Novas técnicas permitem a redução da mastite bovina em vacas leiteiras
A produção de leite no Brasil, que hoje é considerada um dos mercados mais promissores não só dentro da bovinocultura, mas do agronegócio, também tem seus desafios diários. Um deles tem sido reduzir, ao máximo, o índice de várias infecções, tais como a mastite bovina. De acordo com o analista técnico comercial da Quimtia Brasil, o médico veterinário Solano Alex Odoni, quando o processo de ordenha é feito de forma irregular, com a ordenhadeira desregulada, por exemplo, aumentam-se as possibilidades de ficar resquícios de leite ainda no teto do animal. Segundo ele, é aí que se abrem as portas para a introdução de bactérias que passam a se estabelecer na glândula mamária.
“De fato, o leite é um grande atrativo para as bactérias. E uma máquina desregulada, que ocasionalmente realiza a sucção com mais força na hora da ordenha, pode ferir o esfíncter – canal de saída do leite – do animal deixando-o aberto para a entrada da bactéria”, comenta.
A mastite bovina é uma inflamação na glândula mamária, que pode ocorrer por diversas possibilidades. No entanto, Solano ressalta que o que mais ocorre é por conta de um patógeno [bactéria ou fungo] através do canal do teto. Ainda segundo o especialista, dentre os principais sintomas da mastite bovina, estão o desconforto ocasionado por dores, calor, inchaço e vermelhidão na glândula mamária, que são as mais comuns. Entretanto, em caso de agravo da doença, ela pode causar, inclusive, a perda do animal.
Para prevenir a mastite bovina, algumas formas de manejo podem ajudar. Segundo o analista técnico comercial da Quimtia, uma das alternativas mais comuns, porém importantes para evitar problemas causados pela mastite bovina é a manutenção correta e em dia das máquinas ordenhadeiras. “Isso pode reduzir em até 50% os casos de uma mastite bovina”, afirma. Para ele, os outros 50% podem ser evitados caso o produtor disponibilize às vacas ambiente e manejo adequado após a ordenha.
“Quando uma vaca leiteira termina de ser ordenhada, normalmente ela sai da sala de ordenha e vai deitar. Ou seja, ela está com o esfíncter – canal por onde sai o leite – aberto. Se ela deitar em um local contaminado, por exemplo, a probabilidade de uma contaminação por bactéria e contrair mastite é consideravelmente grande”, exemplifica. “Por isso, o recomendado é que após este período, o produtor leve-a para o cocho para se alimentar, na qual ela permanece em pé pelo menos 40 minutos, tempo suficiente para que o esfíncter se feche”, acrescenta.
Para o especialista da Quimtia Brasil, outra maneira de se evitar a mastite bovina é proporcionar na produção animal, uma alimentação cada vez mais adequada e balanceada às vacas leiteiras. “Quando uma alimentação conta com níveis consideráveis de minerais como zinco, e vitamina D, por exemplo e com o auxílio de diversos suplementos que visam melhorar cada vez mais o desempenho do animal, ajuda a manter um bom status imunológico e possibilita acelerar de forma eficaz o combate de infecções”, finaliza Solano.
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