Pesquisadores ampliam os dados genéticos sobre dendê e aumentam o potencial da cultura para produção de biodiesel
Um grande banco de dados desenvolvido pela Embrapa Agroenergia (DF) coloca à disposição do setor produtivo informações genéticas sobre a cultura da Palma de Óleo ( Elaeis spp.) . O objetivo é que o acervo seja utilizado por parceiros para o desenvolvimento de variedades melhoradas para resistência à seca, à salinidade e à doença dessa cultura, o Amarelecimento Fatal (AF). Com isso, a ciência espera contribuir para aumentar a produção de óleo de dendê voltada ao mercado de biocombustíveis no Brasil.
O banco foi criado a partir da análise de folhas e raízes, com base em diferentes abordagens analíticas que compõem as chamadas ciências ômicas, tais como genômica, metabolômica, transcriptômica e proteômica. Essas ferramentas analisam as alterações genéticas, genes, proteínas e metabólitos ao mesmo tempo. Com isso, é possível descobrir vias metabólicas e genes-chave para obter plantas tolerantes a diferentes tipos de estresses ambientais, como seca, salinidade do solo, doenças, entre outros fatores que impactam na produtividade de óleo.
“Com esses dados, pretendemos resolver um dos principais gargalos para a produção de biodiesel a partir do Óleo de Palma, que é uma oferta insuficiente de óleo para o mercado desse biocombustível”, afirma o pesquisador da Embrapa Agroenergia Manoel Teixeira . De acordo com Teixeira, a produção atual de óleo de dendê é quase que totalmente voltada para a indústria de alimentos e cosméticos, onde esse produto obtido maior valor agregado.
Com espécies geneticamente melhoradas, os produtores originam expandir uma área de cultivo, mesmo como endêmicas em relação ao AF, e também para áreas com menor índice pluviométrico, como as regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, aumentado a oferta de matéria-prima para abastecer a indústria de biodiesel, além de outras aplicações.
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