sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Galinhas Poedeiras Precisam de Alimentação mais Rica para Garantir mais Produção

 

As galinhas poedeiras precisam de uma alimentação mais rica para garantir mais produção de ovo

Por ABPA

O brasileiro está consumindo mais ovos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a média de consumo em 2019 era de 235 ovos por pessoa. Este ano deve atingir 250, 8,5% a mais que o ano passado. Com o cenário promissor, o produtor tem investido mais na produção de suas galinhas poedeiras para atender a demanda de mercado.

Um dos pilares que sustenta o desempenho ideal destes animais é a nutrição, que hoje representa em torno de 70% dos custos de produção.  “É importante que o criador ofereça uma nutrição adequada e realize um manejo eficiente, para que não comprometa a qualidade e nem a quantidade de produção do plantel. Sem estes dois fatores alinhados, o criador corre risco de ter redução de qualidade até a parada da produção de ovos”, alerta Letícia Lopes da Rocha, coordenadora de produtos e trade marketing da Guabi Nutrição e Saúde Animal.

É importante que o ambiente da granja forneça temperaturas dentro da zona de conforto dos animais e que não ocorra variações térmicas bruscas para garantir o bem-estar e o estímulo ao consumo de alimento. O ideal é que as galinhas em período de postura recebam entre 14 e 15 horas de luz por dia e tenham livre e amplo acesso a água fresca.

Para um desempenho saudável, a galinha precisa receber uma dieta que atenda suas exigências nutricionais, mas há pontos importantes que os produtores devem ficar mais atentos, como:

Cálcio – Os minerais de maneira em geral são essenciais para uma nutrição balanceada e consequentemente uma produtividade eficiente. No caso das aves de postura, o cálcio tem uma grande importância por estar relacionado com a formação da casca.  Portanto para obter uma produção efetiva e de qualidade na casca, os níveis de cálcio da dieta devem ser em torno de 3,25 a 3,75%.

Proteína – Ao contrário do que muitos pensam, uma dieta com altos níveis proteicos não irá trazer nenhuma vantagem na produtividade das aves. “O indicado é que seja fornecida uma quantidade adequada de proteína na dieta, que geralmente é em torno de 16 a 17%. Níveis excessivos de proteína, além de elevar seu custo, irá afetar negativamente o metabolismo das aves por aumentar não só o índice calórico alimentar como a excreção de ácido úrico.  E para ter este acréscimo na excreta de ácido úrico, as aves precisam ingerir mais água o que gera o amolecimento de suas fezes”, comenta Letícia.

Outra dica que a especialista traz é a criação livre de galinhas “O cage-free ou ainda o free-range que estão cada vez mais comuns por garantir o bem-estar do animal e valorizar o preço do produto. Nestes modelos de criação geralmente é realizada a complementação da dieta com folhagens, legumes, sementes e grãos variados, que resultam em produto diferenciado e muitas vezes em uma coloração da gema mais alaranjada devido à presença de carotenoides em muitos desses alimentos.

“Antigamente eram utilizados pigmentantes artificiais nas rações para alcançar a coloração de gema desejada. Mas, hoje, já existem rações que possuem em sua formulação substâncias que agem como pigmentantes naturais e que ajudam a entregar uma coloração de gema diferenciada”, finaliza Letícia.

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