor são contabilizadas juntamente com o outro, assim como os ganhos”.
Um bom caminho, ela diz, é fazer monitoria a campo dos principais problemas que impactam as perdas, como artrite, dermatose, pododermatite e aerossaculite. Na indústria, atenção a lesões traumáticas, contaminações, salmonelas e perdas de qualidade de carne (rendimento). “Rastreabilidade total”, reforça.
Nesse processo, a dra. Liris Kindlein esclarece que eventuais perdas não são provocadas por um único problema. “As causas são normalmente multifatoriais, podendo envolver o manejo, mas também a nutrição, a saúde e até os equipamentos na indústria. O que não há dúvida é que a nutrição de qualidade foi e sempre será um fator decisivo em termos de produtividade na avicultura”.
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