Desbaste de árvores mantém equilíbrio em sistemas integrados de produção
O
manejo das árvores em áreas de integração Lavoura-Pecuária–Floresta é
estratégico para garantir o equilíbrio desse sistema de produção. O
desbaste é uma das principais práticas para manter a produtividade da
pastagem e melhorar a qualidade da madeira remanescente.
A retirada de parte das árvores favorece a incidência de luz necessária para o desenvolvimento da forrageira e da cultura agrícola. As que permanecem proporcionam conforto térmico aos animais.
De acordo com o pesquisador José Ricardo Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), vários são os benefícios da implantação do componente arbóreo em um sistema de produção, mas é importante o produtor saber qual sua finalidade para planejar o número de árvores por hectare. Se a finalidade for conforto térmico aos animais, não é necessário um número muito elevado. Cerca de 100 plantas por hectare são suficientes. No caso de agregar valor ao sistema, com o objetivo de obtenção de madeira, o ideal é mais de 150 por hectare.
O desbaste também depende da quantidade de árvores no sistema. Até 150 por hectare, geralmente, o produtor fará apenas o corte final. Se for eucalipto, em média, com 12 anos de idade. Em modelos com mais de 400 plantas por hectare, indica-se dois cortes em um ciclo de 12 anos para manter o equilíbrio do sistema.
Para saber o momento certo, Pezzopane recomenda o acompanhamento constante. “Monitorar o nível de retenção de luz pelas árvores. Quando esse nível passa de 35%, está na hora de fazer o desbaste”, explica. Verificar frequentemente o crescimento do diâmetro e da altura também contribui para definição do ponto ideal. A estabilização do crescimento das árvores é um indicativo para o manejo. Deve-se atentar ainda ao vigor das pastagens. Quando o pasto perde o potencial produtivo, a orientação é retirar algumas árvores. Outra recomendação é aproveitar as oportunidades de exploração da madeira para usos específicos na própria fazenda ou venda.
Em relação à idade do sistema, quando o produtor for fazer apenas um desbate, ele pode ser feito entre o sexto e o sétimo ano de implantação da ILPF. No caso de dois manejos, entre quatro e cinco anos, o primeiro; e, oito e nove, o segundo.
O pesquisador fala sobre a importância do desbaste no vídeo Manejo de árvores em ILPF.
Sistema experimental
Na área experimental de ILPF da Embrapa Pecuária Sudeste está sendo realizado o segundo desbaste. O manejo, que começou em agosto, vai retirar cerca de 800 eucaliptos em 12 hectares.
O sistema foi implantado em 2011 com aproximadamente quatro mil árvores. Metade foi retirada no primeiro desbaste, que ocorreu em 2016.
No experimento estão sendo avaliados vários dados para aprofundar o conhecimento sobre esse conceito de produção mais sustentável. Um dos objetivos da pesquisa, segundo Pezzopane, é quantificar qual o potencial de um sistema integrado com árvores em sequestrar o carbono da atmosfera por meio da madeira.
A retirada de parte das árvores favorece a incidência de luz necessária para o desenvolvimento da forrageira e da cultura agrícola. As que permanecem proporcionam conforto térmico aos animais.
De acordo com o pesquisador José Ricardo Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), vários são os benefícios da implantação do componente arbóreo em um sistema de produção, mas é importante o produtor saber qual sua finalidade para planejar o número de árvores por hectare. Se a finalidade for conforto térmico aos animais, não é necessário um número muito elevado. Cerca de 100 plantas por hectare são suficientes. No caso de agregar valor ao sistema, com o objetivo de obtenção de madeira, o ideal é mais de 150 por hectare.
O desbaste também depende da quantidade de árvores no sistema. Até 150 por hectare, geralmente, o produtor fará apenas o corte final. Se for eucalipto, em média, com 12 anos de idade. Em modelos com mais de 400 plantas por hectare, indica-se dois cortes em um ciclo de 12 anos para manter o equilíbrio do sistema.
Para saber o momento certo, Pezzopane recomenda o acompanhamento constante. “Monitorar o nível de retenção de luz pelas árvores. Quando esse nível passa de 35%, está na hora de fazer o desbaste”, explica. Verificar frequentemente o crescimento do diâmetro e da altura também contribui para definição do ponto ideal. A estabilização do crescimento das árvores é um indicativo para o manejo. Deve-se atentar ainda ao vigor das pastagens. Quando o pasto perde o potencial produtivo, a orientação é retirar algumas árvores. Outra recomendação é aproveitar as oportunidades de exploração da madeira para usos específicos na própria fazenda ou venda.
Em relação à idade do sistema, quando o produtor for fazer apenas um desbate, ele pode ser feito entre o sexto e o sétimo ano de implantação da ILPF. No caso de dois manejos, entre quatro e cinco anos, o primeiro; e, oito e nove, o segundo.
O pesquisador fala sobre a importância do desbaste no vídeo Manejo de árvores em ILPF.
Na área experimental de ILPF da Embrapa Pecuária Sudeste está sendo realizado o segundo desbaste. O manejo, que começou em agosto, vai retirar cerca de 800 eucaliptos em 12 hectares.
O sistema foi implantado em 2011 com aproximadamente quatro mil árvores. Metade foi retirada no primeiro desbaste, que ocorreu em 2016.
No experimento estão sendo avaliados vários dados para aprofundar o conhecimento sobre esse conceito de produção mais sustentável. Um dos objetivos da pesquisa, segundo Pezzopane, é quantificar qual o potencial de um sistema integrado com árvores em sequestrar o carbono da atmosfera por meio da madeira.
Embrapa Pecuária
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