A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN – Emparn
confirmou na manhã desta quarta-feira, 19, a previsão de chuvas acima da
média histórica para o trimestre de março, abril e maio próximos. De
acordo com o meteorologista Gilmar Bistrot, os padrões
climáticos indicam a ocorrência de chuvas distribuídas em todas as
regiões do Estado, sendo 479 milímetros na região Oeste, 376 na região
Central, 342 na região Agreste e 533 milímetros na região Leste. Em todo
o ano de 2019 a média de chuvas foi de 840 milímetros.
“A previsão climática, a partir das condições
observadas desde janeiro deste ano indicam chuvas normais ou acima da
média histórica para o Rio Grande do Norte”, afirma o meteorologista.
Ele explica que explica que “as análises consideram parâmetros de
temperatura na superfície dos oceanos, ventos e pressão atmosférica”.
Segundo Bistrot há aquecimento no Atlântico Sul e temperatura baixa no
Pacífico e isto favorece ocorrências de chuvas no Nordeste brasileiro
nos próximos três meses. “Hoje há essa tendência”, reforçou.
A conclusão
apresentada pela Emparn resulta das análises também de meteorologistas
dos principais centros de previsão climática da região Nordeste que
promoveram em Parnamirim, nesta terça-feira, 18, a III Reunião de
Análise Climática para o Semiárido Nordestino – Etapa Rio Grande do
Norte.
Os especialistas fizeram o balanço dos primeiros
meses do ano, análises de modelos meteorológicos, condições atuais dos
oceanos e elaboração de boletins para o período.
A governadora Fátima Bezerra participou da
apresentação do boletim de análise e previsão climática, ocorrido no
auditório da Governadoria, e avaliou o quadro como animador. Ela
registrou que o Governo do RN tomou providências em apoio ao homem do
campo como a distribuição de sementes no período certo para aproveitar o
período das chuvas. “Inclusive”, destacou Fátima Bezerra, “este ano
entregamos também sementes crioulas, que são adaptadas às condições de
clima e solo de cada região do Estado, oferecendo assistência técnica
pela Emater e apoio à agricultura familiar”.
O RN é o primeiro Estado no Brasil a implantar o
sistema de aquisição e distribuição de sementes crioulas. Este ano foram
investidos R$ 600 mil na compra de grãos produzidos pela agricultura
familiar. “São produtos certificados pelo Mapa, de qualidade e com
germinação garantida. E já estamos trabalhando para ampliar as compras
para R$ 2 milhões em 2021, mais do que triplicando o investimento deste
ano”, informou a Governadora.
A presença de técnicos da Paraíba, Bahia,
Alagoas, Pernambuco e do Distrito Federal no RN para tratar do clima
mostra que temos uma “integração regional dos estados que enfrentam as
intempéries da seca e do semiárido. Isto é muito bom e produtivo por que
estamos somando conhecimento e buscando soluções efetivas”.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e
da Agricultura Familiar – SEDRAF, Alexandre Oliveira, disse que a
ocorrência de chuvas regulares “beneficia o agricultor e a produção com
garantia de colheita do milho e feijão principalmente, por que assegura a
alimentação animal e humana, o que tem forte impacto econômico e
social, mantendo as famílias produtivas. Temos no Rio Grande do Norte 60
mil cisternas e, com as chuvas, elas serão abastecidas, irão garantir o
consumo humano, a segurança alimentar e a produção de forragem para as
criações”.
César Oliveira, diretor geral da Emater, afirma
que a chuva é insumo indispensável para as ações no campo. A ocorrência
de precipitações regulares anima os agricultores e movimenta a economia
principalmente para os pequenos e médios produtores”.
Também participaram da apresentação do relatório o
coordenador da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Marcos Carvalho,
diretor do Instituto de Gestão das Águas do Estado do RN – Igarn, Mário
Manso, e meteorologistas dos estados que participaram da III Reunião de
Análise Climática para o Semiárido Nordestino.
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