Dois partos de trigêmeos, raros em nelore, são registrados em experimento da Embrapa
O
nascimento de trigêmeos em bovinos é algo raro. Principalmente em
bovinos de corte. Na Embrapa Agrossilvipastoril a situação não só
aconteceu uma vez, como se repetiu logo em seguida. Duas vacas do
experimento de integração lavoura-pecuária-floresta com fêmeas nelore
pariram três bezerros nos últimos dias.
Em um parto nasceram dois machos e uma fêmea e no outro duas fêmeas e um macho.
Após o primeiro nascimento triplo, o pesquisador e médico veterinário Luciano Lopes já estava surpreso, devido a raridade da situação. O segundo parto, ocorrido dois dias depois, aumentou ainda mais a surpresa.
“Partos gemelares acontecem, principalmente em rebanhos grandes, com muitos partos. Mas trigêmeos são muito raros, ainda mais em gado de corte. Esses nascimentos ocorrem com maior frequência em gado de leite por algumas características que esses animais têm”, explica o pesquisador.
O experimento conduzido pela Embrapa em parceria com a Acrimat, Acrinorte e Rede ILPF conta com 160 novilhas, que foram inseminadas por meio da técnica de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), na qual são utilizados protocolos hormonais visando sincronizar o ciclo dos animais e estimulando a ovulação. Porém, nesse procedimento, não há a superovulação, como na técnica de transferência de embrião.
“Até o momento, não podemos dizer exatamente o que aconteceu. Pelo fato dos animais terem sido protocolados, o protocolo pode ter induzido a mais de uma ovulação. Mas não é o que a gente espera desse procedimento. Não é um protocolo de indução de múltiplas ovulações. Algum desbalanço ocasional que causou a captação de mais de um oócito, que se desenvolveu no folículo, chegaram a ovular e foram concebidos”, avalia Luciano Lopes.
Embora o numericamente o nascimento de trigêmeos possa parecer melhor do que de apenas um, como é o comum, a situação não é desejável em uma fazenda.
“Três bezerros sacrificam muito a matriz e isso prejudica o retorno da ciclicidade dela. Além de favorecer muito a mortalidade desses bezerros. São animais leves, com dificuldade de mamar, vão demandar manejo mais intensificado da equipe da fazenda. Outro ponto importante é em relação à reprodução. Durante a gestação o embrião é prejudicado e os bezerros geralmente são inférteis”, explica o pesquisador.
Pesquisa
Os dois partos de trigêmeos foram os primeiros de um total de 160 novilhas inseminadas. O nascimento dos bezerros faz parte da pesquisa conduzida pela Embrapa Agrossilvipastoril que compara o desempenho de fêmeas nelore em quatro ambientes distintos: pecuária tradicional, integração lavoura-pecuária e integração pecuária-floresta com dois níveis de sombreamento (renques de linhas simples e linhas triplas de eucalipto).
São avaliados aspectos de reprodução, balanço hormonal, desenvolvimento folicular, sanidade animal e resposta imune. Dados preliminares indicam diferenças nos tratamentos, sinalizando que a presença de sombra favorece a imunidade e a precocidade dos animais.
A pesquisa é realizada em parceria com a Acrimat, que custeia parte das despesas de manejo e mão-de-obra e com a Acrinorte, que fornece os animais por meio de seus pecuaristas associados.
Em um parto nasceram dois machos e uma fêmea e no outro duas fêmeas e um macho.
Após o primeiro nascimento triplo, o pesquisador e médico veterinário Luciano Lopes já estava surpreso, devido a raridade da situação. O segundo parto, ocorrido dois dias depois, aumentou ainda mais a surpresa.
“Partos gemelares acontecem, principalmente em rebanhos grandes, com muitos partos. Mas trigêmeos são muito raros, ainda mais em gado de corte. Esses nascimentos ocorrem com maior frequência em gado de leite por algumas características que esses animais têm”, explica o pesquisador.
O experimento conduzido pela Embrapa em parceria com a Acrimat, Acrinorte e Rede ILPF conta com 160 novilhas, que foram inseminadas por meio da técnica de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), na qual são utilizados protocolos hormonais visando sincronizar o ciclo dos animais e estimulando a ovulação. Porém, nesse procedimento, não há a superovulação, como na técnica de transferência de embrião.
“Até o momento, não podemos dizer exatamente o que aconteceu. Pelo fato dos animais terem sido protocolados, o protocolo pode ter induzido a mais de uma ovulação. Mas não é o que a gente espera desse procedimento. Não é um protocolo de indução de múltiplas ovulações. Algum desbalanço ocasional que causou a captação de mais de um oócito, que se desenvolveu no folículo, chegaram a ovular e foram concebidos”, avalia Luciano Lopes.
Embora o numericamente o nascimento de trigêmeos possa parecer melhor do que de apenas um, como é o comum, a situação não é desejável em uma fazenda.
“Três bezerros sacrificam muito a matriz e isso prejudica o retorno da ciclicidade dela. Além de favorecer muito a mortalidade desses bezerros. São animais leves, com dificuldade de mamar, vão demandar manejo mais intensificado da equipe da fazenda. Outro ponto importante é em relação à reprodução. Durante a gestação o embrião é prejudicado e os bezerros geralmente são inférteis”, explica o pesquisador.
Pesquisa
Os dois partos de trigêmeos foram os primeiros de um total de 160 novilhas inseminadas. O nascimento dos bezerros faz parte da pesquisa conduzida pela Embrapa Agrossilvipastoril que compara o desempenho de fêmeas nelore em quatro ambientes distintos: pecuária tradicional, integração lavoura-pecuária e integração pecuária-floresta com dois níveis de sombreamento (renques de linhas simples e linhas triplas de eucalipto).
São avaliados aspectos de reprodução, balanço hormonal, desenvolvimento folicular, sanidade animal e resposta imune. Dados preliminares indicam diferenças nos tratamentos, sinalizando que a presença de sombra favorece a imunidade e a precocidade dos animais.
A pesquisa é realizada em parceria com a Acrimat, que custeia parte das despesas de manejo e mão-de-obra e com a Acrinorte, que fornece os animais por meio de seus pecuaristas associados.
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