Projeto ABC Cerrado recupera de 93 mil hectares de áreas degradadas
Uma
área equivalente a 110 mil campos de futebol foi recuperada e tornou-se
produtiva com a adoção de algumas tecnologias voltadas para agricultura
de baixo carbono desenvolvidas pela Embrapa. Esse foi um dos resultados
do Projeto ABC Cerrado apresentado nessa quarta-feira (6/11), no
auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em
Brasília.
As tecnologias aliadas à capacitação dos produtores rurais e à assistência técnica e gerencial foi a combinação que levou ao sucesso da iniciativa. A ministra da Agricultura Tereza Cristina, presente no evento, enfatizou: “Esse projeto é importante e emblemático. É um exemplo para mostrarmos ao mundo, que está preocupado com o nosso meio ambiente”. A partir das ações implementadas, mais de 190 mil hectares foram incorporados às áreas de preservação permanente e às reservas legais, também como entrega do projeto.
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, garantiu que a Embrapa tem várias tecnologias que podem realmente contribuir para a melhoria da agricultura, da pecuária e silvicultura: “O que mostramos aqui hoje é como a tecnologia agropecuária pode apoiar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro”.
Moretti completa dizendo que as quatro tecnologias que integraram o projeto demonstraram que é possível alcançar maior sustentabilidade na produção agropecuária do País. “O Brasil não precisa cortar mais nenhuma árvore, não precisa tocar na Amazônia ou na Mata Atlântica. Só com a recuperação de pastagens degradadas, em 2030, o Brasil vai ser o maior produtor de alimentos, proteínas e fibras”, afirmou.
Os números do estudo inédito que avaliou os impactos da adoção das tecnologias pelos produtores rurais superaram todas expectativas, como avaliou o presidente da CNA, João Martins. Em três anos de execução, além das áreas, principalmente de pastagens, recuperadas, a iniciativa capacitou 7,8 mil produtores rurais, prestou mais de 214 mil horas de assistência técnica a partir de um diagnóstico individualizado e beneficiou mais de 18 mil pessoas, entre produtores, familiares, consultores, estudantes e outros públicos envolvidos, 54% a mais que a meta inicial.
As tecnologias aliadas à capacitação dos produtores rurais e à assistência técnica e gerencial foi a combinação que levou ao sucesso da iniciativa. A ministra da Agricultura Tereza Cristina, presente no evento, enfatizou: “Esse projeto é importante e emblemático. É um exemplo para mostrarmos ao mundo, que está preocupado com o nosso meio ambiente”. A partir das ações implementadas, mais de 190 mil hectares foram incorporados às áreas de preservação permanente e às reservas legais, também como entrega do projeto.
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, garantiu que a Embrapa tem várias tecnologias que podem realmente contribuir para a melhoria da agricultura, da pecuária e silvicultura: “O que mostramos aqui hoje é como a tecnologia agropecuária pode apoiar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro”.
Moretti completa dizendo que as quatro tecnologias que integraram o projeto demonstraram que é possível alcançar maior sustentabilidade na produção agropecuária do País. “O Brasil não precisa cortar mais nenhuma árvore, não precisa tocar na Amazônia ou na Mata Atlântica. Só com a recuperação de pastagens degradadas, em 2030, o Brasil vai ser o maior produtor de alimentos, proteínas e fibras”, afirmou.
Os números do estudo inédito que avaliou os impactos da adoção das tecnologias pelos produtores rurais superaram todas expectativas, como avaliou o presidente da CNA, João Martins. Em três anos de execução, além das áreas, principalmente de pastagens, recuperadas, a iniciativa capacitou 7,8 mil produtores rurais, prestou mais de 214 mil horas de assistência técnica a partir de um diagnóstico individualizado e beneficiou mais de 18 mil pessoas, entre produtores, familiares, consultores, estudantes e outros públicos envolvidos, 54% a mais que a meta inicial.
