quinta-feira, 18 de junho de 2020

Estudo aponta impacto da Covid-19 na produção e no preço de hortifrútis em maio

Segundo o Cepea, valor do tomate caiu 23% e cenoura ficou 29,5% mais barata em maio. Já o preço da manga subiu 148%

Alimentos na feira (Foto: Divulgação)

Pelo menos 13 alimentos hortifrutigranjeiros tiveram a produção e a venda afetadas pela pandemia do coronavírus em maio, segundo relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) divulgado nesta quarta-feira (17/6).
Todos os produtos analisados sofreram impactos, em maior ou menor escala, a depender do momento da safra, disponibilidade no mercado interno e da quantidade exportada. Alguns, com tomate, cenoura e cítricos, tiveram queda nos preços com o aumento na oferta e a demanda reduzida por conta das restrições para o escoamento da produção.
Apesar dos resultados negativos (veja abaixo o detalhamento, por alimento), o relatório do Cepea aponta quatro oportunidades podem ser aproveitadas na pandemia: o preparo das refeições no lar, um maior apelo por alimentos saudáveis, a adoção de canais digitais para a entrega aos consumidores e o incentivo às exportações por conta da valorização do dólar.
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“O real desvalorizado e a desorganização parcial do sistema produtivo agrícola de vários países, como os Estados Unidos e nações da Europa e do Mercosul, podem ser uma oportunidade para o setor de frutas e hortaliças, especialmente para o Mercosul”, afirma.

Negócios on-line

Outra tendência apontada pela instituição de pesquisa é a adoção, cada vez mais intensa, do comércio on-line para o setor de alimentos, algo não tão frequente antes da pandemia. Os supermercados passaram a incrementar as vendas por meio de aplicativos, enquanto os feirantes buscam se adaptar com modelos de entrega em casa ou feiras drive-thru.
Por outro lado, entre os principais desafios para o setor, estão o prazo curto de prateleira de produtos, já que boa parte é perecível, a dificuldade nas vendas de frutas e hortaliças em meio à perda no poder de compra da população com a crise, o funcionamento parcial de bares, restaurantes e padarias e a dificuldade de produção de cadeias produtivas mais longas.

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