quarta-feira, 23 de junho de 2021

 

Uma semente de inhame capaz de produzir 30% a mais que a sementes tradicionais

 

O taro (Colocasia esculenta L. Schot), mais conhecido como inhame, pertence à família Araceae e é originário da Ásia.  Possui alto teor nutritivo, vitamínico, energético e de sais minerais, sendo por isto indicado para a dieta de crianças, pessoas idosas e convalescentes.

A cultivar de inhame de alta produtividade recomendada pelo Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) é a “São Bento”, que chega a ser 30% mais produtiva, em média, que as tradicionalmente cultivadas. Ela se destaca por ser genuinamente capixaba e é, na verdade, a primeira do país.

O pesquisador do Incaper, Carlos Alberto Simões ressalta que, além da rentabilidade para o produtor, o inhame São Bento “apresenta um rizoma de aspecto comercial bonito, tendo padrão de aceitação no mercado.” Um fator interessante na cultura do inhame é o não uso de agrotóxicos, pois são raros os registros de danos econômicos causados por pragas e doenças nas lavouras em regiões de cultivo.

O taro pode ser cultivado em todo o Brasil, mas concentra sua maior produção na Região Sudeste, com destaque para o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde é conhecido popularmente como “inhame”.

A cultivar de inhame São Bento começou a ser selecionada em 1989, na propriedade do Sr. Jair Pianzoli, em uma lavoura de produção comercial da cultivar Chinês, no distrito de São Bento de Urânia, em Alfredo Chaves, no Estado do Espírito Santo.  Depois de ser informalmente distribuída entre amigos nos primeiros anos, já em 1995 o Incaper a traz para o Programa de Raízes pelas mãos do técnico agrícola Laudir Pianzola (in memoriam).

Quatro anos depois, o pesquisador do Incaper, Carlos Alberto Simões do Carmo, inicia as pesquisas com a cultivar, realizando trabalhos de avaliação e testes juntamente com outros materiais.  Em 2008 o Incaper e a Seag (Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca / ES) registram a cultivar com o nome de São Bento.

No Espírito Santo, o cultivo do taro é atividade tradicional e de elevada relevância sócio-econômica. O aumento do consumo interno e a grande perspectiva do incremento das exportações para países não tradicionais consumidores estão contribuindo para o crescimento das áreas de plantio e para a fixação do homem no campo, fazendo dessa hortaliça uma boa opção de cultivo.

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