Cuidados com a escolha das sementes para o plantio de algodão
Uma das dificuldades de expansão das áreas de cultivo do algodão, depois do ataque do bicudo, é, sem dúvida, a oferta de sementes de algodão certificadas. Para suprir essa demanda, a Embrapa Algodão firmou parceria com a empresa Semilla Sementes, que está multiplicando sementes das cultivares transgênicas BRS 368 RF e BRS 433FL B2RF para a próxima safra. Serão produzidas cerca de 11 toneladas de sementes da BRS 368RF – o que será suficiente para cultivar cerca de 860 hectares – e 71,68 toneladas de sementes da BRS 433FL B2RF, o suficiente para plantar cerca de 5.500 hectares.Também estão sendo instalados campos de multiplicação de sementes da cultivar convencional BRS 286 (não transgênica), por meio de parceria firmada pela Embrapa com a produtora Francieli Silva. A expectativa é ter sementes para plantar 540 hectares na próxima safra.
O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, João Henrique Zonta, salienta que o uso de sementes que não sejam certificadas é um risco para o produtor e a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará, com o Ministério da Agricultura, estão fiscalizando o comércio desse tipo de semente para evitar que a baixa qualidade da semente comprometa o crescimento da produção de algodão no estado. “O objetivo da Embrapa e seus parceiros licenciados é oferecer sementes com tecnologia para atender a todos os produtores da região, desde aqueles que fazem o cultivo orgânico, convencional, em pequenas propriedades familiares, até os mais tecnificados, com materiais transgênicos de alta tecnologia, com resistência a lagartas e herbicidas, e alta qualidade de fibras, inclusive com materiais indicados para o plantio de áreas de refúgio”, afirma.
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