Como resolver o problema de ingestão de objetos metálicos pelo gado
A língua do bovino, é como uma “vassoura”, sendo assim eles acabam ingerindo pequenos objetos pontiagudos e infelizmente, isso é mais comum do que se pensa! Para piorar caso, as vacas ainda não mastigam muito bem e engolem rápido o alimento e com isso não dá “tempo” de identificarem o pequeno objeto estranho na “refeição”.
“O estrago está feito internamente nos órgãos do animal, podendo levá-lo até a morte no prazo de dias ou meses”, explica Giana Hirose, médica veterinária e gerente nacional de vendas da Agrozootec. Ela explica que este problema pode ser evitado por meio de um imã intra ruminal. “Esse equipamento é um imã cilíndrico que mede aproximadamente 10 cm. Essa peça vai se alojar no retículo, dos estômagos do bovino, e passa a atrair os pedaços de metal que o animal possa ingerir”, detalha.
Dados da Faculdade de Medicina Veterinária da USP (Universidade de São Paulo) mostram que os animais com o imã têm risco até 98% inferior de ser acometido pelo problema. “Como o imã tem a função de atrair e segurar os metais, ele evita que esses itens fiquem soltos e possam perfurar o estômago, interrompendo a jornada do “corpo estranho” entre os órgãos internos dos bovinos”, complementa a veterinária.
Depois de ingerido o imã em seu estômago até o final da vida do animal, atraindo os pedaços de metais que o animal possa ingerir. Por outro lado, sem o imã, os metais podem atravessar a parede do estômago através do retículo e atingir o peritônio (película que envolve todo abdômen), isso causa uma doença chamada Retículo-Peritonite Traumática. “Nesse caso, a extração dos metais é apenas cirúrgica e dependendo da localização, se atingir o diafragma e pericárdio, o prognóstico será bem desfavorável com grandes chances de levar à morte do animal”, diz Giana.
Existem vários modelos de imãs e marcas no mercado, porém, aqueles que possuem uma capa plástica, os pregos e pedaços de metais ficam “protegidos”, evitando maiores danos para parede interna do retículo, o produtor rural deve dar preferência para esses especiais.
“O imã é colocado forçadamente com orientação médico-veterinária e com equipamento adequado para este fim, feito com hastes metálicas ou plásticas cilíndricas. O equipamento evita que sejam causados danos na traqueia dos animais”. A veterinária ressalta que nunca se deve usar canos de PVC ou outros improvisos para colocar o imã, pois podem causar ferimentos internos nos animais.
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