Produtores brasileiros aumentam as exportações de genética bovina em 53% em 2022
O relatório é da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) com dados do 1º Trimestre 2022. A publicação, que conta com dados municipalizados, foi elaborada a partir de mais de 34 mil informações individuais e evidencia a constante dinâmica do setor da genética bovina nacional. O principal destaque apontado pelo relatório é o crescimento das exportações de doses de sêmen. Nos três primeiros meses deste ano, 229.620 doses foram exportadas – um crescimento de 53% em relação ao mesmo período de 2021. Os números relacionados à prestação de serviço na saída de doses do mercado também são positivos, alcançando um incremento de 8% em relação ao ano passado.
A coleta de sêmen de corte alcançou a marca de 5.487.647 doses, face a 4.242.087 em 2021. O crescimento das coletas também foi registrado no setor leiteiro, com 739.640 doses coletadas, refletindo um avanço de 37%. O Index ASBIA também revela retrações no setor comercial durante o primeiro trimestre de 2022, com uma variação de -6% nas vendas de corte, -10% nas vendas de leite e -3,4% no mercado total nacional. Segundo o Presidente da ASBIA, Márcio Nery, os dados estão dentro da margem de expectativas da Associação e refletem os principais desafios do mercado nesse período.
“A análise do Index ASBIA 1º Trimestre 2022 não deve ser feita de forma isolada, mas em um contexto mais amplo. Definitivamente não foi um bom resultado, mas era esperado, por três razões principais: a situação do leite, onde os custos de produção avançaram sobre o lucro do produtor, o crescimento de 50% no corte durante o 1º trimestre de 2021, e a utilização do estoque de sêmen dos botijões por parte dos pecuaristas”, explica.
Ainda de acordo com Nery, a inseminação artificial segue como um dos pilares da produção pecuária nacional. “Podemos dizer que não houve recuo do uso da IA no Brasil, mas tão somente um ajuste de estoque. O melhoramento genético continua na pauta diária de todo pecuarista, mais ainda quando devemos atuar na ponta da redução de custos através da genética correta”, conclui.
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