Uma semente de capim brachiaria híbrida com alto teor de proteína já pode ser adquirido pelos pecuaristas

 Redação Nordeste Rural

A nova semente é a Mavuno, nome que significa ‘a melhor colheita’, em Suaíli, língua falada na África Oriental. A brachiaria híbrida Mavuno, resultado de 18 anos de pesquisas, que tem apresentado índices de proteína 70% superiores aos capins convencionais. A semente foi desenvolvida pela Wolf Sementes, empresa especializada em pastagem e forrageiras.

O produto registrou crescimento de vendas de 82% na safra 2021/2022 em comparação à anterior. O pecuarista, José Carlos Mársico, cooperado da Copercitrus, que há três anos já possui pastos com Mavuno, tem adotado a estratégia de ampliar ano a ano a área com o híbrido superprodutivo. Ele cria cerca de 800 cabeças gado de corte das raças nelore e angus, nos municípios de São Simão e Luís Antônio (SP). “A cada ano formo mais 10 a 15 alqueires de pasto com Mavuno e o gado nunca esteve tão bom. Estou muito satisfeito e tenho recomendado aos amigos”, afirma Mársico.

Indicada para criação de gado de corte e leite em sistemas de alta produtividade, a brachiaria híbrida Mavuno se destaca pela qualidade nutricional, palatabilidade, alta capacidade de rebrote e também pela resistência a seca e pragas em comparação às brachiarias convencionais. Um dos diferenciais é seu sistema radicular (raiz) que, a depender do tipo de solo, pode chegar a até quatro metros de profundidade. Desta forma, a planta tem mais capacidade de absorver água e nutrientes do solo se tornando mais tolerante à seca.

“Mavuno é fruto de cruzamentos e pesquisas com diferentes linhagens que exigiram 18 anos de trabalho. Tanto em áreas controladas como em pastos comerciais de clientes, ele apresentou até 21% de proteína bruta e produção de massa verde até 50% superior as brachiarias convencionais”, explica Edson de Castro Júnior, coordenador técnico na Wolf Sementes.