Sebo bovino é segunda matéria-prima na produção de biodiesel
Quando
se fala de bovinos, logo vêm à mente, carnes como filé mignon, picanha,
alcatra, coxão mole, entre outras. Mas o aproveitamento do boi não se
restringe ao mero consumo de carne. Um conhecido ditado afirma que do
boi só não se aproveita o berro. Quanto engano. Do boi se utiliza tudo,
até mesmo o berro. Sabia que o sebo bovino é a segunda matéria-prima na
produção de biodiesel?
O sebo bovino hoje é visto como uma matéria estratégica na cadeia produtiva do biodiesel, com a participação atual de cerca de 13% da produção global deste biocombustível no Brasil. E, com a expectativa de aumentar a demanda por esse produto da indústria da reciclagem animal, com a perspectiva do aumento gradual da mistura no diesel que hoje é de 11% para 15%. Dessa forma, há uma estimativa de que o sebo bovino passe de 600 mil toneladas ano para próximo de um milhão de toneladas ano de biodiesel utilizando essa matéria-prima.
Cleber Soares, Diretor Executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa afirmou, “esta expectativa é muito boa para toda cadeia agropecuária bovina, principalmente para o setor final. “Espera-se um aumento de 50% na quantidade de sebo bovino usada na produção de biodiesel”.
As matérias-primas usadas na produção de biodiesel em 2018 foram de 70,07% a partir do óleo de soja, sendo o sebo bovino a segunda mais consumida, com participação de 13,12%. Desse total da gordura bovina, em termos de região, o Norte é o que mais tem inserção, cerca de 37%, sendo 33,76% no Sudeste, 24,45% no Nordeste, 13,99% no Sul e 5,96% no Centro-Oeste. Gorduras como a de suínos 2,13 e de aves 0,83 tiveram menor participação, e do material graxo de origem animal no mesmo patamar de sebo bovino, aproximadamente 13%. Por causa da composição química da gordura bovina, explica a pesquisadora da Embrapa Agroenergia Itânia Soares, as usinas produtoras de biodiesel costumam utilizar até 20% dessa gordura em mistura com os óleos vegetais para evitar a solidificação do biocombustível.
As gorduras animais são produzidas pelas indústrias de reciclagem animal, que coletam os resíduos de abates da indústria animal e as transformam nesta matéria-prima para os biocombustíveis. O biodiesel veio para agregar, se tornando o mais importante mercado consumidor para o sebo bovino, colaborando com vantagens econômicas, ambientais e sociais para toda cadeia de carnes e de biocombustíveis.
Aquilo que era resíduo e passivo ambiental passou a gerar energia limpa que substitui o fóssil com todas as externalidades positivas atreladas, destaca Lucas Cypriano, da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA). Ele conta que a coleta costumava se restringir às áreas mais próximas das indústrias, e muito resíduo de abate da indústria animal deixava de ser coletado. “O problema ambiental não era gerado pelo sebo ou pela indústria, mas pelo resíduo de abate da indústria animal ‘in natura’, ainda cru, na origem, sejam abatedouros ou açougues de pequeno ou médio porte, que simplesmente não era coletado”.
“O sebo bovino era tido de forma muito clássica como resíduo da produção e de derivados do frigorífico. A partir de 2005, com o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, o sebo como produto da indústria de reciclagem animal passou a ter um valor agregado, valorizando a atividade pecuária”, completou Cleber.
“O sebo mais valorado viabilizou a coleta pelas indústrias de reciclagem animal nos frigoríficos e casas de carne com distâncias maiores, viabilizou o uso de transportes mais rápidos, aumentando significativamente o volume coletado, contribuindo de forma significativa para preservação o meio ambiente”, ressalta Cypriano.
O sebo bovino como matéria-prima para o biodiesel será um dos temas do VII Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel que acontece de 04 a 07 de novembro. O evento, promovido pela RBTB, em parceria com a Embrapa Agroenergia e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), conta com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina.
