segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Nordeste Lidera Produção Brasileira de Mangas

 

O Nordeste lidera a produção brasileira de manga

 

No Brasil, o Nordeste se destaca pela produção de manga praticamente o ano todo — a região responde por 76,3% da produção nacional, de acordo com dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bahia tem a liderança em área colhida (24.200 hectares, o que representa 36,9% da área colhida de manga em todo o País), ficando em segundo lugar, atrás de Pernambuco, em quantidade produzida (378.362 toneladas contra 496.937 toneladas) e produtividade média (15,6 t/ha contra 41,3 t/ha). Essa diferença se explica pelo fato de Pernambuco utilizar um espaçamento mais adensado e abarcar grandes produtores tecnificados, além de variedades mais produtivas visando à exportação, enquanto na Bahia a produção de manga envolve pequenos agricultores familiares e responde por, aproximadamente, 29% da produção nacional.

A base do sucesso da produção em sistema orgânico é o preparo do solo, o qual deve ser revolvido o mínimo possível. A publicação enumera as principais exigências da mangueira, fruteira tropical adaptada a diversos tipos de solo, desenvolvendo-se melhor em solos profundos, bem drenados e sem problemas de salinidade.

“Iniciamos a implantação do sistema em 2011 com o preparo do solo, que levou cerca de um ano. Em Lençóis, o solo é extremamente pobre. O chamado Latossolo Vermelho Amarelo distrófico apresenta alto teor de alumínio trocável e baixos teores de cálcio, magnésio e outros nutrientes. Nossa primeira prática após as análises química e granulométrica foi a aplicação de calcário dolomítico e gesso mineral [gipsita] para neutralizar o alumínio e fornecer cálcio e magnésio. Depois disso, entramos com as plantas melhoradoras”, explica a pesquisadora.

O cultivo de plantas melhoradoras é uma das formas de se garantir a cobertura vegetal do solo. De acordo com o descrito no sistema de produção, o uso das coberturas vegetais tem por finalidade aumentar a eficiência do uso da água, diminuir a erosão e a salinização, promover a ciclagem de nutrientes, adicionar nitrogênio, aumentar o estoque de carbono armazenado no sistema e, consequentemente, a qualidade do solo no que se refere aos atributos físicos, químicos e biológicos.

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