quinta-feira, 17 de novembro de 2022

 

Raça Guzerá

Guzerá, ou KankrejBos Indicus (Zebu), é uma raça bovina, originária do estado de Gujarat, no centro da Costa Oriental da Índia, animal de grande porte, ótimos para produção de carne e leite, ao ser introduzida no Brasil teve boa seleção.

Porte imponente, cabeça alta e chifres grandes, em forma de lira. Pelagem variando do cinza claro ao escuro, é admissível fêmea branca.

 

Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas aprovou em 1998 a descorna de animais da raça.

Pele preta, bem pigmentada, com membros bem desenvolvidos e musculados, permitem ao guzerá resistir a longas caminhadas sob o sol tropical, à procura de água e alimento. Adapta-se no Nordeste brasileiro, desde áreas férteis litorâneas, no agreste, até o sertão semi-árido.

 

Permite-se atravessar longos períodos de seca, comuns no sertão nordestino brasileiro.

Tem baixo peso ao nascer(30 kg os machos e 28 kg as fêmeas) como a maioria dos zebuínos, o que facilita o parto, seja na primeira cria da novilha, ou nos partos subseqüentes. Produção de leite das vacas garantem o bom desenvolvimento dos bezerros na fase de aleitamento.

 

O ganho em peso dos animais da raça é muito bom, ultrapassando com facilidade médias superiores a 1.000 gramas/dia no confinamento. É comum vaca guzerá ultrapassar os 5.000 kg de leite por lactação.

 

Extremamente fértil, reproduzindo-se mesmo em condições adversas, contribuiu muito para o azebuamento do rebanho nacional.

No cruzamento com raças européias, aumenta a rusticidade dessas, viabilizando a criação dos mestiços, mesmo nas mais severas condições climáticas.

 

Além disso, o Guzerá serviu como base para a formação de algumas raças brasileiras, tais como: Indubrasil, Tabapuã, Pitangueiras, Lavínia e, especialmente, a raça GUZOLANDO, entre outras. E mais: o Guzerá foi a mais importante raça na formação do Brahman (American Brahman).

 

No Teste de Rendimento de Carcaça e Conversão Alimentar, realizado também pela ABCZ, com a participação de todas as raças zebuínas, o Guzerá ficou com o primeiro lugar nas duas características avaliadas.

 

Até mesmo pela sua região de origem na Índia, que apresenta uma baixíssima precipitação pluviométrica e grande amplitude térmica, o Guzerá é a raça zebuína de maior rusticidade às intempéries climáticas.

 

Para o cruzamento com outras raças (zebuínas ou européias) o Guzerá tem demonstrado ser a raça que apresenta melhores resultados. Quando cruzada com outra raça zebuína, aumenta a produção leiteira das crias, que terão maior habilidade materna e um desempenho médio de peso superior.

 

No cruzamento com raças européias, aumenta a rusticidade dessas, viabilizando a criação dos mestiços, mesmo nas mais severas condições climáticas.

 

O crescimento pré-desmama do Guzerá puro é o maior entre as raças zebuínas. Resultados similares são reportados para peso na desmama, ganho pós-desmama, peso ao ano e ganho de peso e eficiência em confinamento.

 

O Guzerá apresenta adaptabilidade às condições ambientais tropicais e sub-tropicais, tolerância a insetos, resistência a várias doenças, longevidade e habilidade maternal, especialmente em cruzamentos com as raças taurinas.

 

O gado é dócil, sem problemas de temperamento e é fértil sob condições adversas.

 

Características

  • A altura do tronco (corpo) é igual à altura dos membros, no animal ideal. Animal pernudo ou pernalta não significa rendimento; é um "mito" nos trópicos.
  • Altura total do animal, na cernelha (garrote) é igual a duas vezes a altura do corpo, ou dos membros. Ou a soma da altura do corpo e a altura dos membros.
  • Ancas bem afastadas, no mesmo nível de um lado e outro, moderadamente salientes. Condenam-se aquelas pouco afastadas e muito salientes.
  • Andamento o passo do Guzerá é longo. O animal com aptidão para corte pisa pouco atrás da marca deixada pela mão. Os animais leiteiros pisam com o pé acima ou até um pouco adiante da marca deixada pela mão. O Guzerá coloca o pé quase sobre a marca deixada pela mão. A cadência é ditada pela estrutura óssea e, é um fator de economia de pastagens. Alterar a cadência típica do Guzerá é quebrar sua versatilidade.
    • Ângulo de Ouro - O passo normal forma um ângulo de 56 graus. O ângulo de ouro seria 56,25 graus. Os animais com aptidão para corte apresentam o ângulo menor.
    • Nota do Blog: No RN, quem cria e negocia o gado Guzerá, é o Dr. Alexandre Wanderlei. Sua Fazenda está situada no município de Angicos, próxima ao Pico do Cabugí.

 

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