Mesmo com desaceleração de alta dos preços de alimentos, inflação ainda é superior para os mais pobres | |||
Em maio, pelo segundo mês consecutivo, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou desaceleração no ritmo de crescimento dos preços em todas as classes pesquisadas, especialmente para a classe de renda mais baixa. Assim como ocorrido em abril, o arrefecimento da inflação das famílias mais pobres veio da melhora no comportamento dos alimentos, tendo em vista que, em maio, dos dezesseis subgrupos que compõem o segmento alimentação no domicílio, dez apresentaram deflação. As maiores quedas dos preços dos alimentos ocorreram em itens de grande peso no consumo das classes de menor renda, como cereais (-5,0%), tubérculos (-7,3%), hortaliças (-4,6%) e frutas (-2,9%), o que fez com que o grupo alimentação apresentasse uma contribuição negativa de 0,19 ponto percentual (p.p.) para a inflação da faixa mais pobre da população. Fato que ajudou, inclusive, a anular, pelo menos em parte, os efeitos da alta nos preços da energia elétrica (2,2%), do gás de botijão (1,4%) e dos produtos farmacêuticos (0,82%), que geraram contribuições de 0,19 p.p. e 0,06 p.p. para os grupos habitação e saúde e despesas pessoais, respectivamente. Após a incorporação do resultado de maio, observa-se que, embora a diferença entre as classes tenha diminuído no acumulado em doze meses, a inflação do segmento mais pobre da população é ainda mais alta. De junho de 2018 a maio de 2019, a inflação da faixa de menor poder aquisitivo acumula alta de 5,01%, situando-se 0,57 p.p. acima da registrada no segmento de renda mais elevada (4,44%). Veja a análise completa do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda de maio/2019 | |||
FONTE: Ipea | |||
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