Ministra
Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e ministro do
Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, se reuniram com
representantes do setor
A
ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), se reuniu hoje (27) com o ministro do Desenvolvimento Regional,
Rogério Marinho, para discutir medidas de fortalecimento da atividade da
carcinicultura no país, que é atividade de cultivo de camarões.
Representantes do setor que participaram da reunião solicitaram a
autorização para importação de matrizes de camarões livres ou
resistentes a doenças.
O objetivo do pedido, segundo o
presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC),
Itamar Rocha, é alavancar a atividade no Brasil, que tem um grande
potencial para crescer, principalmente na Região Nordeste, onde há maior
concentração de produtores, representando mais de 95% da atividade.
“Temos um produto nobre, mas precisamos realizar investimentos em
genética de qualidade. Assim, teremos um produto ainda mais competitivo
no mercado interno e externo”, afirmou.
A ministra Tereza Cristina destacou a
importância social e econômica do setor para o Brasil. Atualmente,
cerca de 70% são empreendimentos de micro e pequeno porte, 25% são
médios e 5%, grandes. Também participaram da reunião os secretários de
Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., e de Inovação, Desenvolvimento
Rural e Irrigação, Fernando Camargo.
Consulta pública
A ministra lembrou que o Mapa finalizou
recentemente uma consulta pública sobre a minuta do texto da análise de
risco de importação de camarões não viáveis (limpos, eviscerados, sem
casca e sem cabeça) destinados ao consumo humano. O objetivo foi estimar
os riscos de introdução e disseminação de doenças de camarão no
território nacional a partir da importação de camarões limpos destinados
ao consumo humano. A análise tem caráter genérico, ou seja, as
conclusões se aplicam ao produto originado de qualquer país exportador.
Foram analisados 44 agentes patogênicos
apontados como perigos potenciais para a carcinicultura nacional. Seis
foram retidos para a avaliação de risco e os outros 38 não foram
considerados perigosos, tendo em vista já terem sido reportados no
Brasil, ou porque não foram encontradas evidências científicas que
permitissem enquadrar o agente patogênico como um perigo. A fase agora é
de análise das sugestões apresentadas durante o processo de consulta
pública, que finalizou no dia 14 de fevereiro.
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