Projeto investe em cooperação com setor produtivo para inovação na caprinocultura e ovinocultura
Projeto aposta na integração com setor produtivo para superar desafios na caprinocultura e ovinocultura
Superar,
por meio da inclusão tecnológica, os principais desafios para a
produção sustentável de carne, leite e produtos derivados da
caprinocultura e ovinocultura e apoiar as cooperativas de modo a
favorecer a geração de renda para produtores rurais no Semiárido
brasileiro. Esta é a perspectiva do projeto Agronordeste Agroindústria,
ação integrada da Embrapa e da Secretaria de Agricultura Familiar e
Cooperativismo (SAF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - com financiamento da SAF, do Projeto Dom Hélder Câmara e
do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) - no âmbito
do programa Agronordeste. E, para isso, o projeto aposta em um modelo de
inovação com compartilhamento de conhecimentos e informações junto a
diversos atores do setor produtivo.
Nos próximos dois anos, o projeto atuará em quatro polos produtivos de cinco estados nordestinos, compondo uma rota de apoio tecnológico de mais de 3.000 km, com meta de fazer a promoção da inovação por meio da disseminação de conhecimentos, capacitando, de forma direta, 550 técnicos e produtores multiplicadores, além da montagem de 20 unidades de referência tecnológica. As capacitações já tiveram início nesta semana, com um curso de atualização tecnológica para técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Nos territórios, estes multiplicadores experimentarão o uso de soluções tecnológicas diversas desenvolvidas pela Embrapa, de acordo com a natureza das demandas locais. Entre as possibilidades previstas estão o serviço AssessoNutri, para formulação de dietas de custo acessível; a Técnica Embrapa de Inseminação Artificial em Caprinos; o plantio de forrageiras adaptadas ao Semiárido; o aplicativo Orçamento Forrageiro, para gerenciar recursos alimentares aos rebanhos; o Controle Integrado de Verminose; os modelos de sistemas agroflorestais e ILPF para a Caatinga; as boas práticas para ordenha e para fabricação de produtos lácteos; os programas de melhoramento genético de rebanhos – Capragene e Genecoc; o manejo sanitário orientado a partir das informações da plataforma CIM Zoossanitário; as ferramentas voltadas para gestão da produção do Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos; a produção de lácteos a partir de tecnologias da Embrapa; as orientações para cortes especiais de carnes ovina e caprina.
O projeto pretende desenvolver um modelo de inovação tecnológica que contemple o engajamento conjunto e o compartilhamento de conhecimentos entre atores diversos do setor produtivo. A ideia é atuar em rede para adaptar escalonar soluções tecnológicas para resolver os principais gargalos tecnológicos, criando uma grande onda de inovação que vá se disseminando em outros polos produtivos. Uma primeira etapa de mobilização foi realizada no mês de maio, com reuniões realizadas de forma remota (online), que envolveram produtores rurais, técnicos extensionistas e representantes de cooperativas, associações e agroindústrias dos territórios do Cariri Paraibano, Sertão Pernambucano, Sertão dos Inhamuns (CE), Bacia do Jacuípe (BA) e Vale do Itaim (PI).
“Projetos assim só podem se dar certo se houver discussão na base, com pessoas que sabem os reais problemas e as necessidades de cada região”, avalia Mirionaldo Rodrigues, secretário-executivo da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Município de Betânia do Piauí (Ascobetania), da região do Vale do Itaim. “Temos a expectativa de que esse programa se consolide e colabore com a necessidade do produtor, que é geração de renda”, acrescenta ele.
Nas reuniões, foram destacados os eixos principais de atuação da Embrapa em cada território, a partir de demandas identificadas. Alguns dos participantes puderam reforçar demandas tecnológicas e de governança, necessárias para a superação de gargalos produtivos. “Precisamos de um controle de qualidade do leite mais arrojado, de suporte para nutrição animal, buscar melhor qualidade dos produtos e baixar custos. É preciso dar celeridade prática a tudo isso”, destaca Rubens Remígio, gerente de Negócios da Cooperativa dos Produtores Rurais de Monteiro-PB (Capribom).
Com a mobilização, a expectativa é de um projeto onde a cooperação e o compartilhamento de conhecimentos tragam mais eficiência na adoção de soluções tecnológicas. “É uma grande aliança, em que a Embrapa vem com aporte de conhecimentos e tecnologias focadas na produção de caprinos e ovinos, acumulados ao longo do tempo, mas que se soma ao conhecimento de técnicos habituados a trabalhar nesses ambientes e de conhecimentos de produtores que, há 50, 60, 100 anos vão passando de pai para filho. Será importante o olhar dessas pessoas para avaliar impacto e possíveis fatores limitantes das tecnologias”, destaca o pesquisador Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Na avaliação do produtor rural Valcyr Rios, diretor do FrigBahia, de Pintadas-BA, esta atuação conjunta em um processo de inovação tecnológica pode render resultados positivos para comércio e agroindústria na ovinocultura de corte. “Este programa chegou em momento oportuno. Estamos apostando nessa iniciativa em que, com o poder do Estado, do cooperativismo e dos produtores, tenhamos um cordeiro ideal. É uma relação em que muitos ganham: o mercado terá carne de melhor qualidade, a indústria terá um ganho de carcaça melhor”, destaca ele.
