Embrapa lança as primeiras variedades de maracujá ornamental brasileiras
Cinco
cultivares de maracujá com fim ornamental foram lançadas pela Embrapa
Cerrados (DF) nessa quinta-feira, 16, durante a AgroBrasília 2019. Essas
são as primeiras espécies brasileiras disponíveis no mercado. São as
BRS Estrela do Cerrado, BRS Rubiflora e BRS Roseflora, com flores de
coloração vermelho intenso, a BRS Rosea Púrpura, com flores cor-de-rosa,
e BRS Céu do Cerrado, com tom azulado.
O diferencial dessas cultivares é que elas são completamente adaptadas ao clima brasileiro, diferente das outras disponíveis hoje no mercado. “Resultado de 15 anos de pesquisa, elas se adaptam perfeitamente ao clima tropical”, explica Fábio Faleiros, pesquisador da Embrapa Cerrados responsável pela pesquisa.
O trabalho de pesquisa começou com a coleta de amostras na Amazônia, no Cerrado e em áreas de transição com a Caatinga. A partir dessas coletas, foi feito um trabalho de melhoramento genético. O resultado foram flores com combinações de cores diferentes, com florescimento durante vários meses e resistentes às pragas e doenças mais comuns no país. As plantas são indicadas para jardins, plantio em vasos, cercas, pérgulas e muros.
Durante o lançamento, o gerente da Emater PAD/DF, Marconi Moreira Borges, destacou que o Distrito Federal tem o segundo maior mercado de flores do País. “O DF é um campo muito favorável para a exploração dos maracujás ornamentais que foram lançados hoje, já que temos um mercado muito grande de paisagismo e floricultura”, informa. Moreira explica que as espécies ornamentais se mostram como uma ótima oportunidade para os agricultores: “Somos grandes importadores de plantas ornamentais, produzimos aqui apenas 5%. Brasília tem o maior PIB per capita do País, então esses maracujás vêm ocupar um espaço para paisagismo em mansões e grandes espaços para ornamentação. O grande diferencial é que eles têm floração durante o ano inteiro e essa é uma condição muito difícil de se encontrar nas plantas”.
O gerente arrisca: “Acredito que as cultivares lançadas vão ocupar rapidamente um espaço nessa linha de paisagismo. Como já existem viveiristas produzindo as mudas, rapidamente vamos ocupar uma boa parcela desse mercado”.
E ontem mesmo já havia pessoas interessadas em aproveitar as vantagens das cultivarem em projetos de paisagismo. Em breve, os maracujazeiros da Embrapa poderão ser vistos na Escola da Natureza, no Parque da Cidade, em Brasília. “A ideia é levar essas novidades da feira para que as crianças possam conhecer um pouco mais sobre o Cerrado. No caso do maracujazeiro que vimos hoje, além ser lindo, na escola, ele vai ter a função de fazer um sombreamento, de embelezar o espaço e também trazer a abordagem da importância de se cuidar do Cerrado”, explica a professora Márcia Diniz Alves.
O coordenador da escola, Gustavo Rosa Guedes, vê ainda que a partir desse material será possível ensinar aos alunos que há muita pesquisa científica por trás daquela planta, transformando-a em um elemento pedagógico. “Tem mais um ganho para as crianças. Além de ser ornamental, também tem a questão da ciência que está envolvida, da importância dela para o País. Sem pesquisa, não conseguimos avançar, inclusive nas questões econômicas”, acrescenta.
Também tem quem está procurando opções para começar um cultivo. É o caso de Marcelo Lima Rodrigues, que tem uma propriedade de dois hectares no Lago Oeste (DF) e quer começar uma pequena produção. “Conversamos com o pesquisador do maracujá [Fábio Faleiro] e essa é uma opção que estamos pensando em levar pra lá”, afirma o visitante.
Louislane Rocha, coordenadora do Programa de Floricultura da Emater/DF destaca que os maracujás lançados na AgroBrasília atendem a uma necessidade da cadeia produtiva, que só não decola na área da floricultura por falta de envolvimento da pesquisa científica, para desenvolver materiais específicos para a região.
A coordenadora informa que a cadeia produtiva de plantas para paisagismo no Distrito Federal movimenta R$ 107 milhões por ano e envolve 15 produtores e que agora tem grande potencial de crescimento. “E existindo no DF uma pessoa responsável pelo fornecimento de mudas de qualidade, fechamos a cadeia produtiva”, encerra, referindo-se aos viveiristas que já estão credenciados para a comercialização do material para todo o Brasil.
A propagação dos maracujazeiros ornamentais é feita por estaca ou muda, para manter a identidade da flor. E em cerca de 40 dias, eles já florescem. “Apenas três mudas são suficientes para preencher um muro de uma casa”, informa o pesquisador.
