Quais são e como prevenir os principais tipos de clostridioses em bovinos?
Embora seja uma estimativa, o impacto das clostridioses
no rebanho brasileiro é significativo: ao menos 400 mil animais morrem
por ano por conta das doenças causadas pelas toxinas produzidas pelas
bactérias do gênero Clostridium. “Mas eu acredito que seja até mais”, afirmou o médico veterinário Roulber Silva, gerente técnico da Boehringer Saúde Animal, em entrevista ao Giro do Boi.
Segundo Roulber, tais bactérias têm características diferentes das demais. Sua grande capacidade de resistência ao meio ambiente dificulta seu controle e proliferação no tubo digestivo e no trato intestinal dos bovinos, causando doenças como o famoso botulismo, tétano, carbúnculo sintomático, manqueira, gangrenas gasosas e enterotoxemia.
+ Botulismo em gado de corte: o que é e como fazer a prevenção?
Quando um animal apresenta sintomas, a reversão do caso torna-se muito difícil. A morte é praticamente certa e raramente é um caso isolado, pois as clostridioses costumam se apresentar através de surtos em rebanhos inteiros. “Você vai ter sérios problemas no seu rebanho se não fizer a prevenção. […] Quando a gente fala de animais de produção, a gente fala de prevenção, não de tratamento”, recomendou o veterinário.
A boa notícia é que a prevenção das clostridioses pode ocorrer junto ao calendário nacional de vacinação contra a febre aftosa. Na primeira etapa da campanha, que ocorre em maio, por exemplo, o pecuarista pode aproveitar para vacinar o rebanho contra as principais tipos das doenças causadas pelas bactérias.
“É muito simples fazer a prevenção. Hoje nós temos duas campanhas no Brasil de vacinação contra a febre aftosa e o uso de vacinas para clostridioses consegue se adaptar a esses momentos, aproveitar esse manejo. O único cuidado específico a se tomar é com os bezerros. Nós podemos vaciná-los a partir dos quatro meses de idade com uma dose e entre 30 a 90 dias depois, repetir a dose. Como ela é uma vacina com toxina inativada, são duas doses iniciais. Depois o pecuarista pode fazer o reforço anual. É claro que este processo vai depender muito do tamanho do desafio da fazenda, mas de forma geral no Brasil a gente vacina o bezerro duas vezes e depois faz reforços anuais, que podem se adaptar à campanha de febre aftosa”, resumiu Roulber.
Nota do Blog: A clostridiose também ataca os rebanhos caprinos e ovinos. Após o período chuvoso, muitos produtores rurais perderam animais aqui na Região Central do Estado. Este blog publicou várias vezes, para que fosse realizado um estudo dessa bactéria que acometeu os pequenos ruminantes nesta região.
Segundo Roulber, tais bactérias têm características diferentes das demais. Sua grande capacidade de resistência ao meio ambiente dificulta seu controle e proliferação no tubo digestivo e no trato intestinal dos bovinos, causando doenças como o famoso botulismo, tétano, carbúnculo sintomático, manqueira, gangrenas gasosas e enterotoxemia.
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Quando um animal apresenta sintomas, a reversão do caso torna-se muito difícil. A morte é praticamente certa e raramente é um caso isolado, pois as clostridioses costumam se apresentar através de surtos em rebanhos inteiros. “Você vai ter sérios problemas no seu rebanho se não fizer a prevenção. […] Quando a gente fala de animais de produção, a gente fala de prevenção, não de tratamento”, recomendou o veterinário.
A boa notícia é que a prevenção das clostridioses pode ocorrer junto ao calendário nacional de vacinação contra a febre aftosa. Na primeira etapa da campanha, que ocorre em maio, por exemplo, o pecuarista pode aproveitar para vacinar o rebanho contra as principais tipos das doenças causadas pelas bactérias.
“É muito simples fazer a prevenção. Hoje nós temos duas campanhas no Brasil de vacinação contra a febre aftosa e o uso de vacinas para clostridioses consegue se adaptar a esses momentos, aproveitar esse manejo. O único cuidado específico a se tomar é com os bezerros. Nós podemos vaciná-los a partir dos quatro meses de idade com uma dose e entre 30 a 90 dias depois, repetir a dose. Como ela é uma vacina com toxina inativada, são duas doses iniciais. Depois o pecuarista pode fazer o reforço anual. É claro que este processo vai depender muito do tamanho do desafio da fazenda, mas de forma geral no Brasil a gente vacina o bezerro duas vezes e depois faz reforços anuais, que podem se adaptar à campanha de febre aftosa”, resumiu Roulber.
Nota do Blog: A clostridiose também ataca os rebanhos caprinos e ovinos. Após o período chuvoso, muitos produtores rurais perderam animais aqui na Região Central do Estado. Este blog publicou várias vezes, para que fosse realizado um estudo dessa bactéria que acometeu os pequenos ruminantes nesta região.
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