Moradores de Serra do Mel sofrem sem água
O problema com a falta d’água, – que é uma
das principais reivindicações da população de Serra do Mel, - continuar
martirizando os moradores das agrovilas rurais.
Esse drama vem desde a criação do projeto,
no tempo de Cortez Pereira, que em 1988 conseguiu transformar Serra do Mel em
município.
Lá a água tem de sobra no subsolo, porém falta
ações governamentais para perfurar poços profundos e manter o abastecimento.
Com as secas dos últimos anos até as plantações de cajueiros foram praticamente dizimadas.
Santa
Catarina
Nessa agrovila a situação é de fazer dó.
Lá encontramos o agricultor Raimundo Antonio de Moura pegando água em um barreiro onde recentemente servia como fonte de abastecimento a partir do poço desativado da Petrobras.
Lá encontramos o agricultor Raimundo Antonio de Moura pegando água em um barreiro onde recentemente servia como fonte de abastecimento a partir do poço desativado da Petrobras.
Ele explicou que estava colhendo água para
matar a sede dos seus animais.
Ele sabe que o restinho de água está poluída e lamenta que
daqui a poucos dias os peixes que ainda existem irão morrer.
- “Os urubus vivem por aqui já esperando a
desgraça acontecer” disse.
Para o consumo humano as famílias têm de
pagar R$ 150 reais por uma carrada de caminhão pipa.
O motor bomba pifou e o barreiro que serviu
até para o povo tomar banho de mergulho está virando lama.
Segundo seu Raimundo, o poço entrou em colapso depois que a empresa que está fazendo a estrada da castanha resolveu tirar água de lá
-- "O movimento era grande e ficamos no prejuízo", contou.
Na adutora que leva água do sistema centro-vila, segundo seu Raimundo, faz dois meses que não pinga água.
Se a situação na Santa Catarina é dramática imagine na “Favela”, localidade próxima a vila.
Se a situação na Santa Catarina é dramática imagine na “Favela”, localidade próxima a vila.
Experiência
Serra do Mel é a primeira cidade
cooperativista do país. A exploração da castanha de caju foi por muito tempo a
única atividade econômica local, e os habitantes viviam em função de duas
cooperativas: a Coopermel e a Coopercaju.
A primeira industrializa a amêndoa. A
Coopercaju reúne beneficiadores artesanais de castanha, que trabalham com as
famílias em suas próprias casas.
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