Nos próximos dois anos, o projeto atuará em quatro polos produtivos de cinco estados nordestinos, compondo uma rota de apoio tecnológico de mais de 3.000 km, com meta de fazer a promoção da inovação por meio da disseminação de conhecimentos, capacitando, de forma direta, 550 técnicos e produtores multiplicadores, além da montagem de 20 unidades de referência tecnológica. As capacitações já tiveram início nesta semana, com um curso de atualização tecnológica para técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Nos territórios, estes multiplicadores experimentarão o uso de soluções tecnológicas diversas desenvolvidas pela Embrapa, de acordo com a natureza das demandas locais. Entre as possibilidades previstas estão o serviço AssessoNutri, para formulação de dietas de custo acessível; a Técnica Embrapa de Inseminação Artificial em Caprinos; o plantio de forrageiras adaptadas ao Semiárido; o aplicativo Orçamento Forrageiro, para gerenciar recursos alimentares aos rebanhos; o Controle Integrado de Verminose; os modelos de sistemas agroflorestais e ILPF para a Caatinga; as boas práticas para ordenha e para fabricação de produtos lácteos; os programas de melhoramento genético de rebanhos – Capragene e Genecoc; o manejo sanitário orientado a partir das informações da plataforma CIM Zoossanitário; as ferramentas voltadas para gestão da produção do Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos; a produção de lácteos a partir de tecnologias da Embrapa; as orientações para cortes especiais de carnes ovina e caprina.
O projeto pretende desenvolver um modelo de inovação tecnológica que contemple o engajamento conjunto e o compartilhamento de conhecimentos entre atores diversos do setor produtivo. A ideia é atuar em rede para adaptar escalonar soluções tecnológicas para resolver os principais gargalos tecnológicos, criando uma grande onda de inovação que vá se disseminando em outros polos produtivos. Uma primeira etapa de mobilização foi realizada no mês de maio, com reuniões realizadas de forma remota (online), que envolveram produtores rurais, técnicos extensionistas e representantes de cooperativas, associações e agroindústrias dos territórios do Cariri Paraibano, Sertão Pernambucano, Sertão dos Inhamuns (CE), Bacia do Jacuípe (BA) e Vale do Itaim (PI).
“Projetos assim só podem se dar certo se houver discussão na base, com pessoas que sabem os reais problemas e as necessidades de cada região”, avalia Mirionaldo Rodrigues, secretário-executivo da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Município de Betânia do Piauí (Ascobetania), da região do Vale do Itaim. “Temos a expectativa de que esse programa se consolide e colabore com a necessidade do produtor, que é geração de renda”, acrescenta ele.
Nas reuniões, foram destacados os eixos principais de atuação da Embrapa em cada território, a partir de demandas identificadas. Alguns dos participantes puderam reforçar demandas tecnológicas e de governança, necessárias para a superação de gargalos produtivos. “Precisamos de um controle de qualidade do leite mais arrojado, de suporte para nutrição animal, buscar melhor qualidade dos produtos e baixar custos. É preciso dar celeridade prática a tudo isso”, destaca Rubens Remígio, gerente de Negócios da Cooperativa dos Produtores Rurais de Monteiro-PB (Capribom).
Com a mobilização, a expectativa é de um projeto onde a cooperação e o compartilhamento de conhecimentos tragam mais eficiência na adoção de soluções tecnológicas. “É uma grande aliança, em que a Embrapa vem com aporte de conhecimentos e tecnologias focadas na produção de caprinos e ovinos, acumulados ao longo do tempo, mas que se soma ao conhecimento de técnicos habituados a trabalhar nesses ambientes e de conhecimentos de produtores que, há 50, 60, 100 anos vão passando de pai para filho. Será importante o olhar dessas pessoas para avaliar impacto e possíveis fatores limitantes das tecnologias”, destaca o pesquisador Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Na avaliação do produtor rural Valcyr Rios, diretor do FrigBahia, de Pintadas-BA, esta atuação conjunta em um processo de inovação tecnológica pode render resultados positivos para comércio e agroindústria na ovinocultura de corte. “Este programa chegou em momento oportuno. Estamos apostando nessa iniciativa em que, com o poder do Estado, do cooperativismo e dos produtores, tenhamos um cordeiro ideal. É uma relação em que muitos ganham: o mercado terá carne de melhor qualidade, a indústria terá um ganho de carcaça melhor”, destaca ele.
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