Mais informações sobre o Congresso de Biodiesel também podem ser obtidas pelo email: biodiesel2019@fbeventos.com ou pelo telefone (43) 3025-5223. Acompanhe as novidades também pelos perfis do Congresso nas redes sociais.
O sebo bovino hoje é visto como uma matéria estratégica na cadeia produtiva do biodiesel, com a participação atual de cerca de 13% da produção global deste biocombustível no Brasil. E, com a expectativa de aumentar a demanda por esse produto da indústria da reciclagem animal, com a perspectiva do aumento gradual da mistura no diesel que hoje é de 11% para 15%. Dessa forma, há uma estimativa de que o sebo bovino passe de 600 mil toneladas ano para próximo de um milhão de toneladas ano de biodiesel utilizando essa matéria-prima.
Cleber Soares, Diretor Executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa afirmou, “esta expectativa é muito boa para toda cadeia agropecuária bovina, principalmente para o setor final. “Espera-se um aumento de 50% na quantidade de sebo bovino usada na produção de biodiesel”.
As matérias-primas usadas na produção de biodiesel em 2018 foram de 70,07% a partir do óleo de soja, sendo o sebo bovino a segunda mais consumida, com participação de 13,12%. Desse total da gordura bovina, em termos de região, o Norte é o que mais tem inserção, cerca de 37%, sendo 33,76% no Sudeste, 24,45% no Nordeste, 13,99% no Sul e 5,96% no Centro-Oeste. Gorduras como a de suínos 2,13 e de aves 0,83 tiveram menor participação, e do material graxo de origem animal no mesmo patamar de sebo bovino, aproximadamente 13%. Por causa da composição química da gordura bovina, explica a pesquisadora da Embrapa Agroenergia Itânia Soares, as usinas produtoras de biodiesel costumam utilizar até 20% dessa gordura em mistura com os óleos vegetais para evitar a solidificação do biocombustível.
As gorduras animais são produzidas pelas indústrias de reciclagem animal, que coletam os resíduos de abates da indústria animal e as transformam nesta matéria-prima para os biocombustíveis. O biodiesel veio para agregar, se tornando o mais importante mercado consumidor para o sebo bovino, colaborando com vantagens econômicas, ambientais e sociais para toda cadeia de carnes e de biocombustíveis.
Aquilo que era resíduo e passivo ambiental passou a gerar energia limpa que substitui o fóssil com todas as externalidades positivas atreladas, destaca Lucas Cypriano, da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA). Ele conta que a coleta costumava se restringir às áreas mais próximas das indústrias, e muito resíduo de abate da indústria animal deixava de ser coletado. “O problema ambiental não era gerado pelo sebo ou pela indústria, mas pelo resíduo de abate da indústria animal ‘in natura’, ainda cru, na origem, sejam abatedouros ou açougues de pequeno ou médio porte, que simplesmente não era coletado”.
“O sebo bovino era tido de forma muito clássica como resíduo da produção e de derivados do frigorífico. A partir de 2005, com o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, o sebo como produto da indústria de reciclagem animal passou a ter um valor agregado, valorizando a atividade pecuária”, completou Cleber.
“O sebo mais valorado viabilizou a coleta pelas indústrias de reciclagem animal nos frigoríficos e casas de carne com distâncias maiores, viabilizou o uso de transportes mais rápidos, aumentando significativamente o volume coletado, contribuindo de forma significativa para preservação o meio ambiente”, ressalta Cypriano.
O sebo bovino como matéria-prima para o biodiesel será um dos temas do VII Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel que acontece de 04 a 07 de novembro. O evento, promovido pela RBTB, em parceria com a Embrapa Agroenergia e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), conta com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina.
Mais informações sobre o Congresso de Biodiesel também podem ser obtidas pelo email: biodiesel2019@fbeventos.com ou pelo telefone (43) 3025-5223. Acompanhe as novidades também pelos perfis do Congresso nas redes sociais.
Embrapa Agroenergia
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