Ciclo da atividade solar pode trazer chuvas numerosas ao RN até 2022, diz Emparn
O meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), disse que as previsões climáticas para o Estado em 2020 são animadoras.
Com base em informações da agência de meteorologia dos Estados Unidos e na análise dos sistemas meteorológicos, Gilmar revelou que as condições atmosféricas no momento indicam que o semiárido nordestino poderá registrar ano que vem mais um ano de boas chuvas.
Ele anunciou pela primeira vez a previsão para próximo ano em palestra no 2º Encontro Estadual de Comitês de Bacia Hidrográfica, que aconteceu até a última quinta-feira, 12, no auditório do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Ao abordar o tema “Previsão Climática para 2020 – Primeiras Observações Visando a Segurança Hídrica”, o meteorologista da Emparn fez um histórico dos períodos mais secos e mais chuvosos no Rio Grande do Norte e no Nordeste, destacando a ligação direta com os anos de maior ou menor atividade solar com o aquecimento ou resfriamento dos oceanos Pacífico Equatorial e Atlântico Norte e Sul.
Segundo o meteorologista, o sol, quando em atividade máxima, emite mais energia para o universo, e essa energia é armazenada e transformada em calor pelos oceanos. Isso pode influenciar na formação do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico, o que colabora com estiagens no Nordeste.
“O comportamento da atividade solar é cíclico, apresentando máximos e mínimos de atividade. Como consequência disso, ocorrem períodos secos como o que ocorreu entre os anos de 2012 a 2017 e anos chuvosos como foi o caso de 2008 e 2009”, explicou.
Na análise dos meteorologistas, segundo Bristot, esse ciclo mais úmido iniciado em 2018 poderá se estender até 2022, como mostram estudos preliminares da Nasa com referência ao comportamento da atividade solar que está no seu mínimo e deverá continuar nos próximos três anos.
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