A
comprovação da necesidade de um maior apoio ao produtor está no
resultado que mostra que 11 vezes mais produtores adotaram as
tecnologias recomendadas, após receberem capacitação e assistência
técnica, quando comparados aos produtores que não foram envolvidos na
iniciativa.
Outro dado que chama a atenção é o número de
pequenos agricultores integrantes do projeto. Das 2 mil propriedades
rurais atendidas, 86% têm menos de 500 hectares. “Isso demonstra que
tecnologia de baixo carbono também é para pequenos produtores”, afirmou o
diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel
Carrara.
Produtores rurais são peças-chaves do processo
Em três anos, a pastagem que estava muito empobrecida, agora, com braquiária, consegue resistir aos períodos de estiagem, conta Rodrigo Barros, produtor de Brejolândia (Bahia), que também trocou a genética do gado. Agora, com um pequeno sistema de irrigação rotacionada, o pasto de boa qualidade nos cinco hectares da família garantiu que sua criação de gado quintuplicasse. “O projeto ABC Cerrado veio para abrir nossos olhos e eu passei a enxergar de maneira mais ampla como fazer qualquer atividade na nossa propriedade”.
Para cada um real investido pelo projeto, os produtores colocaram sete reais de volta. A implantação da tecnologia ficou completamente por conta de cada produtor. “Isso demonstra que eles acreditaram no projeto, que seria possível melhorar sua produção, sua renda, com soluções para suas propriedades”, conta o presidente da CNA. Alguns produtores, que produziam 45 a 50 litros por dia passaram a produzir 300 litros, um excelente resultado alcançado com a ajuda do ABC Cerrado, afirma João Martins.
De 100 animais, o Antônio Luiz Andrade, que tem uma propriedade em Codó, no Maranhão, passou a criar 300 na mesma área, após colocar em prática as recomendações para melhorar suas pastagens. “A tecnologia é de grande importância, principalmente para o pequeno produtor, que não tem condição de ter um agrônomo, um técnico para acompanhá-lo. O pequeno produtor, a maioria, não tem o conhecimento técnico”. Antônio plantou os capins mombaça e braquiária, além de milho, para complementar a dieta dos bovinos durante o período de engorda, iniciando um sistema de integração Lavoura-Pecuária. Antes disso, ele fez o preparo do solo. “Eu nunca tinha feito a análise do solo. Eu fiz a análise, fiz adubação, como recomendado, pela primeira vez”, lembra com entusiasmo.
Com a implantação de uma ou mais dentre as quatro tecnologias do projeto – recuperação de pastagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema Plantio Direto e florestas plantadas, os produtores da Bahia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Tocantins e do Distrito Federal ganharam em produtividade e aumentaram a sustentabilidade de seus negócios.
À Embrapa coube a coordenação da vertente técnica do ABC Cerrado. “Participamos desde o início, desde a concepção do projeto. Nós revisamos todas as tecnologias que foram incorporados ao projeto, fizemos o treinamento dos consultores, os consultores capacitaram os técnicos, que capacitaram os produtores rurais – essa foi a sequência da metodologia do programa”, explicou Claudio Karia, chefe-geral da Embrapa Cerrados.
Para Karia, outro ganho do projeto foi mostrar que o problema não está na geração da tecnologia e sim em como fazer essa tecnologia, esse conhecimento, chegar ao produtor. “Nesse caso, foi importante achar interlocutores que tivessem capilaridade e condições de chegar ao produtor, como o Senar”, explica.
Outro diferencial do ABC Cerrado foi a oferta de uma assistência técnica individualizada. “Para cada propriedade foi transferida a tecnologia adequada. Hoje temos que trabalhar com eficiência, com indicadores, sabendo que o produtor vai investir um real e no futuro vai tirar dez, com a tecnologia adequada à característica do produtor”, explica Daniel Carrara. Ele contou que a adoção de uma metodologia para mensurar os resultados do projeto veio pela parceria com a Embrapa.
