Produtores rurais contrataram R$ 156,6 bi em crédito de julho de 2019 a abril deste ano
Montante é 12% maior em comparação ao mesmo período da safra passada
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2019/2020 divulgado nesta sexta-feira (8) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa, com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), do Banco Central.
Das aplicações em custeio (total de R$
86,5 bilhões, alta de 12%), R$ 20,2 bilhões foram contratados por médios
produtores rurais (Pronamp - Programa Nacional de Apoio ao Médio
Produtor), um aumento de 40% em relação à safra anterior, com quase 136
mil contratos. Os agricultores familiares (Pronaf - Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar) contrataram R$ 12 bilhões
(16%), com 417,5 mil contratos.
As contratações na linha de
investimentos totalizaram R$ 42 bilhões no período analisado, alta de
19%. Os médios produtores contrataram R$ 2,2 bilhões (108%), com 18,2
mil contratos. Já os financiamentos aos pequenos agricultores
contabilizaram R$ 11,1 bilhões, alta de 17%, com 783 mil contratos.
Entre os programas de investimentos, tiveram destaque o Pronamp (+108%),
o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica - Inovagro (+66%) e o
Programa ABC (+47%).
O diretor de Crédito e Informação do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de
Araújo, destaca o crescimento do crédito para investimento contratado
pelos médios produtores. “Este desempenho, entre outros fatores,
resultou da possibilidade dos médios produtores terem acesso exclusivo
aos créditos de investimento, concedidos com recursos obrigatórios
provenientes dos depósitos à vista. E a abrangência do Pronamp foi
ampliada, pela incorporação de maior número de médios produtores
beneficiados, sendo de 19% o aumento no número de contratos de custeio,
enquanto para os demais produtores, não familiares, houve redução de
29%”, disse.
Os financiamentos para comercialização
apresentaram recuo de 14%, com R$ 18 bilhões e 19,2 mil contratos. Já a
linha de industrialização somou quase R$ 10 bilhões (68% de alta) e 974
contratos.
“O crescimento das contratações nas
diferentes modalidades de financiamento (custeio, investimento,
industrialização) e por todas as categorias de produtores (pequenos,
médios, grandes e cooperativas), apesar das reconhecidas dificuldades
enfrentadas por determinadas cadeias de produção, a exemplo de flores e
pescados, traduz-se num indicativo de confiança e expectativas positivas
àqueles direta ou indiretamente envolvidos no processo produtivo
agrícola. A agropecuária segue adiante”, ressalta o diretor.
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