segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

 

Cresce a procura pelo sêmen da raça Brangus no Brasil

   

Os pecuaristas que buscaram melhorar a qualidade do rebanho, procuraram o sêmen da raça brangus para ampliar o rebanho. O crescimento registrado foi de 94% na venda de sêmen no Brasil. A raça Brangus é formada por 1/3 de sangue zebu e 2/3 de britânico. Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) de 2018 para 2022 houve um crescimento de 94% nas vendas de sêmen da raça, sendo que 137% desse crescimento, foi somente de sêmens de touros nacionais.

Para o gerente de produto de corte europeu de uma importante empresa de comercialização de sêmen do país, Delmiro Rodrigues, as necessidades e objetivos de quem está ao Sul, são diferentes do Brasil central, e é justamente nessa diferença que o Brangus se torna uma ótima opção. “Quando falamos do cruzamento e do produto Brangus, temos que falar de seus benefícios e assertividades, de onde a gente vai usar, seja no cruzamento, seja no tricross. A raça, por ter um perfil extremamente adaptável, vai crescer cada vez mais e quanto mais os criadores olharem para o centro do país e identificarem que ali também funciona um mercado adepto, via inseminação, mais conseguiremos expandir a raça”, explica o gerente comercial.

Entre os Estados que mais comercializaram o sêmen da raça estão: MS (14%), RS (13%), PA (12%), MT (11%), TO (9%), um demonstrativo de que a raça vêm expandindo e sendo cada vez mais exploradas em outras regiões. “O Sul com certeza já sabe da importância da raça e de todo o seu potencial produtivo, mas ver a crescente desses números com relação à disseminação da nossa genética em outras regiões, é um importante demonstrativo de como a raça pode contribuir com uma pecuária de maior precisão e resultados”, enfatiza o presidente da Associação Brasileira Brangus (ABB), Ladislau Lansarics Junior.

A raça Brangus é o resultado de um experimento entre o cruzamento do Angus e do Zebu, realizado por técnicos norte-americanos do Departamento de Agricultura de Jeanerette em 1912, no estado de Louisiana. No Brasil, os cruzamentos começaram a ser feitos na década de 1940 por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Bagé/RS. Inicialmente o resultado do cruzamento foi batizado de raça Ibagé pelos técnicos da época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que se tornou apenas Brangus, anos mais tarde.

Possui como principais características: Fertilidade; Habilidade materna; Precocidade; Qualidade e acabamento de carcaça; Rusticidade; Tolerância ao calor; Resistência a parasitas e Longevidade. Entre os benefícios estão a facilidade de parto, os pelos curtos, os elevados pesos na desmama e no sobreano, o entoure mais cedo, e bom desempenho de ganho de peso, tanto a pasto quanto no confinamento.

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