A ministra da Agricultura também acredita no arranjo do ABC Cerrado. “Esse projeto vai continuar. Os produtores capacitados vão seguir usando essas tecnologias e os vizinhos vão adotar também. Em breve, com os acordos que estamos fazendo com vários países, vamos ter que aumentar nossa produção. Aí está a resposta de como vamos fazer isso”, sinalizou Tereza Cristina.
Produtores rurais são peças-chaves do processo
Em três anos, a pastagem que estava muito empobrecida, agora, com braquiária, consegue resistir aos períodos de estiagem, conta Rodrigo Barros, produtor de Brejolândia (Bahia), que também trocou a genética do gado. Agora, com um pequeno sistema de irrigação rotacionada, o pasto de boa qualidade nos cinco hectares da família garantiu que sua criação de gado quintuplicasse. “O projeto ABC Cerrado veio para abrir nossos olhos e eu passei a enxergar de maneira mais ampla como fazer qualquer atividade na nossa propriedade”.
Para cada um real investido pelo projeto, os produtores colocaram sete reais de volta. A implantação da tecnologia ficou completamente por conta de cada produtor. “Isso demonstra que eles acreditaram no projeto, que seria possível melhorar sua produção, sua renda, com soluções para suas propriedades”, conta o presidente da CNA. Alguns produtores, que produziam 45 a 50 litros por dia passaram a produzir 300 litros, um excelente resultado alcançado com a ajuda do ABC Cerrado, afirma João Martins.
De 100 animais, o Antônio Luiz Andrade, que tem uma propriedade em Codó, no Maranhão, passou a criar 300 na mesma área, após colocar em prática as recomendações para melhorar suas pastagens. “A tecnologia é de grande importância, principalmente para o pequeno produtor, que não tem condição de ter um agrônomo, um técnico para acompanhá-lo. O pequeno produtor, a maioria, não tem o conhecimento técnico”. Antônio plantou os capins mombaça e braquiária, além de milho, para complementar a dieta dos bovinos durante o período de engorda, iniciando um sistema de integração Lavoura-Pecuária. Antes disso, ele fez o preparo do solo. “Eu nunca tinha feito a análise do solo. Eu fiz a análise, fiz adubação, como recomendado, pela primeira vez”, lembra com entusiasmo.
Com a implantação de uma ou mais dentre as quatro tecnologias do projeto – recuperação de pastagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema Plantio Direto e florestas plantadas, os produtores da Bahia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Tocantins e do Distrito Federal ganharam em produtividade e aumentaram a sustentabilidade de seus negócios.
À Embrapa coube a coordenação da vertente técnica do ABC Cerrado. “Participamos desde o início, desde a concepção do projeto. Nós revisamos todas as tecnologias que foram incorporados ao projeto, fizemos o treinamento dos consultores, os consultores capacitaram os técnicos, que capacitaram os produtores rurais – essa foi a sequência da metodologia do programa”, explicou Claudio Karia, chefe-geral da Embrapa Cerrados.
Para Karia, outro ganho do projeto foi mostrar que o problema não está na geração da tecnologia e sim em como fazer essa tecnologia, esse conhecimento, chegar ao produtor. “Nesse caso, foi importante achar interlocutores que tivessem capilaridade e condições de chegar ao produtor, como o Senar”, explica.
Outro diferencial do ABC Cerrado foi a oferta de uma assistência técnica individualizada. “Para cada propriedade foi transferida a tecnologia adequada. Hoje temos que trabalhar com eficiência, com indicadores, sabendo que o produtor vai investir um real e no futuro vai tirar dez, com a tecnologia adequada à característica do produtor”, explica Daniel Carrara. Ele contou que a adoção de uma metodologia para mensurar os resultados do projeto veio pela parceria com a Embrapa.
A ministra da Agricultura também acredita no arranjo do ABC Cerrado. “Esse projeto vai continuar. Os produtores capacitados vão seguir usando essas tecnologias e os vizinhos vão adotar também. Em breve, com os acordos que estamos fazendo com vários países, vamos ter que aumentar nossa produção. Aí está a resposta de como vamos fazer isso”, sinalizou Tereza Cristina.
Embrapa Cerrados
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