Queda na demanda reduz preços das frutas
As maiores reduções de preço foram observadas na laranjaDe acordo com o 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (17), a fraca demanda pela laranja em janeiro, principalmente nos primeiros 20 primeiros dias do mês, favoreceu a queda de preços desta fruta em diversas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Os percentuais chegaram a 23,76% em Fortaleza/CE, com a laranja sendo vendida a uma média de R$ 2,34 o quilo, e a 18,65% em Recife/PE, onde a cotação média da fruta é de R$ 1,71/kg.
“O Brasil é um grande produtor mundial de frutas e tem peculiaridades que permitem a oferta de uma ampla variedade de produtos”, ressalta o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho. “Quem deseja reduzir os gastos mensais, mantendo uma alimentação saudável e rica em produtos frescos, precisa conhecer as alternativas mais baratas. Nesta edição do Prohort, por exemplo, vimos que, na comparação entre janeiro/22 e dezembro/21, em relação às frutas comercializadas na Ceagesp - São Paulo, tivemos queda nas cotações o caqui (45%), a pitaia (39%), a lichia (37%), a cereja (36%), o abacate (32%), o figo (30%), a carambola (28%) e o limão (21%)”.
Segundo o Boletim, o mamão também esteve mais em conta nas Ceasas no último mês. A produção da fruta continuou baixa, principalmente do tipo papaya, em decorrência de menores investimentos anteriores, de perdas nas lavouras e da qualidade das frutas afetada pelo grande volume de chuvas registrado nas principais regiões produtoras. Com percentual negativo de 24,62% em Curitiba/PR, o mamão teve preço médio de R$ 4,50/Kg. Já em Belo Horizonte/MG, a redução foi de 18,37%, vendido a R$ 3,51/kg.
Na banana houve leve aumento da disponibilidade da variedade nanica conjugada com a redução de preços e restrição da oferta da banana prata (entressafra, desafios climáticos) junto à sua tendência altista das cotações. As exportações continuaram positivas, com destaque para o Mercosul. Queda de 25% em Rio Branco (AC), com R$ 1,68/kg.
Na maçã ocorreram algumas elevações de preços devido à queda da oferta – menores estoques das companhias classificadoras. Porém, quando começar a colheita da nova safra de maçã gala em meados de fevereiro e da maçã fuji no início de março, os preços podem cair novamente. A estiagem prolongada no sul deve contribuir para a colheita de mais maçãs miúdas. Baixa de 15% em Belo Horizonte (MG) com venda a R$ 3,23/kg.
Por fim, na melancia, janeiro teve queda da oferta nacional, com o fim da primeira parte da colheita na Bahia e finalização em São Paulo, ficando a cargo da safra gaúcha abastecer a maior parte dos mercados. A fruta teve problemas na qualidade e na produtividade por causa do déficit de precipitações na Região Sul, principalmente. Já as exportações continuaram positivas. Alta de 55% em Vitória (ES), com R$ 2,23/kg.
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