Tereza Cristina dá posse a secretários com ministério fortalecido
A ministra disse que um só ministério olhará para todos os produtores e que o país tem modelo ambiental a ser seguido
A ministra Tereza
Cristina deu posse nesta quarta-feira (2) aos secretários do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), destacando o retorno da
agricultura familiar e da pesca para a pasta. Durante seu
pronunciamento, enfatizou que “um só ministério olhará com igual
destaque para todos os produtores”.
“A agricultura familiar terá integral
apoio de nossas áreas de inovação, pesquisa, assistência técnica e
extensão”, afirmou, destacando “a urgente necessidade de realizarmos
titulações de terras, pois o cenário atual implica absoluta insegurança
jurídica e impede acesso aos recursos de crédito, inviabilizando a
produção e determinando subordinação aos programas sociais”.
Sobre a pesca e aquicultura, a ministra
lembrou que o país tem cerca de 8.000 km de costa marítima e cerca de
12% de toda água doce do planeta e que “teremos obrigação de aplicar
todo este potencial em favor da produção de alimentos gerando emprego e
renda”.
Observou que “o setor agropecuário apoiou
em peso a candidatura do presidente Bolsonaro” e que “é natural,
portanto, haver grande expectativa de importantes avanços nesta área”.
Destacou a importância dos servidores do
Mapa e “desafios da transformação digital e de outras novas tecnologias”
que devem estar presentes nas atividades internas da casa. A relação
que já mantinha com o ministério, segundo a ministra, lhe permitiu
testemunhar “muito comprometimento e amor dos competentes quadros desta
casa”.
Preservação
Em relação ao meio ambiente, lamentou que
“acusações absolutamente infundadas partem de todos os lados, inclusive
de organizações internacionais estabelecidas amistosamente em nosso
país”. E que “a discussão honesta deveria partir de uma premissa básica:
o Brasil é um país com legislação ambiental extremamente avançada e que
mais soube preservar suas florestas nativas e matas ciliares. Nosso
país é um modelo a ser seguido; jamais um transgressor a ser
recriminado”.
Argumentou serem “relevantes as questões
relacionadas ao clima, à sustentabilidade e à biodiversidade”. Ressaltou
que são 466 milhões de hectares registrados no Cadastro Ambiental Rural
(CAR) “ uma base espetacular que permite o monitoramento e o eventual
combate ao desmatamento em 5,4 milhões de propriedades rurais”.
Sobre a disputa no mercado internacional,
afirmou que “o agronegócio brasileiro estará a postos para negociar com o
mundo nas áreas da propriedade intelectual, das indicações geográficas,
dos recursos genéticos, da rotulagem, do bem-estar animal, da produção
orgânica e das questões trabalhistas e sociais”.
E que o país, “na condição de segundo
maior exportador de alimentos do mundo, tem as maiores perspectivas de
expansão”. Falou ainda em superar barreiras internacionais “por vezes
impostas através de critérios tarifários ou sanitários duvidosos”;.
Novos secretários
Tereza Cristina deu posse nas secretarias
de Política Agrícola ao servidor do Mapa, Eduardo Sampaio Marques; de
Defesa Agropecuária, José Guilherme Tollstadius Leal, de Aquicultura e
Pesca, Jorge Seif Júnior; de Agricultura Familiar e Cooperativismo,
Fernando Henrique Kohlmann Schwanke; de Relações Internacionais do
Agronegócio, o embaixador Orlando Leite Ribeiro e: Secretaria Especial
de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia.
O secretário executivo, Marcos Montes,
deputado federal, assinou o termo de posse mas vai assumir o cargo
efetivamente quando encerrar seu mandato na Câmara Federal, em 1º de
fevereiro. A nova Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e
Irrigação ainda não tem titular nomeado.
Estiveram presentes os ministros da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e
da Cidadania, Osmar Terra, além do ministro do Superior Tribunal de
Justiça, Antonio Herman de Vasconcelos Benjamin. Também estiveram na
cerimônia, o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, o presidente da
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira,
representante da FAO no país, Rafael Zavala, o diretor do Agronegócio do
Banco do Brasil, Marco Túlio, presidentes de empresas vinculadas ao
Mapa, além de deputados, senadores e representantes do setor privado,
como presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Marcio
Freitas.
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