segunda-feira, 21 de outubro de 2019

FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR >> Sociedade civil do campo apresentará proposta ao Consórcio Nordeste


Salvador, capital da Bahia, acolhe um momento importante para o fortalecimento da agricultura familiar no Semiárido nordestino, no dia 17 de outubro. Os movimentos e organizações do campo se reuniram para definir as pautas prioritárias para a região e encaminhá-las ao Consórcio Nordeste, formado pelos governadores dos nove estados, como pleito unificado da sociedade civil organizada.
A Reunião Regional de Alinhamento e Proposição de Ações de Desenvolvimento Rural junto ao Consórcio Nordeste foi convocada pelo senador Jaques Wagner (PT/BA) e pelo Secretário Executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas, após uma provocação da Articulação do Campo. Este fórum do Campo reúne várias redes e movimentos que atuam com a agricultura familiar. Entre elas, estão a Articulação Baiana de Agroecologia, a ASA Bahia, o Fórum Baiano de Agricultura Familiar, a Rede de Escolas Família Agrícola e os movimentos dos Pequenos Agricultores e dos Atingidos por Barragens.
Segundo Naidison Baptista, da coordenação executiva da ASA Brasil pelo estado da Bahia, as propostas serão bem concretas, com estratégias e, possivelmente, metas e recursos necessários para implementá-las. "O debate vai girar ao redor de temas bem práticos e que tenham mais apelo para a população e para os próprios governadores", afirma. Por sua vez, Ivan Leite, assessor técnico especial da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia, avalia que o tema desenvolvimento rural integra, com prioridade, a agenda do Consórcio Nordeste. "Para isso, é necessário uma boa formulação de propostas e, o mais importante, de estratégias de atuação do Consórcio para atuar nelas", comenta.
Os eixos temáticos em pauta foram água, que terá como referência a política pública construída com participação da ASA a partir das tecnologias sociais de captação e armazenamento da chuva; compras governamentais dos produtos da agricultura familiar, baseados nos programas já existentes como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); e agroecologia, como modelo de produção de alimentos livres de agrotóxicos e que promove a conservação da biodiversidade e valoriza os campesinos/as e seus saberes.


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