Vale inicia obras na primeira de cinco barragens a serem eliminadas em 2022
Até o final deste ano, 40% das estruturas a montante da empresa devem estar descaracterizadas.
Dique 4 do Sistema Pontal, em Itabira (MG), é uma das cinco estruturas a montante previstas para serem eliminadas em 2022
A Vale iniciou as obras para a eliminação da primeira de cinco estruturas a montante que devem ser descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente em 2022. A previsão da empresa é encerrar o ano com 40% das suas estruturas desse tipo eliminadas.
Isso significa que 12 das 30 barragens mapeadas já estarão descaracterizadas até o fim de 2022. Os trabalhos começaram no início de fevereiro no Dique 4 da barragem Pontal, em Itabira (MG).
A descaracterização de todas as barragens a montante é um dos pilares do princípio de garantia de não repetição de rompimentos como o de Brumadinho (MG) - tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas e do meio ambiente.
Desde 2019, sete (quatro em Minas Gerais e três do Pará) das 30 estruturas a montante mapeadas foram eliminadas, o que corresponde a quase 25% do Programa de Descaracterização da empresa.
Além do Dique 4 da barragem Pontal, a Vale prevê descaracterizar ainda em 2022 outras quatro barragens: Dique 3 do Sistema Pontal e barragem Ipoema, em Itabira (MG); Barragem Baixo João Pereira, em Congonhas (MG); e o Dique Auxiliar da Barragem 5, em Nova Lima (MG).
Alinhada às melhores práticas internacionais para gestão de barragens, a Vale tem intensificado as ações preventivas, corretivas e de monitoramento nas suas estruturas, evoluindo para alcançar a meta de não ter nenhuma barragem em condição crítica (nível de emergência 3) até 2025.
Além de colaborar para esse objetivo, essas ações aumentam a segurança nas estruturas a montante até que as etapas preparatórias e de engenharia para a descaracterização sejam concluídas.
A eliminação das barragens a montante faz parte do processo de transformação cultural que a empresa vem passando desde o rompimento em Brumadinho. No Brasil, a descaracterização é também um dos principais marcos da evolução do modelo de gestão de barragens da Vale, com três linhas de defesa focadas prioritariamente na segurança das estruturas e das pessoas que vivem próximas.
O modelo está alinhado ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, na sigla em inglês), que estabelece requisitos para a gestão segura de estruturas de disposição de rejeitos e tem o objetivo de evitar qualquer dano às pessoas e ao meio ambiente.
Barragem 8B, em Mina Águas Claras, em Nova Lima (MG), foi a primeira a ser descaracterizada
A Vale, como membro do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, em inglês), assumiu o compromisso público de estar 100% em conformidade com os 77 requisitos do GISTM em todas as suas estruturas de disposição de rejeitos até 2025.
A empresa projeta terminar 2025 completamente adequada ao GISTM e sem estruturas em nível de emergência 3, em um novo e mais elevado patamar de segurança nas suas operações.
Operações em Itabira fecharão 2022 com metade de 10 estruturas a montante eliminadas
Berço da Vale no país e cidade que tinha o maior número de estruturas a montante da empresa, Itabira (MG) chegará ao final de 2022 com suas operações mais seguras - metade das 10 estruturas do município devem ser eliminadas até lá. Duas delas (Dique 5 da barragem Pontal e o Dique Rio do Peixe) já foram descaracterizadas.
Dique Rio do Peixe, em Itabira (MG), é uma das estruturas já eliminadas no município
A eliminação das outras cinco estruturas a montante no município está em fase de preparação. No Dique 2 do Sistema Pontal e nos Diques 1A e 1B, na mina Conceição, já ocorrem atividades preliminares, e a estrutura de contenção que aumentará a segurança para a fase de obras dos Diques Minervino e Cordão Nova Vista (também parte do Sistema Pontal) deverá ser finalizada neste ano.
Até o final de 2002, o Dique 4, onde as obras para a eliminação já começaram, deve estar reintegrado ao meio ambiente. Um reforço para dar maior estabilidade à estrutura foi construído preventivamente, diante do incremento de riscos durante as obras.
O processo acontecerá na área interna da empresa e todo transporte de materiais e equipamentos será feito por meio de acessos internos, sem impacto para as vias locais. O rejeito removido deve ser destinado a uma área devidamente preparada dentro do próprio Sistema Pontal.
Os trabalhos no Dique 4 devem gerar cerca de 120 empregos, entre trabalhadores diretos e terceirizados, sendo mais de 80% da mão de obra local, o que contribui para a geração de empregos e renda no município de Itabira.
O Dique 4 não recebe rejeitos desde 2014 e encontra-se em nível de emergência 1. A estrutura tem cerca de 3,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Não há moradores ou comunidades dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS).
O dique e as demais estruturas geotécnicas da empresa em Itabira são monitorados permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Todo o processo é acompanhado pelos órgãos reguladores e pela auditoria técnica do Ministério Público.
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