quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Governo vai incentivar maior oferta de seguro aquícola em 2020

GESTÃO DE RISCOS

Tema foi debatido em Congresso internacional do setor, em Foz do Iguaçu
Equipe do Mapa participou do International Fish Congress & Fish Expo Brasil
Equipe do Mapa participou do International Fish Congress & Fish Expo Brasil
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) organizou um debate sobre gestão de risco e contribuições para viabilizar o seguro aquícola, durante o International Fish Congress & Fish Expo Brasil, realizado na semana passada em Foz do Iguaçu (PR). A iniciativa foi uma ação conjunta da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) e da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa.
No encontro, o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr, e o diretor do Departamento de Gestão de Riscos, Pedro Loyola, anunciaram  que em 2020 a Secretaria de Política Agrícola vai encaminhar ao Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural a proposta de destinar recurso específico para a subvenção do seguro aquícola. O objetivo é despertar o interesse no mercado para que mais companhias seguradoras ofereçam o seguro aquícola, ampliando canais de distribuição de corretores, cooperativas e instituições financeiras que atendam a cadeia produtiva.
Como encaminhamento, foi acordada a realização de um workshop para um maior refinamento das informações. Governo e o setor produtivo farão uma coleta de dados regionais, por espécies e tipo de sistemas para serem apresentados às seguradoras. As empresas deverão informar quais os dados e documentos que necessitam, e quais os fatores que interferem na precificação do Seguro.
Com o desenvolvimento do seguro rural, pretende-se uma maior estabilidade do fluxo de caixa e da renda dos produtores, além de maior eficiência de produção e de produtividade pela indução ao uso de tecnologias para melhorar a competitividade do setor e contribuir para que o Brasil possa se tornar um grande exportador de pescado de aquicultura.
No encontro com o Mapa, participaram as entidades representativas do setor produtivo como a Associação Brasileira de Piscicultura - PeixeBR e a Associação Brasileira dos Criadores de Camarão-ABCC, e da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) com seis companhias seguradoras, além de técnicos de aquicultura, produtores e cooperativas.
Dados do setor
O Diretor de Aquicultura da SAP, Maurício Pessôa, apresentou dados que retratam a situação do setor. Conforme o censo do IBGE, em 2017 havia 455.541 unidades de estabelecimentos de criação de peixes e camarões, sendo que mais de 95% são pequenos empreendimentos. A cadeia produtiva Aquícola movimenta cifras superiores a R$ 10 bilhões ao ano.
Segundo Pessôa, a FAO estima que o mercado mundial, necessitará 30 milhões de toneladas a mais de pescado nos próximos 10 anos. E o Brasil, por meio da Aquicultura, é um dos países que podem prover de forma competitiva este nobre alimento.
As entidades representativas apresentaram o agronegócio da piscicultura nacional e da carcinicultura (criação de crustáceos) e as oportunidades de desenvolvimento dessa cadeia produtiva. 
O evento teve também a participação de especialistas em seguros internacionais. Martin Tellez, representante da FIRA (Los Fideicomisos Instituidos en Relación con la Agricultura), demonstrou o funcionamento dos fundos mútuos de seguro aquícola no México. O especialista português em aquicultura Rui Gomes Ferreira, da empresa Longline, de Londres, apresentou a experiência internacional com seguro aquícola. 

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