Programa incentiva vários usos para as cisternas do semiárido brasileiro
As cisternas rurais têm se mostrado uma alternativa de aptidão flexível, que podem ser empregadas para armazenar água das chuvas e suprir as demandas tanto das famílias quanto de pequenas hortas e ainda para abastecer os rebanhos. É sempre importante destacar que na convivência com o semiárido brasileiro são essenciais as tecnologias que aumentam a oferta de água nos períodos de seca.Tradicionalmente, a cisterna é reservada como fonte de água exclusiva para as pessoas. Aos animais costuma-se reservar um barreiro ou açude, que perde muita água pela evaporação ao longo dos meses de seca. Além da perda de volume, a água se torna enlameada e pode ser infestada por parasitas que comprometem a saúde desses animais. Portanto, a construção de uma segunda cisterna na propriedade, destinada ao abastecimento dos animais, ajuda não só a prevenir as perdas por evaporação, mas também a melhorar a qualidade da água fornecida ao rebanho, principalmente se for captada das chuvas que caem sobre os telhados.
Para pesquisadores e técnicos da Embrapa Semiárido que conhecem comunidades no interior da Bahia, de Pernambuco e do Piauí é recomendado o uso de cisternas para uso familiar e para dessendentação dos animais. O agricultor ainda pode contar com o apoio do programa Uma Terra e Duas Águas (P1 + 2). Por meio do programa P1+ 2 os agricultores recebem apoio para a instalação de uma segunda cisterna em sua propriedade. De acordo com Nilton de Brito, a cisterna tem um custo de construção menor que o do barreiro e ainda preserva a água de fontes de contaminação.
No caso da captação for uma linha de drenagem natural, como uma estrada, é recomendada a instalação de um sistema de filtragem entre a captação e o armazenamento para a retirada de resíduos orgânicos que possam comprometer a qualidade da água.
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