Sertão. Em pleno inverno. Os rios descem,
As margens alagadas. Os marmeleiros
Ressequidos, agora reverdecem...
Ouve-se, ao longe, a voz dos boiadeiros.
As margens alagadas. Os marmeleiros
Ressequidos, agora reverdecem...
Ouve-se, ao longe, a voz dos boiadeiros.
O gado muge nas campinas. Crescem
Os ramos e o capim nos tabuleiros.
As messes de oiro fulvo amarelecem,
Partem para o labor os vis roceiros.
Os ramos e o capim nos tabuleiros.
As messes de oiro fulvo amarelecem,
Partem para o labor os vis roceiros.
O Peixe, nas lagoas, em cardume,
Pontilha à face d´água. Um vaga-lume
De quando em vez, no espaço relampeja...
Pontilha à face d´água. Um vaga-lume
De quando em vez, no espaço relampeja...
E, enquanto a noite desce, misteriosa,
A chuva cai em bátegas, copiosa,
Ressuscitando a terra sertaneja!
A chuva cai em bátegas, copiosa,
Ressuscitando a terra sertaneja!
João Celso Filho
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