quarta-feira, 1 de junho de 2022

 

Adubação biológica ganha vez no manejo dos canaviais brasileiros

   

O Nordeste está na 3º posição entre as regiões que mais produzem cana-de-açúcar no país, ficando atrás apenas do Sudeste e Centro-oeste. Por ser uma região de grande destaque no setor agrícola e industrial, produtores buscam, a cada nova safra, oportunidades e tecnologias para otimizar os resultados. Atualmente, produtores distribuídos nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba fazem uso da biotecnologia Microgeo®.

Segundo Augusto Santana, Representante Técnico de Vendas no Nordeste, através da adubação biológica, as usinas atingiram uma média na margem de contribuição agroindustrial de aproximadamente R$ 1.600/ha, de acordo com levantamento feito na Safra 2021/22. “Alguns desses resultados apareceram já no primeiro ano de aplicação. Um estudo feito com números médios das propriedades em cada um dos Estados, apontou resultados muito significativos que contribuíram para essa maior lucratividade dos produtores. Em média, o incremento em produtividade proveniente do uso do Adubo Biológico ficou em torno de 9 toneladas de cana por hectare (TCH), alcançando 1,2 toneladas de açúcar por hectare (TAH)”, conta Santana.

Entre os benefícios identificados estão a bioestruturação física do solo, que contribui para descompactação do solo, e a eficiência nutricional, que gera maior perfilhamento da cana-de-açúcar e melhor enraizamento, pois os microrganismos presentes no Adubo Biológico produzem hormônios, como o ácido indolacético (AIA), que atuam no maior enraizamento das culturas cultivadas. Sendo assim, o levantamento considerou as avaliações de penetrometria, biomassa de raiz (realizada via aplicativo) e produtividades (TCH, ATR e TAH) das áreas testemunha comparado às áreas com aplicação do Adubo Biológico, em diversas propriedades de cada Estado.

Mesmo com as características específicas de cada Estado, o Adubo Biológico produzido com Microgeo® mantém sua eficiência e a combinação de benefícios gerado por seu uso se torna essencial para alcançar maiores patamares de produtividade mesmo considerando o longo período de estiagem no Nordeste.

Em Alagoas, por exemplo, há a predominância de solos com caráter coesos, isto é, com acentuada resistência quando seco o que o torna muito duro impactando no preparo de solo e desenvolvimento das raízes.

Na Paraíba, a predominância são solos arenosos, mais restritivos para a produção de cana-de-açúcar por terem características que determinam uma produtividade relativamente baixa (quando comparado a solos argilosos).

Já Pernambuco apresenta predominância de solos argilosos a solos de textura média, que são considerados os melhores solos para a agricultura por serem mais estruturados, maior presença de nutrientes e matéria orgânica o que lhes conferem um potencial de maior produtividade. No entanto, têm maior tendência a compactação o que interfere diretamente no desenvolvimento das raízes e fluxo de água no solo (reduzida infiltração ou encharcamento).

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