Quem quiser conhecer os maracujás ornamentais pode visitar a Vitrine de Tecnologias da Embrapa na AgroBrasília 2019, que acontece até amanhã, 18 de maio, no PAD-DF, localizado a 60 Km de Brasília.
O diferencial dessas cultivares é que elas são completamente adaptadas ao clima brasileiro, diferente das outras disponíveis hoje no mercado. “Resultado de 15 anos de pesquisa, elas se adaptam perfeitamente ao clima tropical”, explica Fábio Faleiros, pesquisador da Embrapa Cerrados responsável pela pesquisa.
O trabalho de pesquisa começou com a coleta de amostras na Amazônia, no Cerrado e em áreas de transição com a Caatinga. A partir dessas coletas, foi feito um trabalho de melhoramento genético. O resultado foram flores com combinações de cores diferentes, com florescimento durante vários meses e resistentes às pragas e doenças mais comuns no país. As plantas são indicadas para jardins, plantio em vasos, cercas, pérgulas e muros.
Durante o lançamento, o gerente da Emater PAD/DF, Marconi Moreira Borges, destacou que o Distrito Federal tem o segundo maior mercado de flores do País. “O DF é um campo muito favorável para a exploração dos maracujás ornamentais que foram lançados hoje, já que temos um mercado muito grande de paisagismo e floricultura”, informa. Moreira explica que as espécies ornamentais se mostram como uma ótima oportunidade para os agricultores: “Somos grandes importadores de plantas ornamentais, produzimos aqui apenas 5%. Brasília tem o maior PIB per capita do País, então esses maracujás vêm ocupar um espaço para paisagismo em mansões e grandes espaços para ornamentação. O grande diferencial é que eles têm floração durante o ano inteiro e essa é uma condição muito difícil de se encontrar nas plantas”.
O gerente arrisca: “Acredito que as cultivares lançadas vão ocupar rapidamente um espaço nessa linha de paisagismo. Como já existem viveiristas produzindo as mudas, rapidamente vamos ocupar uma boa parcela desse mercado”.
E ontem mesmo já havia pessoas interessadas em aproveitar as vantagens das cultivarem em projetos de paisagismo. Em breve, os maracujazeiros da Embrapa poderão ser vistos na Escola da Natureza, no Parque da Cidade, em Brasília. “A ideia é levar essas novidades da feira para que as crianças possam conhecer um pouco mais sobre o Cerrado. No caso do maracujazeiro que vimos hoje, além ser lindo, na escola, ele vai ter a função de fazer um sombreamento, de embelezar o espaço e também trazer a abordagem da importância de se cuidar do Cerrado”, explica a professora Márcia Diniz Alves.
O coordenador da escola, Gustavo Rosa Guedes, vê ainda que a partir desse material será possível ensinar aos alunos que há muita pesquisa científica por trás daquela planta, transformando-a em um elemento pedagógico. “Tem mais um ganho para as crianças. Além de ser ornamental, também tem a questão da ciência que está envolvida, da importância dela para o País. Sem pesquisa, não conseguimos avançar, inclusive nas questões econômicas”, acrescenta.
Também tem quem está procurando opções para começar um cultivo. É o caso de Marcelo Lima Rodrigues, que tem uma propriedade de dois hectares no Lago Oeste (DF) e quer começar uma pequena produção. “Conversamos com o pesquisador do maracujá [Fábio Faleiro] e essa é uma opção que estamos pensando em levar pra lá”, afirma o visitante.
Louislane Rocha, coordenadora do Programa de Floricultura da Emater/DF destaca que os maracujás lançados na AgroBrasília atendem a uma necessidade da cadeia produtiva, que só não decola na área da floricultura por falta de envolvimento da pesquisa científica, para desenvolver materiais específicos para a região.
A coordenadora informa que a cadeia produtiva de plantas para paisagismo no Distrito Federal movimenta R$ 107 milhões por ano e envolve 15 produtores e que agora tem grande potencial de crescimento. “E existindo no DF uma pessoa responsável pelo fornecimento de mudas de qualidade, fechamos a cadeia produtiva”, encerra, referindo-se aos viveiristas que já estão credenciados para a comercialização do material para todo o Brasil.
A propagação dos maracujazeiros ornamentais é feita por estaca ou muda, para manter a identidade da flor. E em cerca de 40 dias, eles já florescem. “Apenas três mudas são suficientes para preencher um muro de uma casa”, informa o pesquisador.
Quem quiser conhecer os maracujás ornamentais pode visitar a Vitrine de Tecnologias da Embrapa na AgroBrasília 2019, que acontece até amanhã, 18 de maio, no PAD-DF, localizado a 60 Km de Brasília.
Embrapa Cerrados
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