sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Produtores Já podem Usar Guias de Campo da EMBRAPA Para Identificar Pragas

 

Produtores já podem usar guias de campo da Embrapa para identificar pragas na plantação

 

Para facilitar a correta identificação de pragas em lavouras de hortaliças pelos produtores rurais, pesquisadores da Embrapa publicaram quatro novos guias de campo com imagens ilustrativas e informações básicas sobre insetos, ácaros e moluscos que ocasionam danos aos cultivos de alface, morango, pimentão e tomate.

“A precisão no reconhecimento de pragas-chave e pragas secundárias, durante as inspeções de rotina nos cultivos, é o ponto de partida para o agricultor obter sucesso no manejo e no controle de problemas fitossanitários em lavouras de hortaliças”, sinaliza o engenheiro agrônomo Miguel Michereff Filho, pesquisador da área de Entomologia da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF).

Os guias de campo trazem conteúdos sobre ciclo de vida e características corporais das pragas, bem como sobre os sintomas e os danos ocasionados nas plantas em decorrência das infestações. Cultivos de hortaliças são muito suscetíveis a infestações por inseto-praga ou ácaro-praga e estimativas apontam que as perdas na produção podem alcançar 80%, dependendo de fatores como condições climáticas, tratos culturais e cultivar utilizada.

De acordo com o pesquisador, a identificação correta das pragas é fundamental para a implementação de um programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP) ou de controle biológico, visando à sustentabilidade das culturas em longo prazo. O MIP é definido como um sistema de controle que associa o ambiente e a dinâmica populacional da praga, com o intuito de manter sua população em níveis abaixo do potencial de dano econômico.

“Ao facilitar o diagnóstico correto das infestações de pragas em hortaliças, e ensinar a diferenciar os inimigos naturais, os guias de campo tornam-se ferramentas úteis para solucionar gargalos técnicos que há muito tempo contribuem para o uso indiscriminado de agroquímicos”, analisa Michereff, ao comentar que o controle químico ainda constitui a principal medida adotada pelos produtores para solução de problemas fitossanitários, ainda que sem garantia de resultados satisfatórios.

Além de onerar o custo de produção, o uso equivocado e abusivo do controle químico, por exemplo, pode causar problemas como a seleção de populações de pragas resistentes aos principais ingredientes ativos utilizados nos produtos, além do aparecimento de novas pragas que, até então, eram controladas naturalmente por seus inimigos naturais.

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